Nas nossas aulas temos vindo a falar
da indústria da moda, que recorre a um sistema de obsolescência
percecionada através do lançamento de novas coleções, mais do que dezasseis
vezes por ano, em países como os Estados Unidos. A verdade, porém, é que a produção e o consumo desenfreado de roupa originaram a segunda
indústria mais poluente do planeta.
Como revela o documentário Litros de Roupa, da
RTP1, no programa Linha da Frente de 17 de janeiro de 2019, a indústria de moda é, depois da agricultura intensiva, aquela que mais água gasta. DE referir também é a dependência dos combustíveis fósseis, pois, como vimos no documentário sobre No Logo, de Naomi Klein, a deslocação das fábricas para regiões como o Sudeste
Asiático significa um aumento considerável de poluição atmosférica para transporte; isto para além do uso do poliéster, um derivado do petróleo.
Como é possível
verificar na reportagem, há marcas que criam já alternativas para este tipo de problema, tornando
a roupa biodegradável; contudo, os litros de água consumidos e a poluição causada continuam a ser um problema. Como podemos nós parar este problema? A resposta é
simples, não cedendo ao convite de novas modas, mas inventando e recriando com criatividade
as roupas que já temos!
É interessante ver que a marca de roupa que se encontra na reportagem vende, alegadamente, roupa biodegradável, demonstrando ter preocupações com o ambiente; porém, muda de coleção a cada 15 dias (é verdade, esta marca, no Colombo a cada duas semanas troca as roupas disponíveis!). "E o que acontece à roupa que não é vendida?" perguntamos-nos... na maioria das vezes é queimada.
Este problema que ocorre na indústria da moda já foi também retratado pelos criadores do movimento Minimalista, num documentário da Netflix, com o nome de The True Cost. Felizmente há cada vez mais pessoas criativas que combatem este paradiga, reutilizando materiais como o plástico e criando roupa 100% biodegradável, como é o caso da marca suíça Freitag que produz roupas a partir de fibras que consomem muito menos água do que o algodão, como o cânhamo, por exemplo. Podem ver um pouco da história da marca e do processo de produção aqui:
É interessante ver que a marca de roupa que se encontra na reportagem vende, alegadamente, roupa biodegradável, demonstrando ter preocupações com o ambiente; porém, muda de coleção a cada 15 dias (é verdade, esta marca, no Colombo a cada duas semanas troca as roupas disponíveis!). "E o que acontece à roupa que não é vendida?" perguntamos-nos... na maioria das vezes é queimada.
Este problema que ocorre na indústria da moda já foi também retratado pelos criadores do movimento Minimalista, num documentário da Netflix, com o nome de The True Cost. Felizmente há cada vez mais pessoas criativas que combatem este paradiga, reutilizando materiais como o plástico e criando roupa 100% biodegradável, como é o caso da marca suíça Freitag que produz roupas a partir de fibras que consomem muito menos água do que o algodão, como o cânhamo, por exemplo. Podem ver um pouco da história da marca e do processo de produção aqui:
Venho por este
meio, mais uma vez, relembrar que nós temos um espírito
crítico e possibilidade de escolha; por isso, apenas nos deixamos controlar se quisermos, está nas nossas mãos alterar a forma como agimos, de modo a causar um impacto no sistema, porque, sim, temos agenciamento, basta querermos!
Bom resto de
fim de semana, até quarta.
Micaela Henriques
Nº153621
Nº153621
Interessante ter partilhado este documentário, Micaela, pois eu mesma o tinha guardado para um post ;) É assustador perceber que uma simples T-shirt de algodão implica o gasto de 2700 litros de água. Relativamente à companhia Freitag, é também interessante ver como se preocupam em reduzir a pegada ecológica dos seus produtos através da contratação de fábricas próximas de Zurique, em vários países da Europa (adorei o detalhe das diversas línguas sem tradução!).
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