Boa noite colegas e professora, venho partilhar convosco a história emocionante e chocante de Yeonmi Park, uma ativista norte coreana de 22 anos que fugiu ao terror que é o regime ditatorial do seu próprio país, em busca de liberdade e melhores condições de vida, não só para si mesma como também para a sua família. Se não for do vosso conhecimento, peço-vos que assistam ao vídeo, porque vale realmente a pena.
Yeonmi tentou escapar para a China em 2007, ano em que perdeu o seu pai, falecido de cancro. Com medo de ser descoberta pelas autoridades chinesas, esta não pôde sequer chorar a morte do mesmo ou dar-lhe um merecido funeral. Após toda esta tortura, foi "capturada" mesmo ao chegar à fronteira, acabando por conseguir estabelecer-se com a mãe na Coreia do Sul, em 2009.
No discurso feito no encontro anual One Young World, que reúne jovens de todo o mundo e visa desenvolver soluções para problemas globais, Yeonmi narra o período de grande sofrimento que foi conseguir libertar-se de tamanho terror e é realmente devastador. Os media têm um enorme papel no que toca a tornar-nos de certa forma cegos aos acontecimentos do Oriente. Vivemos quase que de olhos vendados e achamos que tudo está bem no mundo, acabando por ignorar problemas tão sérios como este. Felizmente, somos um país livre e achamos que "o mal só acontece aos outros".
No vídeo, Yeonmi menciona duas coisas que me tocaram imenso: "Women are weak, but mothers are strong (...) my mother allowed herself to be raped in order to protect me" e "We wanted to live as humans".
Refere ainda três formas de podermos ajudar a Coreia do Norte:
- "Educate yourself so you can raise awareness"
- "Help and support North Korea refugees who are trying to escape"
- "Petition for China to stop repratiation"
Catarina Pereira (145669)
É um grande ato de coragem fugir de um país como a Coreia do Norte e dar o testemunho mesmo tendo consciência que poderão eventualmente existir represálias. Yeonmi Park não lutou apenas pela sua família mas por todos os cidadãos do seu país.
ResponderEliminarEste testemunho mostra-nos que o mundo está longe de ser perfeito; existem muitos lugares onde os direitos humanos são ignorados, não apenas na Coreia do Norte mas em grande parte dos países do Médio Oriente. Muitas vezes as mulheres por serem consideradas fracas, como a Catarina referiu, acabam por ser o grupo mais prejudicado.
Na minha opinião, cabe a todas as pessoas e países que se consideram democráticos intervir de forma tão pacífica quanto possível, de modo a alterar esta situação. Intervir não significa criar uma guerra no país em questão, existem outras medidas nomeadamente sanções económicas ou a quebra de relações diplomáticas, que podem forçar estes países a repensarem as suas políticas.
Diana Teixeira
Grata pela vossa intervenção, Catarina e Diana. De facto, a Coreia do Norte vive sob um regime ditatorial de uma brutalidade inenarrável (traduzi há uns anos o relato de um cidadão que fugiu de lá e fiquei deveras impressionada, 'Os Aquários de Pyongyang'). No entanto, as grandes potências que denunciam estas atrocidades apoiam outros regimes igualmente atrozes (como alguns dos países do Médio Oriente, que nos fornecem petróleo)... Pensem nos desenhos geopolíticos da Guerra Fria para analisarem esta situação de um contexto mais amplo.
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