sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Olhares cinematográficos

Há três aulas atrás, a propósito do 1.º capítulo de Ways of seeing, de John Berger, falámos sobre o filme O homem da câmara de filmar, de Dziga Vertov, de 1929. Um filme importantíssimo pela forma como o olhar, através da câmara, está cheio de possibilidades - planos em movimento, montagens, pormenores e grandes planos, pessoas e (outras) máquinas. Vemos o fora (o homem da câmara de filmar à procura de planos) e o dentro (os próprios planos).



Um colega lembrou, também, o belíssimo filme A propósito de Nice, de Jean Vigo. Continuando a pensar nas cidades filmadas de uma maneira «nova», lembrei-me de Chuva, do realizador holandês Joris Ivens, também de 1929, onde o foco se centra nas transformações da cidade, neste caso Amesterdão, quando começa a chover.



Antes, em 1927, foi filmado, por Walter Ruttmann, um dos mais conhecidos e importantes filmes sobre cidades: Berlim, a sinfonia de uma cidade. Aqui, um olhar sobre um dia em Berlim (ainda que tenha demorado um ano a ser filmado, mas o cinema não tem de ser a realidade).


Youri Paiva

1 comentário:

  1. Grata, Youri, por partilhar connosco a sua cultura fílmica e nos ajudar a pensar a história da sétima arte e, em particular, da representação do espaço urbano.

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