Ao ler a nova edição da Prospect Magazine (Novembro 2016, #248), fui surpreendido por um excelente artigo de Colin MacCabe sobre John Berger. Caso queiram saber mais sobre a história da produção de Ways of Seeing, as ideias do autor sobre arte e política e ainda ficar a conhecer alguns episódios importantes do seu percurso intelectual, contados por alguém que convive com ele de perto, não deixem de ler 'How John Berger taught us to see' na íntegra aqui. Na mesma edição, se tiverem interesse, há ainda uma perspectiva de Barry Eichengreen sobre a globalização que me parece fugir aos habituais lugares-comuns.
Tiago Silva
Grata pela partilha preciosa, Tiago, a que atribuí a etiqueta "bibliografia", pela sua pertinência.
ResponderEliminarSublinho o seguinte do artigo sobre 'Ways of Seeing': "Walter Benjamin’s work was just being translated into English, and his great essay “The Work of Art in the Age of Mechanical Reproduction” underpins the whole of the first episode. Berger had also spent the previous three or four years debating with his “sisters in women’s liberation,” and the series is energised by this new feminist thinking."
Também adoro a descrição do modo como Berger traz à conversa o peso da consequência: "Talking with John is enormously pleasurable but quite strenuous. There is no bullshit. He has changed his life so radically and so often because he cannot bear idle conversation. Suddenly everything you say becomes more weighted because John is a great listener. You talk and he listens and, often quite slowly responds. But both the listening and the response are so charged that you feel you are in a heightened form of conversation and that John’s attention makes you more intelligent, more consequent."