terça-feira, 18 de outubro de 2016

melhor para Nós *

Pista para reflexão sobre Active Hope

"It is too easy to go on unconsciously contributing to the unraveling of our world. We become part of the story of the Great Turning when we increase our awareness, seek to learn more and alert others to the issues we all face." (pág. 28)

A citação acima refere-se à "primeira dimensão" de envolvimento na história da "Grande Viragem" e mostra-nos um primeiro e importante passo de tomada de consciência relativamente às opções que  de momento existem — podemos continuar numa atitude defensiva pessimista ou assumir a nossa responsabilidade na mudança.

Confesso com tristeza que só recentemente me juntei a esta viragem, e apenas através da reflexão — tenho-me questionado bastante sobre o que me leva a mim, e a tanta gente, a viver neste sistema e não noutro.

Penso que inconscientemente (como alerta a citação) tinha a impressão de que era mais fácil ou cómodo e sobretudo que "compensava" em termos utilitários. Qual não foi a minha surpresa quando me apercebi de que não. Comecei a fazer uma lista mental de como é mais benéfico e não mais custoso fazer as opções mais sustentáveis, e convido-vos a continuá-la na vossa cabeça.

Como é mais rápido andar de transportes públicos e não ficar no trânsito ou a tentar estacionar, como a comida biológica sabe melhor, como os cabazes não são mais caros (e evitam várias idas ao supermercado e várias indecisões), como sai mais caro estar sempre a comprar produtos baratos que se vão estragar facilmente, como os termus mantêm a água mais fresca do que as garrafas de água, etc. De facto, a maioria das escolhas que fazemos, e pelas quais nos desculpamos porque é o melhor "no imediato", não o são.

Portanto, esta não é uma luta onde, por um lado, temos uma opção eticamente correta mas desconfortável, por outro, uma opção menos responsável mas mais prática. São provavelmente cantigas da publicidade, frutos do "obtenha agora… por apenas". Sugiro que paremos para pensar o que é realmente melhor para Nós.

Luísa Silva


1 comentário:

  1. De facto, qualquer mudança parte da reflexão, que possibilita uma escolha coerente (não apenas movida pelos ventos da moda) e perseverante (apesar de estarmos ainda imersos num sistema que insiste em ignorar os sinais de mudança urgente). Este semestre, teremos oportunidade de pensar juntos sobre estes aspetos.

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