sábado, 15 de outubro de 2016

"And once I knew I was not magnificent"

A propósito do meu ato "voluntarioso" para escrever uma dica sobre as últimas páginas do capítulo de Active Hope por nós analisado, aqui vai!

"The Great Turning" é a tomada de consciência de duas coisas: em primeiro lugar, de que nós, individualmente, somos especiais; e, em segundo, de que não somos assim tão importantes. Um bocado estranho, não é? Mas passo a explicar.
O primeiro ponto é necessário para que entendamos que tudo o que fazemos, de bom ou de mau, tem um impacto, mais tarde ou mais cedo, mais ou menos significativo, no mundo. Somos especiais então  porque, apesar de sermos só um bocadinho pequenino desta Terra, somos visíveis e capazes de mudar alguma coisa ou até de criar uma corrente de mudança. Fazemos, então, parte de algo superior a nós: a Terra e toda a sua Natureza, e é aí que começa o segundo ponto.
Depois de tomarmos consciência da nossa importância, temos de nos colocar em perspetiva com o que nos envolve. A verdade é que a Natureza é muito superior a nós e devemos tratá-la com um respeito que reflita a sua superioridade em relação a nós. Recordo-me do vídeo que vimos numa das primeiras aulas desta disciplina. Aquele em que, num primeiro momento, se faz um zoom out desde o piquenique no parque até ao espaço e, depois, um zoom in até às células do corpo humano. Se fizermos uma pausa no zoom out, no momento em que olhamos para a nossa Blue Marble entendemos isso mesmo. Não vemos países, nem fronteiras, não vemos cidades, casas, nem pessoas — vemos a Natureza e toda a sua magnificência.

E terminando com esta palavra"magnificência", deixo-vos aqui uma maravilhosa obra de arte, de Holocene dos Bon Iver. Esta é a minha banda e a minha música preferidas.
Convido-vos então para, mais do que ouvir, sentirem esta música e o brilhante clip que a acompanha e que põe exatamente a nossa existência em perspetiva com a Natureza.


Alina Mansukhlal

1 comentário:

  1. Que paisagem maravilhosa a do videclip, Aline! A narrativa contada pelas imagens distancia-se daquela que é proposta pela letra da canção e constrói uma proposta quase feérica de regresso à infância, um tempo em que estamos disponíveis para nos espantar com a maravilha do mundo em que vivemos, nessa consciência dupla de que fala de sermos muito pequenos e, contudo, capazes de agir em liberdade.

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