terça-feira, 18 de outubro de 2016

"Give the orangutan a break"

Boa noite colegas!

Na aula de quarta feira passada, dia 12, na pós-discussão do documentário de John Berger, abordámos momentaneamente o tema da exploração do óleo de palma.  A plantação de palmeiras, das quais são extraídas as sementes deste óleo, é feita em larga escala principalmente na Ásia e em África — 85% do óleo de palma produzido é exportado da Indonésia e da Malásia. Este é usado por várias marcas de fast food, cosmética e produtos alimentares. Aqui fica um breve vídeo feito pela Greenpeace, legendado em português brasileiro, sobre mais um pouco da história.




Ao pesquisar sobre marcas que usam óleo de palma, deparei-me com os seguintes anúncios, realizados para uma campanha da Greenpeace, que usa pessoas disfarçadas de orangotangos - animais afetados pela deflorestação para a plantação da palmeira que destrói o seu habitat - a protestar com um slogan inspirado na marca Kit Kat, da indústria alimentícia Nestlé, uma das grandes usuárias deste óleo.




É muito mais agradável comer uma barrinha de chocolate ou um iogurte da marca sem sermos atingidos por um sentimento de culpa, mas temos a obrigação de ser conscientes sobre o que nos rodeia, e ainda mais sobre o que comemos! 

Maria Beatriz Rosa

3 comentários:

  1. Estou tanto de acordo com a parte final do poste: é muito mais fácil de ignorar (conscientemente o não) aquilo a que nos participamos (a saber, entre outro, a deflorestacao e se calhar a desaparição dos animais como os ourangotangos) quando compramos este tipo de produtos. E é ainda mais difícil para alguém como eu que adora comer kit kat, snikers, e todos aqueles produtos com oleo de palma dentro, e para nos em geral que somos habituados a comer isto desde pequeno. Eu sei muito bem que são produtos maus tanto para o planeta que para nosso corpo, mas quando eu compra um, não penso nunca em isto. Acho que é um pouco como o tabaco ou o alcohol: sabemos que não é bem, mas ignoramos. As companhias como Nestle o Mars sabem bem como funciona nosso cérebro, sabem bem que nos ignoramos, e fazem dinheiro com a destruição do floresta e do ecossistema. Obrigada pelo este post que sensibilizou-me mais um pouco sobre estas questões. Temos todos que tentar não ignorar.
    Alexandra Comnos - Estudante Erasmus

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  2. Penso que o problema não consiste apenas no ato de ignorar as informações e dados fornecidos relativos às consequências deste consumo (baseado em desejos), mas sim na desinformação das pessoas acerca desta espécie de assuntos, que leva à ignorância perante os mesmos. Uma boa ideia seria talvez substituir os anúncios publicitários que passam na televisão por campanhas que fossem promover temas preocupantes (ex.:poluição, desflorestação, consumo em excesso, etc) relacionados diretamente com determinados bens que adquirimos. Porém, isto destruiria a política e a economia presentes, as quais se alimentam e se sustentam dos nossos hábitos e gostos incontroláveis.
    O mais importante é realmente espalhar os dados que vamos obtendo e tentar mostrar a nós mesmos e aos que nos rodeiam que existe uma diferente forma de viver, que não prejudica a nossa vida mas que tem o poder de salvar e melhorar muitas outras à nossa volta.

    Olga Garasymiv, nº145702

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  3. Grata, Beatriz, pela discussão aqui promovida. Grata, Alexandra e Olga pelas vossas vozes.
    Curiosamente, o meu irmão e a sua família estão agora a viver em Singapura, ao lado destes países onde a destruição do ecossistema para as plantações de óleo de palma é tão intensa que causa semanas de smog em que nem as crianças podem brincar na rua. Sim, temos o poder de mudar as coisas para melhor, escolhendo consumir de um modo mais consciente e espalhando a palavra (e a ação!) entre aqueles que nos rodeiam. Juntos vamos conseguir, estou certa!

    Acrescento ainda que as grandes corporações são as maiores responsáveis por este tipo de ação, pois consomem em larga escala e incentivam um tipo de agricultura insustentável para todos (desde os produtores locais até ao ecossistema).

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