Promover um chocolate através de um vídeo de um minuto e meio, em que apenas se vê um gorila a acompanhar na bateria a música "In the Air tonight", de Phil Collins, pode parecer absurdo mas foi exatamente isso que a marca Cadbury Schweppes fez em 2007.
Este anúncio foi criado como uma proposta de diferenciação dos padrões tradicionais de publicidade, fazendo algo que fosse apenas entretenimento e, assim, apelando a uma ampla gama de consumidores tornando-se um vídeo viral. Chama-se a isto Viral Marketing .
Este tipo de campanha radicaliza a estratégia de dissociação entre o que nos é mostrado e o produto que se quer vender. No entanto, o anúncio teve sucesso e o nome da marca foi bastante divulgado.
- José Reis
Aqui, a ideia subjacente é fazer passar uma campanha comercial por algo simplesmente curioso ou cobri-la com uma história moralizante (como é o caso de algumas campanhas recolhidas por colegas do semestre passado e já aqui apontadas nos meus comentários anteriores). As redes sociais encarregam-se de fazer o resto e são as pessoas que se tornam agentes ativos na proliferação deste tipo de campanhas, que se confundem com a estratégia "grass root", em que certas pessoas com visibilidade social (por exemplo, músicos de bandas conhecidas) são usadas como estandarte de um produto (que lhes pode simplesmente ser oferecido, imaginem o caso de roupa e o impacto que isso provocaria nos fãs dos ditos músicos). Por vezes, estas estratégias conhecidas como "grass root" implicam mesmo a contratação de empresas cuja função é construir material de apoio a determinado produto (ou pessoa, no caso da propaganda política) como se fosse da autoria do público em geral — assim, podem optar por colocar "likes" em determinado "post" ou escrever "emails" de apoio/condenação, com nomes falsos, como se fossem assinados por "people like you".
ResponderEliminar