sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sexo na publicidade

Boa Tarde!
Relativamente à aula dia 8 de outubro de 2014, em que foi feita a análise do anúncio da Vodafone RED e chegámos a conclusão de que era de cariz  sexual, achei interessante introduzir aqui um link de uma blogger (Paula Trindade) que fala precisamente do sexo no marketing.
Na aula também referi uma marca chamada American Apparel, com certeza já ouviram falar, que tem sido bastante criticada pela nudez e "sexualidade extrema" na sua publicidade. Quando pesquisei sobre a marca encontrei a seguinte descrição: "Passion, innovation & ethical practices for the clothing industry. That's American Apparel". Irónico, não, tendo em conta estas imagens? No site que referi acima encontram-se também alguns comentários/notícias precisamente sobre o assunto e sobre esta mesma marca.



Bom fim de semana !
 Rita Almeida

4 comentários:

  1. Acho que esta publicidade incide perfeitamente no 'rape culture'. Para melhor explicar o que é, vou deixar aqui um link que mostra onde e como é que esta cultura é aplicada nos dias de hoje.

    http://www.wavaw.ca/what-is-rape-culture/

    ~Hannah Santos

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  2. De facto, a misoginia da sociedade patriarcal continua institucionalizada como algo "normal". Esta prática naturalizada reveste formas mais ou menos violentas e desrespeitosas da integridade física e da intimidade da mulher. O termo "cultura da violação", cunhado pela teoria feminista, aponta precisamente para este paradoxo e a percentagem elevadíssima de mulheres que continuam a ser vítimas de violência sexual e doméstica. Em Portugal, a morte por causas não naturais entre as mulheres continua a ser maioritariamente causada pela chamada violência doméstica, por vezes pela intervenção de ex-parceiros que continuam a perseguir as ex-companheiras, muitos anos após a separação.

    No caso da campanha da American Apparel, reparem que o voyeurismo surge ligado à passividade da figura feminina, cuja idade acentua a natureza problemática desta representação, numa sociedade que sexualiza cada vez mais cedo as mulheres.

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  3. Meu deus! A primeira imagem é chocante, parece aquelas imagens encontradas em lotes de pornografia infantil. A expressão da modelo, a roupa, o setting... faz lembrar metade dos episódios de Law and Order:SVU. Chamar a esta decadência publicidade é absurdo. Onde estão os Travis Bickles para salvar esta moça? Será que toda a moralidade foi por água abaixo? Como é que isto vai para catálogo? Ela nem tem os caracteres sexuais femininos secundários desenvolvidos, é claramente uma criança. Que indecência. Como é que eles cortam "fucks" em músicas de rap mas isto passa pela censura? Mind-blogging.
    "Passion, innovation & ethical practices for the clothing industry." É uma piada, só pode, mas é propositada, obviamente, estes tipos que fazem isto são génios e quanto mais polémica causar melhor. "ethical" é perfeito, bastava a imagem, mas inferir que isto é ético é logo base para aparecer nas notícias e, claro, toda a publicidade é boa publicidade.
    Jimmies have been rustled.
    -André Graça

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  4. É interessante o André apontar alguns intertextos visuais que podem ser evocados para a leitura desta imagem, desde o icónico "Taxi Driver" até séries televisivas que são vistas por milhões de espetadores ao longo de um período regular e prolongado.
    As indústrias publicitárias usam "trends" com força social significativa e o facto de "Law and Order: SVU" ser uma das séries estado-unidenses "primetime" com mais rodagem (já vai na 16º "season", com 346 episódios originais, diz a Wikipedia) aponta para o gosto público pelo macabro. Capitalizar este tipo de fixação mórbida no crime aponta também para a violência subjacente à nossa cultura patriarcal, em que as relações sexuais são imaginativamente projetadas como forma de poder.

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