domingo, 24 de fevereiro de 2019

Padrões de género na indústria da moda

Caros colegas,
 Este post tem o objetivo de abrir uma discussão sobre a relação que o vestuário e a moda têm com o género, para assim desconstruir o atual padrão binário; é inspirado no resumo de uma investigação de mestrado que podem encontrar aqui. Os papéis sociais que vivemos e por vezes, interpretamos, são consequências da construção cultural, sendo a definição binária de género um método de controlo social, de modo a estabelecer hierarquias, com a figura patriarcal sempre no topo.
Tem havido uma crescente reflexão a respeito dessa distribuição de papéis e ao facto de a sociedade recorrer a apenas duas alternativas para caracterizar corpos, quando, na verdade, existem inúmeras possibilidades.
As questões de género ainda são relativamente novas no mercado da moda, apesar do grande debate sobre o "vestuário livre para todos". O ato de vestir expõe o corpo a uma “metamorfose”, a uma mudança em relação a um dado natural, puramente biológico. É tremenda a capacidade que uma roupa tem de transformar um corpo e construir uma identidade, problematizando a noção de "natural".
 A delimitação da identidade social através do vestuário já não se confunde com a própria identidade de género e "o dimorfismo sexual já não tem a mesma relevância que tinha na moda de há cem anos". No entanto neste novo paradigma, mulheres e homens não ocupam uma posição semelhante, existe ainda uma desarmonia estrutural. Enquanto as mulheres podem permitir-se usar quase tudo, incorporando peças de “origem masculina”, os homens, em contrapartida, são submetidos a uma inflexibilidade estabelecida pela exclusão de peças consideradas femininas. Cito novamente "Por trás da libertação dos costumes e da abolição dos paradigmas dos papéis sociais, uma interdição do intocável continua sempre a aparecer no plano das aparências".
 No entanto, hoje, os consumidores recusam-se a ser categorizados e as pessoas querem ter direito de escolher e usar o que bem entenderem, além das expectativas sociais.
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Obrigada por lerem e votos de uma boa semana! 😄
Maria Oliveira 153688

1 comentário:

  1. Maria, se não identificarmos as nossas fontes estamos a fazer plágio, ou seja, a roubar as ideias de outras pessoas, de cuja voz nos apropriamos... tomei, pois, a liberdade de pesquisar a sua fonte e de a inserir no seu post.

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