Este post tem o objetivo de abrir uma discussão sobre a relação que o vestuário e a moda têm com o género,
para assim desconstruir o atual padrão binário; é inspirado no resumo de uma investigação de mestrado que podem encontrar aqui. Os papéis sociais que vivemos e por vezes,
interpretamos, são consequências da construção cultural, sendo a
definição binária de género um método de controlo
social, de modo a estabelecer hierarquias, com a figura
patriarcal sempre no topo.
Tem havido uma crescente reflexão a
respeito dessa distribuição de papéis e ao facto de a sociedade recorrer a apenas duas alternativas para caracterizar corpos, quando, na verdade, existem inúmeras possibilidades.
As questões de género ainda são
relativamente novas no mercado da moda, apesar do grande debate sobre o "vestuário livre para todos". O ato de vestir expõe o corpo a uma “metamorfose”, a uma mudança em relação a
um dado natural, puramente biológico. É tremenda a capacidade que uma roupa tem de
transformar um corpo e construir uma identidade, problematizando a noção de "natural".
A delimitação da identidade social através do
vestuário já não se confunde com a própria identidade de género e "o dimorfismo sexual já não tem a mesma relevância que tinha na moda de há cem
anos". No entanto neste novo paradigma, mulheres e
homens não ocupam uma posição semelhante, existe ainda uma desarmonia
estrutural. Enquanto as mulheres podem permitir-se usar quase tudo,
incorporando peças de “origem masculina”, os homens, em contrapartida, são submetidos
a uma inflexibilidade estabelecida pela exclusão de peças consideradas femininas. Cito novamente "Por
trás da libertação dos costumes e da abolição dos paradigmas dos papéis
sociais, uma interdição do intocável continua sempre a aparecer no plano das
aparências".
No entanto, hoje, os consumidores recusam-se a ser
categorizados e as pessoas querem ter direito de escolher e usar o
que bem entenderem, além das expectativas sociais.
Obrigada por lerem e votos de uma boa semana! 😄
Maria Oliveira 153688
Maria, se não identificarmos as nossas fontes estamos a fazer plágio, ou seja, a roubar as ideias de outras pessoas, de cuja voz nos apropriamos... tomei, pois, a liberdade de pesquisar a sua fonte e de a inserir no seu post.
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