Em relação ao que referi no post anterior, gostava apenas de voltar a sublinhar a importância de (re)criarmos as estratégias de representação do nosso corpo enquanto mulheres e homens contemporâneos.
Em contraste com o modo repugnante como são utilizados os corpos na publicidade, enquanto veículos de significado para que compremos um produto, existem outras realidades, como recordo sempre que me cruzo com o explosivo fenómeno da "spoken word poetry", no qual se destaca o ativismo de várias.
Em contraste com o modo repugnante como são utilizados os corpos na publicidade, enquanto veículos de significado para que compremos um produto, existem outras realidades, como recordo sempre que me cruzo com o explosivo fenómeno da "spoken word poetry", no qual se destaca o ativismo de várias.
Partilho um exemplo, integrado numa TED Talk, da poetisa Rupi Kaur, que apesar de extremamente duro (e aviso desde já que descreve uma história de abuso sexual), nos encoraja a reclamar para nós mesmas (e mesmos) o nosso corpo e as suas representações. O convite é reescrever o modo como nos relacionamos com o corpo, numa cultura que promove o descontentamento constante e uma série de paradigmas tóxicos sobre o que deve, ou não, ser a figura feminina e a figura masculina.
Espero que possamos, aos poucos, começar a repensar e reinscrever o modo como vemos o(s) corpo(s) reclamando-o(s) criativamente, seja através de poesia, de elementos visuais ou de tudo aquilo de que nos pudermos servir para realizar o nosso ativismo, descobrindo como podemos agir no mundo.
Boa noite, e até à aula!
Leonor Madureira 150360
Gosto tanto desta sessão de 'spoken word' e do trabalho da Rupi Kaur, que, com uma simplicidade e profundidade desarmantes nos recorda o essencial, grata pela partilha, Leonor.
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