sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Happy (N)ever After


Boa noite, colegas

Gostaria de partilhar convosco um vídeo de Steven Cutts, que satiriza a possibilidade de se "comprar a felicidade".



Na minha opinião, encaixa-se no seguinte parágrafo de John Berge, Ways of Seeing: "The entire world becomes a setting for the fulfillment of publicity's promise of the good life. The world smiles at us. It offers itself to us. And because everywhere is imagined as offering itself to us, everywhere is more or less the same."
Maria Inês Francisco

2 comentários:

  1. Esta ilustração está excelente! Já a tinha visto antes e penso que consegue tocar em tudo.
    O que o ser humano é capaz de fazer para atingir a tal "felicidade" oferecida pela sociedade consumista. Como consegue virar as costas à sua natureza humana e, literalmente, oferecer-se como escravo para esta roda do consumismo girar. Ao contentar-se com os pequenos prazeres que o consumo lhe dá, com a felicidade instantânea e momentânea de comprar algo que vai preencher o vazio que tem cá dentro. Vazio esse que nunca vai ser preenchido por bens materiais, fazendo com que o consumista nunca encontre a felicidade prometida.
    Então, compramos mais e mais e trabalhamos mais para podermos consumir mais, mas nunca chega, nunca conseguimos ser felizes por mais coisas que tenhamos. A felicidade não está no consumo , ao contrário do que a publicidade nos faz acreditar, está sim no contacto com a natureza, no próprio ser humano e na liberdade. Contudo, nunca poderemos ser livres se estamos presos aos nossos bens materiais e ao nosso consumo e, é nesta lavagem cerebral das elites e corporações que se baseia o consumismo, é por isso que esta roda ainda gira destruindo a humanidade e o planeta. Se não existissem pessoas para comprar em massa, não havia como sustentar o consumismo e, consequentemente, as corporações que se enriquecem dele.


    Ana Alexandra Jacques
    nº 50167

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  2. Grata pela partilha, Maria Inês, a animação é extraordinária, de facto, e aponta para muitos dos engodos com que nos deparamos na sociedade urbana contemporânea, em que é notória a omnipresença do discurso publicitário. Cabe-nos ser inteligentes o suficiente para não cair na armadilha ;)

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