Enviaram-me um
texto com o título "Olha
para ti" que critica a sociedade capitalista vigente. Desta vez, num
tom convidativo à reflexão, é-nos colocada uma questão muito pertinente: “Mas,
na realidade, o que és?”
Esta
é uma pergunta que cada um devia fazer a si próprio de forma a perceber se é
apenas mais um grão de areia no deserto ou se realmente é original e se tem um
papel ativo nesta sociedade hipócrita e de aparências, remando contra a maré,
destacando-se por não compactuar com o sistema. Coloquei esta questão a mim
própria e a resposta foi, talvez a mais comum, e dada pelo próprio autor do
texto em questão: “És um subordinado bem comportado da ditadura dos ecrãs”.
Esta
é a triste realidade em que estamos inseridos… A ciência evolui, contudo é
necessário ter os pés assentes na terra e ter consciência de quem somos e para
onde remamos, sendo que a água está cada vez mais repleta pessoas que se deixam
“seguir na corrente como peixe que nunca soube nadar”, voltando a
citar as palavras do autor desta reflexão. Será
que as pessoas estão apenas confortáveis na sua bolha de ar, seguindo as
ditas “normas” da sociedade ou têm medo de contrariar o sistema com
receio de serem rejeitadas? Leiam o texto e reflitam
- Maria Filipa
De facto, tendemos a usar a proteção do ecrã para evitar a vulnerabilidade que implicam as relações ao vivo. Por outro lado, é também uma enorme tentação ficar encerrados no mundo virtual, para evitar o mergulho na realidade multifacetada e complexa que nos rodeia. A consciência é sempre o primeiro passo para a mudança.
ResponderEliminarInfelizmente, cada um está na sua bolha e segue as normas, sem procurar contrariar o sistema como disseste. E mesmo que tenham consciência desse próprio facto, muitas vezes não agem para mudar, estagnam nesse "instante" em que sabem que algo está "mal" mas nada fazem para mudar. Limitam-se a "apontar" o dedo mas não reagem de forma a que esse aspecto seja alterado.
ResponderEliminarDiscordo. Há muita milhões de pessoas envolvidas na mudança, imaginando e criando um mundo diferente. Cabe-nos a nós dar o exemplo! ;)
ResponderEliminarSim sem dúvida alguma, no entanto ainda é necessário consciencializar mais as pessoas de forma a que comecem a ansiar pela mudança. É preciso que esta vontade de mudança atinja ainda mais pessoas do que está a atingir até agora. Claro que é preciso dar o exemplo, mas alguns, mesmo tendo exemplos, não desejam mudar.
ResponderEliminarAcredito que há mais pessoas envolvidas na "grande transição" (como a Joanna Macy lhe chama) do que imaginamos — os sistemas alternativos começam por ter pouca visibilidade, até que acabam por substituir o modelo vigente. Cabe a cada um escolher em consciência e a responsabilidade é maior para quem tem acesso à informação, como nós!
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