Quero partilhar a boa notícia de que Portugal é dos países europeus com maior quota na utilização de energias renováveis. Ora espreitem aqui. Estamos de parabéns e podemos ainda fazer mais, com uma costa marítima tão extensa, varrida pelos ventos, e este Sol amigo que nos acalenta a maior parte do ano. E há contrapartidas financeiras para quem invista neste tipo de energia.
Quando estava no secundário, fui convidado para participar numa workshop sobre as políticas energéticas da UE que o IEEI - Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais - realizou na minha escola.
ResponderEliminarNessa workshop tomei conhecimento de que os constrangimentos económicos e sociais não são os únicos obstáculos que impedem um crescimento mais abundante das energias renováveis em Portugal e na Europa - são também políticos.
Portugal e a UE são fracos produtores de petróleo e gás devido à escassez destes produtos no espaço comunitário e por isso dependem largamente do estrangeiro (Médio-Oriente, norte de África e Rússia) para a produção de energia. Mas para outras fontes de energia, como as energias renováveis, a UE e Portugal apresentam uma grande vocação. Ao longo dos últimos anos a aposta neste tipo de energia tem vindo a aumentar, tomando agora um lugar relevante nas quotas de produção, contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável e uma menor dependência do estrangeiro.
No entanto, Portugal e a UE estão sob pressão política dos países produtores de petróleo e gás para não diminuirem as importações de energia, umas vez que são a sua principal fonte de riqueza e consequentemente, de poder. A diminuição drástica das suas exportações de energia devido ao aumento da auto-suficiência energética da UE pode gerar conflitos perigosos entre as duas partes, até porque falamos de países com uma fraca tendência democrática e altamente militarizados.
Tudo isto à parte, estamos de parabéns pelos resultados que estamos a obter e esperemos que se mantenham!
Esqueci-me de assinar novamente... David Mira!
EliminarGrata, David. De facto, quanto mais aprofundamos estas questões, mais nos apercebemos de que há dimensões encobertas que ultrapassam outras componentes fundamentais, como o bem-estar coletivo e a construção de um futuro sustentável.
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