Boa noite. Deixo aqui um vídeo em que se faz a reversão de papéis de género na publicidade, tal como aquele que o grupo de estudantes do Canadá fez no vídeo a que assistimos hoje. Foi referido o fator cómico dessa reversão, pois os modelos das campanhas originais e as pessoas que apareciam nos exemplos criados não correspondiam ao mesmo padrão de beleza. Neste vídeo os modelos são aproximados em termos físicos. Mesmo assim ao ver o homem a ser objetificado estranhamos... Esta estranheza só prova que as políticas de género presentes na publicidade refletem e, em simultâneo, perpetuam a ideologia patriarcal presente na nossa sociedade.
Maria de Oliveira
Sim, de facto, nada como vermos este tipo de experiências para nos apercebermos da natureza cultural (ou seja, construída) dos papéis de género que, de invisíveis (ou seja, naturalizados pela sua repetição e constância) passam a ser bem evidentes...
ResponderEliminarQuão chocantes seriam estas imagens, caso os padrões de beleza fossem menos rígidos? Hoje em dia as mulheres para serem "bonitas" aos olhos da sociedade, têm de ter uma determinada figura e formas. Os homens, têm de parecer as esculpturas dos antigos. Isto, como vimos, cause problemas a níveis sociais e mesmo a nível psicológico em cada individuo.
ResponderEliminarSerá que, se tais padrões fossem mais esbatidos, seria esta troca de géneros ainda assim tão chocante?
P.S: seria possível conseguir o link para o vídeo da aula?
~Fábio Frade Gomes
Vimos dois videos, Fábio, e ficaram mais dois por ver em casa. Encontrarás os links dos no calendário da cadeira em 5 de Novembro. De qualquer forma passo-te os links dos vistos em aula.
Eliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=B-W6DDjxRI0
http://culturvisflul.blogspot.pt/2014/03/continente-consumo-e-estereotipos.html
~Maria de Oliveira
Grata pela resposta, Maria!
ResponderEliminarLembro que, além de um interface, o nosso blogue é também um repositório bibliográfico onde podem encontrar bastante material sobre estas temáticas. Consultem a etiqueta Bibliografia e as Ligações (no canto superior direito do blogue), onde o Gender Ads Project, por exemplo, tem uma enorme coleção de anúncios ligados a questões de género.
Encontrei também um video que ilustra bem esta questão: é um pequeno filme feito na França por Eleonore Pourriat:
ResponderEliminarhttp://www.brainpickings.org/2014/05/26/the-oppressed-majority-eleanore-pourriat/
Parece ridículo,mas se fosse assim...
Grata pela partilha, Yolanda. De facto, uma estratégia tão simples como a reversão de papéis de género confere visibilidade às normas de interação do contexto patriarcal de um modo extraordinário.
ResponderEliminarAtenção: a exclamação final do protagonista do filme parece-me poder gerar mal-entendidos, pois o femininsmo não pode ser contraposto ao machismo, tout court. O termo feminismo refere-se a uma escola de pensamento político-teórico (por vezes, com raízes em ativismo social); o termo machismo designa uma atitude sexista da parte do masculino face ao feminino. A sociedade aqui apresentada parodia o modelo patriarcal, numa espécie de versão matriarcal do mesmo.