Boa noite!
Todos nós já sabemos que a obsessão da publicidade pelo culto da juventude é evidente, sendo isso perceptível não só pela aposta em massa nos produtos de cosméticos, mas também pelo facto de se ter vindo a encarar a juventude como sinónimo de beleza e sucesso. Na sua óptica, o ser humano só envelhece porque não segue os seus "conselhos". Claro está que a razão para isso tem pura e simplesmente que ver com o facto de os mortos não poderem consumir, daí que quanto mais jovens aparentemos ser, mais apelativos somos ao sistema consumista ( basta tomarmos como exemplo as "modelos" de treze anos que, nos anúncios, se comportam e se vestem da mesma forma que os adultos).
Infelizmente, a publicidade chega a transmitir a ideia de que a beleza e o envelhecimento natural não combinam; este, tal como a juventude, tem, naturalmente, a sua beleza própria. No link abaixo, pode-se verificar essa mesma ânsia em restaurar e recuperar, através do Photoshop, o tempo passado, pelo que se acaba de certa forma, por negligenciar a beleza inerente à história que um rosto conta com o passar dos anos.
Assim, pergunto: Não é o ser humano bonito em todas as partes da sua vida?; Não está a publicidade a influenciar convenções sociais e a usar meios incoerentes e anti-natura em prol de um sistema neo-liberal entorpecido???...
José Miguel Pinto
Grata pela reflexão partilhada, José. De facto, é estranha a insistência dos meios de comunicação social de massas (desde as revistas de moda até à indústria publicitária) em apresentar um corpo sem marcas, neutro, representando uma vivência perfeita, sem história de "uso". Este vídeo exemplifica sobretudo os poderes da manipulação de imagens, mas, de facto, o título parece fazer confluir "beleza" com "juventude", sem hipótese de considerarmos o rosto sulcado por rugas da mulher inicial belíssimo.
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