A revista Super Interessante nº 220 (Agosto 2016) tem um artigo da área da psicologia em que aborda a dependência, cada vez mais perigosa, que temos vindo a desenvolver dos nossos telemóveis.
O artigo começa por questionar "Consegue ir almoçar sem ele?". É percetível a cada vez mais rápida inovação que os telemóveis têm tido nos últimos anos. Aparelhos com duas câmaras traseiras, mais qualidade, bateria mais autónoma, mais pixels, mais memória, etc.
Estas engenhosas "maquinetas" há muito que se tornam partes físicas de nós, como se fossem um braço extra ou uma mão. Nunca estão a mais de um metro de distância, pois pode ser necessário mandar uma mensagem a alguém que não se encontra a mais de cinco metros de nós. Daí que o artigo lance a seguinte questão: "O crescimento das redes sociais e a constante ligação à
internet mudaram as relações (...). Comunicamos através das máquinas ou
cada vez mais com as próprias máquinas?".
A respeito de relações pessoais, vemos que há telemóveis com o luxo de ter um assistente pessoal como a Siri ou o Google Now. Como pode ser possível ''alguém'' (com muitas aspas) dentro um aparelho estático, organizar o nosso calendário, ligar para algum contacto ou fazer pesquisas avançadas? A verdade é que estes assistentes virtuais não só nos poupam trabalho, mas também custam pequenas fortunas.
A internet tem-se tornada mais interativa: canais de YouTube, blogues de beleza e de discussão política, jornais e revistas em formato digital (com as suas enormes vantagens), fóruns e um crescente número de plataformas sociais. Com toda esta aliciante inovação, vocês são capazes de desligar das redes sociais, de interagir por palavras com a pessoa que está a cinco metros de distância, de deixar de lado a gerigonça nos almoços de família? É sem dúvida um tema que tem (muito) pano para mangas.
Link do artigo
Ana Filipa Pereira nº 145780
Grata pela partilha, Ana. É, de facto, incrível como cada vez mais pautamos os nossos dias pela interação com máquinas, vivendo num mundo mais fácil de controlar e evitando o confronto direto com outros seres humanos. Trata-se de um desafio imenso para as nossas gerações, sobretudo pela velocidade a que estas alterações têm vindo a decorrer.
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