Aqueles que se interessam pela História da Arte já conhecem, provavelmente, a editora Taschen. Nestas últimas aulas, em que nos temos focado com mais atenção em exemplos particulares de publicidade recente, lembrei-me da colecção que a editora dedica à cultura popular, onde existe um conjunto de livros reunidos sob o título Mid-Century Ads que agrega publicidade norte-americana dos anos 1950 e 1960.
A organização dos volumes é da responsabilidade de Jim Heimman, antropólogo cultural e historiador, e de Steven Heller, professor na School of Visual Arts, NYC. Pode ser interessante comparar as imagens que ali são apresentadas com aquelas que são produzidas na actualidade, numa tentativa de compreender como a publicidade se cita a si própria enquanto forma de validação (dando origem, por isso, a um raciocínio circular e falacioso). Abaixo deixo algumas reproduções de páginas dos livros, que têm o rigor e o primor característicos da Taschen. Reparem, por exemplo, como a composição da imagem do anúncio da Benefit que hoje vimos evoca o da Maidenform, embora publicitando produtos distintos.
Tiago Silva
Grata pela partilha, Tiago. Sim, o trabalho editorial da Taschen tem sido maravilhoso para os amantes não só de arte, mas também de livros (como muitos de nós nesta faculdade, imagino!). Sim, é incrível como muitas das estratégias que hoje em dia nos parecem tão ousadas e inovadoras já têm barbas (so to speak) e repetem modelos anteriormente testados. O que nos leva a pensar que os consumidores não mudaram assim tanto ao longo das décadas e continuamos a ser (facilmente) manipulados com os mesmos truques. Espero que esta cadeira tenha contribuído para o desenvolvimento de uma massa crítica mais efetiva, garante de uma intervenção mais livre na sociedade.
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