quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Reflexão- Cultura Visual Contemporânea


A nossa última aula do semestre, dia 16 de janeiro do ano passado, foi dedicada à elaboração de um esquema visual sobre a cultura visual contemporânea, com a participação de toda a turma, ou pelo menos, daqueles que compareceram. Sim, tenho consciência de que esta atividade está sumarizada, aqui, no calendário do blog, mas relembro-a porque não me foi possível participar nela (não consegui estar presente nessa aula) e gostava de a ter feito. Por isso, adotando a velha máxima de que mais vale tarde do que nunca, decidi mostrar-vos as imagens do que, para mim, é a cultura visual atualmente.

Confesso que definir cultura visual é um exercício bastante complexo, dada a multiplicidade de matérias envolvidas, e escolher apenas uma imagem que ilustre esse conceito também não foi tarefa fácil, daí ter escolhido três.

Ora, segundo o meu ponto de vista, a cultura visual começa por nos despertar o olhar crítico, contemplativo e analítico sobre o mundo que nos rodeia. São esses modos de ver, aliados à nossa experiência visual, que nos ajudam a significar, interdisciplinarmente, o mundo e a intervir na sociedade onde nos inserimos. Essa maneira de olhar permite-nos construir representações sociais e culturais próprias que nos definem como seres ativos numa “aldeia global” que, cada vez mais, carece de um olhar atento e reflexivo. A cultura visual é, desta forma, a ciência que está na base da maneira como as pessoas, pertencentes a diversas culturas e experienciadoras de inúmeras situações do seu quotidiano, lidam entre si. Apesar de tão diferentes, é necessário que as pessoas se apercebam de que possuem algo em comum: o mundo onde habitam. Para que tudo se mantenha equilibrado, é fulcral que cada um de nós se acerque de responsabilidade social, não permitindo que o individualismo e outros princípios, que violam o objetivo a que nos propomos, se apoderem do agente; e é fundamental o respeito por nós próprios e pelos outros. A prática de todos estes ideais começa assim que deixarmos de nos levar na corrente que conduz ao desastre e perspetivarmos as várias situações com que nos deparamos de forma diferente, mudando de rumo, em busca da resolução, tal como o peixe que toma a liberdade de saltar para o outro aquário, cheio de novas oportunidades de mudança e ação, abandonando as ideias estandardizadas de “Business as Usual”. É importante reconhecermos o que está errado e tentar, de imediato, melhorar o que foi feito, por forma a que todos beneficiemos dessa mudança. Para isso é preciso usufruir do sentido da visão e identificar os erros, como se se tratasse de um jogo para descobrir as diferenças, tal como aquele que começamos a jogar assim que observamos o cartaz abaixo anexado. E, por fim, embora ainda com muito para dizer, a cultura visual é pensar positiva e inteligentemente num mundo melhor, possível de ser pisado por todos, por seres puros, seres descalços e desprovidos de qualquer impureza que impeça o contacto com a verdadeira natureza. Aqui termino, citando uma das tocantes frases de Fernando Pessoa: “Nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos.”


Mariana Nunes, nº 145808.

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