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segunda-feira, 4 de maio de 2020

a mente mente


O orador desta conferência pretende gerar no espectador uma alteração no modo como perceciona o mundo. São 18 minutos de monólogo inspirado que reflete sobre essa protagonista que é a mente. A mente – como todas as abstrações – tão impalpável e ao mesmo tempo tão real. A mente que à nossa semelhança é capaz das mais belas coisas e paralelamente das mais terríveis. 
A mente mente? Esta é a interrogação que subjaz a todo o discurso do orador.
 A mente mente quando nos leva a crer que estamos em défice para connosco. Correr é, portanto, o verbo que nos ocorre; procurar no exterior, no futuro, essa ilusão de satisfação/plenitude que mais não é do que um oásis ilusório.  Aliás, essa procura do que achamos necessário tende a preconizar todos os atropelos e a justificar as mais vis ações.  
O que se entende, então, por essencial nesta busca desenfreada? A resposta a esta interrogação reside na fama, no prazer, na segurança, no poder, na riqueza, no prestígio.
A mente mente quando identificamos que a plenitude resulta da materialização dos conceitos anteriormente enunciados.  A mente mente ao entender que o essencial da vida está no passado ou no futuro, negligenciando aquilo que se encontra no momento presente, naquilo que somos e fazemos a cada instante. 
A mente mente quando nos leva a crer que o mundo é azul e/ou vermelho. Quando, porventura, estas cores são resultado das lentes que subjazem aos nossos desejos e às expetativas com que percecionamos o mundo. 
A mente mente quando nos faz crer que somos independentes, visto que a nossa dependência é flagrante. Dependemos do contributo voluntário ou involuntário de milhões de seres. Esse apego material, esse egoísmo leva-nos ao esquecimento do impacto do nosso consumo. Exemplo disso é o vestuário importado – disponível nas grandes catedrais da moda – que preconiza o trabalho escravo sobretudo de mulheres, mas também de homens e crianças. O preço desta miopia ocidental é a cegueira efetiva de inúmeros trabalhadores do oriente, que, por um salário miserável, trabalham sem direitos e sem qualquer proteção, muitas vezes usando químicos altamente nocivos. A cegueira destes escravos que suprem as “necessidades” ocidentais não é opcional, antes uma condição de vida, por outro lado a nossa miopia é opcional, egoísta e desumana.   
Não se trata, porém, só daquilo que vestimos, mas também daquilo que comemos. O impacto da dieta vigente é devastador. Dezenas, centenas, milhares de milhões de animais são mortos em autênticos campos de concentração. Vidas inteiras confinadas a espaços diminutos sem possibilidade de movimento; animais sobrepostos que se mutilam.  Alimentamo-nos de animais torturados cuja carne é disfarçada com antibióticos e hormonas que nos envenenam. 
Aproximadamente 1/3 da população mundial – 2 milhões de pessoas – poderia ser alimentada com as leguminosas que servem de alimentação ao gado para abate criado nos já referidos “campos de concentração”. Esta dieta carnívora generalizada nos países desenvolvidos utiliza 70% do solo arável para criação de animais, o que absorve enormes reservas de água, esse recurso cada vez mais escasso. 
A mente mente quando nos embelezamos à custa de cosméticos testados em animais. Coelhos de olhos queimados são um dos muitos males que esta ditadura da beleza provoca para que nas estantes das conhecidas superfícies comerciais possa existir a variedade – tantas vezes enganosa – destes produtos tão essenciais a tantos e a tantas.    
A mente mente quando entendemos as touradas como uma marca identitária que pretendemos conservar. Quando levamos as nossas crianças aos jardins zoológicos na expetativa de que o passeio seja formador das mentalidades dos vindouros naquilo que deve ser o respeito pelos seres vivos. Mente quando negligenciamos as condições insalubres em que cães e gatos são mantidos nos canis.
A mente mente quando nos recusamos a meditar sobre as deficiências de um sistema cada vez mais cruel, mais desigual. A tomada de consciência de uma mente escravizada é o primeiro passo para a libertação. É imperioso dirigir a atenção para nós mesmos, mesmo que isso seja profundamente incómodo. Avançamos, obnubilados, sem nos interrogarmos dos pensamentos que nos habitam.    
Temos de nos des-iludir. Encarar a des-ilusão como algo de positivo. Olhar para dentro e para fora e ser consequentes com as nossas escolhas. Para que a mente se redima da sua mentira não podemos continuar a avançar, destemidos, pensando que continuaremos saudáveis num mundo doente (Homilia sem público, 27 de março de 2020). Meditemos…

Nilton Fonseca

domingo, 12 de maio de 2019

Exames sem stress

Boa tarde colegas!
Como sabem, na nossa última aula, na passada sexta-feira, dia 10 de maio, começámos por praticar um pouco de yoga, que nos ajudou a descontrair, libertando-nos do stress do final de semestre.

Pelos vistos, a nossa professora não é a única pessoa na Ulisboa apologista do Yoga, que nos ajuda a equilibrar mesmo em momentos de avaliação, particularmente stressantes.

Entre os dias 7 e 24 de maio, a nossa universidade oferece aulas de yoga gratuitas, na Alameda da Cidade Universitária, muito perto da nossa casa, a Faculdade de Letras. Estas aulas são dadas em pareceria com a Associação Portuguesa de Yoga com o objetivo de ajudar a que os alunos tenham um período de exames com menos stress. Partilho convosco esta iniciativa, que visa melhorar a saúde física e mental dos estudantes.

Umas excelentes férias e bons exercícios!

Micaela Henriques Nº153621

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Transformar_Meditar

Olá colegas!

Recentemente foi me apresentado um programa de meditação criado por Deepak Chopra que decorre ao longo de 21 dias. Inicialmente, não me pareceu apelativo, pelo simples facto de que a meditação não é um tópico de interesse pessoal; contudo, ainda assim, decidi entender melhor este projeto.
Resumidamente, durante 21 dias leem-se os textos propostos e ouve-se um ficheiro áudio de 20 minutos para realizarmos uma meditação guiada. Há, também, uma tarefa diária que devemos cumprir. Cada dia é um novo tema com o objetivo final de nos transformarmos, criando abundância e felicidade nas nossas vidas.

Devo admitir que, acabei por não me envolver completamente. Porém, dediquei-me a alguns dos desafios por curiosidade e fiquei a entender a dinâmica e o propósito desta forma de estar. Apesar de ser uma forma de melhorarmos o nosso quotidiano e, esperançosamente, o quotidiano das pessoas à nossa volta, o que achei mais interessante foi o modo como muitos dos problemas que nos são apresentados ao longo desta prática estarem na base de alguns dos desequilíbrios que encontramos na sociedade, atualmente. São apontadas falhas pessoais que nos impedem de experienciar o lado mais positivo da vida e estratégias para ultrapassarmos essas barreiras. Ironicamente (ou não) encontramos algumas das mesmas lacunas na sociedade. A forma de mudarmos e termos uma vida de abundância, em sociedade, passa muito por fazermos escolhas conscientes, sem sermos guiados pelo ego e pelo ganho pessoal. Por outro lado, teremos de deixar para trás as coisas que não nos beneficiam como sociedade e começar a cultivar comportamentos e hábitos que realmente nos ajudem. E estes são exatamente alguns dos exercícios que nos propõem fazer com a meditação.
Portanto, se durante 21 dias conseguimos tomar passos simples para resolver problemas pessoais  porventura conseguiremos transpor este saber para  rejuvenescer a sociedade e curá-la. Já existem muitas pessoas com este mindset (o blog desta disciplina é prova disso), que acredito estar em crescimento contínuo. Por fim, queria reforçar que a mudança da sociedade pode ser algo mais leve e simples, que deve partir de cada um de nós. Passos relativamente simples podem mudar bastante o nosso interior. E assim, com a mesma facilidade, e alguma persistência, poderemos mudar o que nos rodeia.    


Obrigada e até amanhã!
Mafalda Marques nº153177

terça-feira, 7 de maio de 2019

Esperança num futuro melhor*

Vi este documentário quando chegou às nossas salas de cinema, por recomendação de um colega vosso. Foi uma viagem incrível, e fico feliz por poder partilhá-lo agora convosco. Sigam este link e vejam como o futuro é agora!

sábado, 6 de abril de 2019

Interagir com o desconforto - sim ou não?

Olá colegas!
Durante este semestre tenho-me deparado com várias temáticas que me fazem raciocinar, sentir e estar atenta ao que me rodeia, desde o mundo até às pessoas. Uma dessas temáticas é a empatia. Parece um conceito tão óbvio, tão familiar, mas será mesmo assim tão simples?
Há aspetos a mencionar no vasto campo da empatia, um deles (que pretendo explorar hoje) é a compreensão. Qual será a importância de ouvir e entender o outro? Será que devemos ouvir sempre? Devemos evitar ser confrontados com aquilo de que discordamos?
Em relação à última pergunta trago-vos uma TED Talk, na qual é discutida e apresentada a importância de nos relacionarmos com opiniões das quais discordamos.

Why it's worth listening to people you disagree with
- Zachary R. Wood

Pode parecer algo contraditório dar tempo de antena a quem nos antagoniza, mas, se virmos a questão sob outro ponto de vista, podemos vir a ganhar duas coisas: um nova forma de pensar e de ver e, eventualmente, a certeza absoluta de que não concordamos com o que nos dizem e estamos dispostos a lutar pelos nossos princípios. Ficamos sempre a ganhar! É através do desconforto que por vezes aprendemos as coisas mais marcantes, por isso acredito que este seja um método que nos ajude a realizar uma constante evolução tanto em relação aos outros como a nós mesmos.

Viviana Parente Nº153571

segunda-feira, 18 de março de 2019

#TrashTag Challenge

Boa tarde colegas,

Nas nossas aulas o poder da internet enquanto instrumento político é um tema recorrente e tenho visto ultimamente vários exemplos que o comprovame. Mais do que um local para partilharmos fotos, para comunicarmos com aqueles que conhecemos ou encontrar novos amigosr, a internet é também uma plataforma que pode servir para maravilhas como esta que convosco partilho: muitos são os Challenges que conhecemos, uns melhores do que outros, e este é de certeza um dos melhores que já se viu.

Por iniciativa de um rapaz, de nome Roman, muitos foram os locais do nosso planeta que, desde 5 de março, estão mais verdes, mais limpos e mais saudáveis. O #TrashTag Challenge, como refere o jornal Público, é um desafio em que: “Primeiro, encontras um sítio que precise de ser limpo e tiras uma fotografia. Depois, pegas em alguns sacos e “perdes” alguns minutos a limpá-lo. No fim, tiras uma foto do mesmo sítio após a tua intervenção e partilhas nas redes sociais o antes e o depois. São estes os passos que precisas de dar para participares no novo desafio da Internet”.


"Aqui está um novo desafio para todos os adolescentes aborrecidos”, escreveu Byron Román no Facebook, chamando a atenção mundial para a necessidade de termos um planeta mais limpo. Com mais de 331 mil partilhas e quase um milhão de reações, a publicação de Román deu uma nova vida ao desafio lançado em 2015 pela UCO Gear, uma empresa de produtos de campismo. “Este é um movimento para inspirar as pessoas a serem melhores para o ambiente”, disse Craig Frazee, da UCO, à CNN”.

Deixo-vos em anexo algumas das fotos tiradas por pessoas que se sentiram desafiadas e não resistiram em deixar uma parte do planeta mais limpa!




A mudança é possível, este é só mais um exemplo de que uma ação que parece pequena, mas pode e mudar o mundo!

Até quarta,
Micaela Henriques Nº153621

Olhar a mulher

Boa noite colegas,


Sendo esta uma temática que tem vindo a surgir repetidamente nas nossas aulas, penso que estamos conscientes e capazes de detetar o modo como a figura feminina é reificada. Perante um modo de ver que coloca a mulher como objeto de um olhar preador, e não como agente, percebemos a afirmação de John Berger no terceiro capítulo de Modos de ver — "a presença social da mulher é de um tipo diferente da do homem" (59).

A propósito deste capítulo, e desta afirmação, relembrei-me de um ensaio de Griselda Pollock, com o qual já me havia cruzado repetidamente (porque é mesmo muito interessante), intitulado "Modernity and Spaces of Femininity", disponível aqui (ou, caso desejem uma versão em português, disponível na biblioteca da faculdade, integrado na antologia crítica Género, Cultura Visual e Performance, organizada por Ana Gabriela Macedo, uma obra que contém, além deste, muito mais ensaios igualmente interessantes para pensarmos o modo como percebemos a nossa cultura e o lugar da mulher na mesma).
Pollock retrata os espaços e os limites impostos às mulheres no período do Modernismo, tanto a nível físico como a nível simbólico e de possibilidades de representação. Este último aspeto é curioso, visto que demonstra o modo como uma mundivisão e o paradigma patriarcal delimitam não só os espaços físicos onde é expectável que uma mulher circule, como ainda a criação de imagens.
A História da Arte eliminou a presença da mulher, reduzindo a sua narrativa aos espaços masculinos e a sua presença a musa, retirando-lhe assim a possibilidade de agenciamento. É, aliás, preocupante verificar que esta tradição se mantém viva na publicidade, como tivemos oportunidade de ler no post anterior, da colega Micaela Henriques. O ensaio de Pollock sublinha que este processo de desempoderamento foi calculado, através da afirmação do olhar masculino ("male gaze") e da negação do olhar feminino ("female gaze"), tanto a nível das possibilidades de representação como dos relacionamentos interpessoais.

Ainda que apresentando uma análise que pretende inscrever uma perspetiva feminista na história da arte modernista (e convenhamos que até a necessidade de o fazer é indicativo de uma história que tem vindo a ser construída por um modo de ver muito especifico), a autora estende o seu argumento para além dos limites da arte, alargando a sua conclusão para afirmar que a nossa cultura visual continua a ser um espaço absolutamente minado por estes paradigmas de género, que por sua vez tornam os espaços que habitamos locais de permanente reificação e perigo. Relembra-nos, assim, da necessidade de adquirirmos esta consciência e mantermos um olhar crítico constantemente treinado para analisarmos as representações que nos são apresentadas, para que possamos descobrir modelos alternativos de inscrevermos o nosso corpo na cultura e na história e descobrir possibilidades de agir neste mundo.
Ana Teresa Fernández, Untitled (Performance documentation). Fonte.

Além disso, e numa nota à parte, considero que tanto o próprio ensaio como a totalidade da antologia crítica em que se insere na tradução, nos recordam da importância de olharmos criticamente, incluindo também as fontes bibliográficas que consultamos, de modo a incluirmos investigação feita por mulheres; até que ponto esta não é esquecida, do mesmo modo que a pintura desaparece na História, por via do nosso enquadramento cultural?

Bom descanso a todos, e até quarta!


Leonor Madureira (150360)

quinta-feira, 14 de março de 2019

Viva o Ativismo!

Boa tarde, colegas,

Hoje trago-vos um vídeo acerca de um tema bastante recorrente nas nossas aulas: as alterações climáticas e o estado cada vez mais decadente em que se encontra o nosso planeta. Neste vídeo ouvimos Greta Thunberg, uma jovem sueca que, em agosto de 2018, começou uma greve com repercussão por todo o mundo, poucos meses depois. 
Esta jovem recusou ir à escola sexta-feira, para ficar sentada à frente do Parlamento sueco, como forma de protestar contra a falta de ação do governo perante as alterações climáticas no nosso planeta. Conseguiu, depois, juntar amigos à causa, e, em pouco tempo, este movimento ganhou uma dimensão incrível. Greta é apenas uma criança, com mais consciência e maturidade do que muitos adultos, porém, e afirma que nunca somos pequenos demais, para fazer a diferença.
Neste discurso que aqui podem ouvir, esta jovem ativista fala-nos do sacrifício que o planeta Terra tem de fazer, todos os dias, para que diversos países, incluindo a Suécia, possam viver luxuosamente. Aponta ainda para a hipocrisia do governo, que defende que as crianças são o mais importante, mas que destrói sistematicamente o seu futuro.
Logo em dezembro de 2018, este movimento chegou a mais de 270 cidades do mundo. Em fevereiro de 2019 vários cientistas juntaram-se à causa. Agora em março os protestos voltam em força e, na sequência do que diz o post anterior, amanhã, vão ocorrer manifestações globais, incluindo no nosso país. A "Grande Mudança", de que falam Joanna Macy e Chris Johnstone em “Three Stories of our time”, parece estar finalmente a acontecer.
O futuro começa agora, enquanto ainda há hipótese de agir e de mudar de rumo. As desculpas têm de acabar, porque o tempo não para. Greta é a prova viva de que, apenas com pequenos gestos, podemos e devemos tornar o mundo num sítio melhor. 

Tenham uma boa noite!

Andreia Cruz, nº150355

Greve Climática Estudantil

Boa tarde caros colegas e professora,


No contexto das temáticas ativististas já abordadas na aula, serve esta mensagem para avisar que amanhã decorrerá a Greve Climática Estudantil com marcha a partir do Largo Camões às 10:30h.
Como sabemos, a preocupação com as alterações climáticas do nosso planeta é crescente entre todos. Por isso, é hora de agir. Hora de deixar de ser ativistas de sofá e sair à rua.
Recomendo a todos e todas a participar (nem que seja passar) nesta marcha que procura chamar a atenção da população para as mudanças necessárias para a inversão do destino para o qual caminhamos.
A quem decidir participar, pede-se também que faça os professores das aulas a que vai faltar saber da razão da ausência. Pois isto não é uma desculpa para "baldar" às aulas, mas sim um chamamento de atenção que visa englobar todos.
Para quem quiser também, hoje das 18h às 20h (talvez até mais tarde) o Núcleo do Ambiente da Faculdade de Letras estará na associação de estudantes a preparar cartazes e etc para a manifestação. Sintam-se à vontade para aparecer e fazer um cartaz ou simplesmente informar-se sobre estas questões.


Obrigada pela atenção,
Saudações a tod@s


Liliana S.




https://m.facebook.com/#!/events/253285392231164
 

segunda-feira, 11 de março de 2019

Projeto 'SAUDADE'

Olá colegas!

No dia 2 de março participei num projeto, que acho importanto partilhar com vocês.

Como sabem, o tema da poluição é frequentemente aborbado nas aulas de Cultura Visual. De facto, o ser humano tem vindo a causar um imenso impacto negativo no meio ambiente. No entanto, embora seja sensível a este tema, nunca pensei que mudar os meus comportamentos fosse mudar alguma coisa. Porém, com o passar do tempo, e à medida que fui conhecendo pessoas novas, percebi que as nossas ações importam. Mesmo que pareçam pequenas, a nível global, é através de pequenas iniciativas que começa a mudança.
No dia 14 de janeiro, um amigo meu fez o seguinte post no facebook:
SAUDADE’
Na semana passada, auto-desafiei-me a uma semana sem SOCIAL MEDIA.
Dia 4 - Marina de oeiras
“Durante a minha deambulação de hoje, ali, no meu mundo, enquanto ia refletindo, cantando, sorrindo, pensando e sentido aquele momento de repente, parei.
Parei, no momento em que percebi. Era isto.
Estava rodeado de todo o tipo de Lixo, Cordas, Garrafas, uma quantidade assustadora de Plástico, Latas, Redes… vi aquilo que nunca pensei que fosse possível, tanto desrespeito e tanta falta de Civismo ou Conhecimento. Observei tudo aquilo de forma assustadora e preocupante. Senti que tinha de agir. Não podia ficar de braços cruzados perante aquilo. Precisava de ajuda, não tinha mãos para levar tudo dali sozinho.
Peguei no que consegui e fui.” Era a Hora.
O meu objetivo é limpar a zona, com a ajuda de quem quiser participar nesta iniciativa. Mutuamente conseguir que sejamos um grupo porreiro e com bons princípios envolvidos no projeto. Ainda não tenho uma data definida para o arranque mas o importante agora é formar um grupo motivado e receptivo ao objetivo.
Pessoal interessado em participar na limpeza deste espaço, falem comigo. Estarei ao vosso inteiro dispor.
A oportunidade está nas vossas mãos.
É necessário questionarmos-nos, interessarmos-nos e compreendermos o que nos rodeia. O conhecimento é poder! Tenham-no como uma arma, a vossa maior arma. Carpe Diem! Tomás.





Depois desta publicação todos os interessados contactaram o Tomás, incluindo eu! Atendendo aos cuidados necessários para tudo correr bem, contactámos a Câmara Municipal de Oeiras, para recolher os sacos do lixo que conseguíssemos juntar! A Câmara foi bastante prestável e ainda nos forneceu os sacos e as luvas: pusemos mãos à obra, no dia 2 de março, de 2019. Deixo aqui algumas fotografias do evento.





Ao todo recolhemos aproximadamente 300 Kg de lixo. Encontrámos de tudo um pouco nestas rochas: desde objetos que as pessoas atiraram para a praia, até coisas que deviam estar no mar e vieram dar à costa, incluindo alguidares, ou baldes de tinta, para mencionar alguns exemplos. Devo dizer que esta experiência me chocou bastante, e foi também uma grande aprendizagem.
Apenas num dia, foi impossível apanharmos o lixo na costa toda da Marina e é por essa razão que estou a divulgar este projeto aqui! 'Saudade' irá repetir-se várias vezes ao longo deste ano; por isso, se estiverem interessados em participar podem deixar o vosso email nos comentários.
Posso dizer que somos só um pequeno grupo de jovens que decidiu ocupar um sábado de sol de uma maneira um pouco diferente. A mudança não passa só pelas grandes corporações, começa por cada um de nós, ativistas.

#SetTheOceanFree

                                                                                                                         Joana Mateus nº154277

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Minimalismo: a arte de ser feliz com menos

Olá colegas!
O conceito de sustentabilidade e o caráter consumista da nossa sociedade têm sido duas temáticas recorrentes nas aulas de Cultura Visual. Neste sentido, apresento-vos uma TED Talk que, discutindo um modo de vida alternativo, o minimalismo, pode abrir discussões e reflexões face aos dois tópicos mencionados.


Conhecidos como The Minimalists, Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus além de apresentarem o conceito de minimalismo, retratam a sua experiência pessoal entre os dois polos: o consumismo extremo e a adoção do minimalismo enquanto estilo de vida. É desta transformação radical que surge a expressão que dá titulo ao vídeo: "The Art of Letting Go".
O trabalho da dupla inclui um documentário e quatro livros (com cerca de 4 milhões de vendas), cujo sucesso é notável. Os mais interessados podem também visitar o website http://theminimalists.com para mais informações.

Decidi partilhar esta apresentação, pois acredito que nos oferece novas perspetivas relativamente à nossa forma de ver o mundo e, simultaneamente, dá resposta a questões extremamente pertinentes como: Será que podemos ser felizes com menos? É possível viver uma vida com significado se nos desprendermos dos nossos bens materiais?
                                                                                                                              Daniel Bento - 151219

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A escolha faz parte da mudança

Boa tarde colegas,
Creio que, desde pequenos, todos nós fomos sensibilizados para a regra dos 3Rs: Reciclar, Reduzir e Reutilizar. Todavia, o nosso foco tende a concentrar-se na reciclagem, mais do que na redução do nosso próprio lixo. Hoje, felizmente, somos cada vez mais alertados para reduzirmos o uso do plástico em geral, mas já pensaram em todos aqueles outros materiais inúteis?

(https://www.youtube.com/watch?v=EcnAYdrV074)

Na campanha de sensibilização acima é possível ver que há outras coisas, como as embalagens de cartão, que são desnecessárias — porque razão a pasta de dentes, que já vem embalada, necessita de uma outra embalagem? Felizmente, países como a Islândia colocaram essa questão e decidiram descontinuar o uso deste tipo de embalagens, reduzindo assim o seu lixo. Esta questão deve também ser colocada em relação a todas as outras embalagens inúteis.
Foi ao navegar pelo Instagram que vi este vídeo; chamou-me tanto a atenção que decidi procurá-lo no YouTube para o poder partilhar aqui. Na minha opinião, a importância desta campanha é enorme, uma vez que nos demonstra que, enquanto consumidores podemos mudar o mundo, tornando-o  um lugar mais limpo para todos os seres que nele co-habitam. De facto, se há alguma coisa que o sistema económico em que nos encontramos permite é a mudança através do nosso próprio consumo (ou da falta dele), como referiu Yanis Varoufakis, em Talking to my Daughter About the Economy. Por isso, não nos vamos resignar a pensar que uma única ação não vai mudar o planeta, pois mudará sempre;  a possibilidade e o poder de escolha existem, vamos usá-los e fazer a diferença!
Bons estudos, até sexta,
Micaela Henriques Nº153621

domingo, 7 de janeiro de 2018

Olá colegas! Desejo um feliz 2018 a todos. Com a chegada de um novo ano, acredito que todos nós devemos repensar as nossas escolhas. Para tal, eu fiz uma pequena pesquisa sobre o Banco do Tempo, mencionado pela professora em aula e encontrei uma ligação em destaque, que aqui deixo, para quem estiver interessado em saber mais sobre este projeto em Portugal.                                                                                                                           


                                                                                                                                                   
Eugénia Silva (147301)

sábado, 4 de novembro de 2017

Lixo ou luxo?



Em 1965, o poeta brasileiro Augusto de Campos brincou com as palavras “lixo” e “luxo”: o que resultou no poema concreto acima. Isto faz-me pensar na capacidade humana de transformar luxo em… lixo. A existência de ilhas de lixo é uma prova do pouco controlo que se tem sobre o que é produzido para tornar-se desperdício após o consumo.

O documentário citado na última aula trata da realidade de trabalhadores do aterro sanitário em Jardim Gramacho (Rio de Janeiro).



Ao mesmo tempo, apresenta a arte de Vik Muniz, que decidiu pintar e compor com lixo fotografias de pessoas que vivem em meios desfavorecidos. O trabalho destas pessoas resume-se em recolher, separar e queimar lixo.

Algumas pessoas demonstram que é possível transformar lixo em:

1) Arte: como faz o artista Bordalo II. Não só para apreciação estética, mas também para apelar à nossa consciência ecológica, evocando espécies afetadas pela enorme quantidade de lixo por nós produzido.

Bordalo II




Caretta Caretta Trapped, Fotografia de Francis Perez.
 
2) (novos) materiais para uso diário. Este vídeo (de um minuto) mostra-nos vários exemplos de novos materiais (e uma casa!) feitos a partir de pacotes de leite;
 3) meio de subsistência. Como afirma o youtuber Dave Hakkens: "They manage to do a whole recycling economy with our junk".





Assim, através de reciclagem e reutilização, aquilo que antes era considerado desperdício torna-se "luxo" ou uma alternativa melhor ao constante consumo de materiais poluentes que não são biodegradáveis.

Amanda Costa (148341)

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Documentário Sobre o Ambiente, Sustentabilidade e Economia

Boa noite,

acabei de ver um documentário interessante sobre respostas alternativas aos actuais problemas ecológicos e económicos (e pessoais, também) com os quais nos defrontamos nos tempos que correm, e achei por bem partilhá-lo convosco. O filme chama-se Demain (amanhã, em francês) e mostra algumas inovações dos últimos anos, tanto ao nível ecológico, como financeiro e educativo. Está muito bem feito, é acessível, e ainda tem a mais valia de possuir uma banda sonora fantástica. Junto envio o link para o trailer do documentário, reconhecendo que tal acto não está isento de uma certa ironia, visto que um dos objectivos da nossa cadeira é analisar publicidade.

 

Obrigado e até amanhã!

Martim Cunha Rego

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Sobre Sustentabilidade

Bom dia colegas,

Deparei-me com um vídeo curto, mas imensamente interessante. Visto que temos abordado temas como ecologia e sustentabilidade nas aulas, achei que seria curioso partilhar com vocês este achado.

O vídeo remete para o atual contexto  de destruição biológica e ecológica causada pela agricultura química industrial e pela engenharia genética. Explora a filosofia central do movimento "Navdanya", começado por Vandana Shiva, que acredita que as sementes são, além de um dom da vida, um património económico coletivo. De facto, as sementes levam à conservação da biodiversidade, gerando uma cultura de sustentabilidade, o que se pode relacionar com permacultura de que falámos na última aula.

Quero ressaltar a expressão "monocultures of the mind" que nos faz refletir sobre os elos entre o modo como tratamos e (abus)usamos (d)o mundo e  a forma como lidamos connosco mesmos.


Ana Patrícia Kato Mestre
Nº. 52399

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Less is more *

Mais um documentário com reflexões sobre o estilo de vida contemporâneo (nomeadamente o consumo compulsivo, a que chamamos consumismo) e modelos diferenciados de agir no dia-a-dia que parecem gerar maior felicidade. 

O trailer está aqui; se ficarem convencidos, vejam o filme completo aqui. 


Aproveitando a embalagem, podem ver esta TED Talk de Joshua Fields Millburn and Ryan Nicodemus, intitulada "A rich life with less stuff".

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Voluntariado na Índia?

"The KENOSIS FOUNDATION (KF) is a non-profit, non-governmental and non-political organization working with passion in India, focusing on awakening and empowering women and children towards their sustainability, dignity and will to change."
 

Issac Rayappan
Founder & Director Kenosis Foundation (KF), 
Bangalore, India 
E-mail: kenosisfoundation@yahoo.com

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

'Que Estranha Forma de Vida'_alternativas

 Olá, colegas!
Por estarmos quase a dar por terminada esta nossa jornada na cadeira de Cultura Visual, achei interessante partilhar convosco um pouco da sinopse de um documentário que vi noticiado num conhecido jornal online.
O pequeno filme chama-se Que Estranha Forma de Vida e foi realizado por Pedro Serra, um jovem realizador português, que nos mostra três comunidades sustentáveis e autossuficientes: Cabrum e Tamera, em Portugal, e a Cooperativa Integral Catalana, em Espanha. O realizador e a a sua equipa de filmagem conviveram de perto com o dia-a-dia dos habitantes, vivendo durante uma semana em cada uma destas comunidades, experimentando refeições feitas com produtos biológicos, escutando música e participando em muitas outras atividades.
“Quem vive numa cidade não tem de falar com as pessoas com quem se cruza na rua. Ali lida-se constantemente com egos e o tempo ganha outro sentido”, disse o cineasta em entrevista ao jornal.
Que Estranha Forma de Vida foi exibido em inúmeros festivais de cinema nacionais e internacionais, por exemplo, no Brasil, nos Estados Unidos, na Croácia e na Roménia, e obteve diversos prémios.
A história narrada neste documentário fez-me recordar de imediato grande parte das temáticas abordadas em aula, nomeadamente, o ponto 4.2 do nosso programa, isto é, sustentabilidade vs. crescimento; o texto Active Hope: How to Face the Mess We're in Without Going Crazy, mais precisamente, "The Third Story: The Great Turning", que a budista e ecologista Joanna Macy e o médico Chris Johnstone nos contam; e, claro, a inspiradora história de vida da nossa convidada Filipa Santos, educadora para a sustentabilidade.
Vejam o trailer e (se tiverem curiosidade) o documentário integral.


Mariana Nunes, nº 14580

sábado, 10 de dezembro de 2016

Vhils

Na aula antes das apresentações orais, falámos sobre o livro How to Change de World, de John-Paul Flintoff. Referiu-se o facto de, por vezes, quando se aborda o tema "querer mudar o mundo", haver falta de motivação. Como contraponto, foi dado um exemplo bastante simples do poder da arte para influenciar o nosso estado de espírito — (convi)ver (com) um prédio degradado ou todo bonito pode determinar o modo como encaramos o nosso dia. Quando esse assunto foi falado não pude deixar de pensar no artista português Vhils, conhecido por criar as suas obras em espaços urbanos (paredes, muros, etc). Vhils consegue dar beleza aos sítios mais degradados, é extraordinário. Deixo aqui algumas fotos para o caso de alguém estar interessado em descobrir mais!





Catarina Conde nº146442