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sábado, 4 de maio de 2019

We Love The Earth!

Boa noite colegas!

Hoje venho partilhar uma música associada a uma campanha de consciencialização que possivelmente alguns de vocês já conhecem.
A música é do rapper Lil Dicky e chama-se "Earth", abordando o tema do aquecimento global, que, como sabemos, apesar de sério, continua a ser controverso.


Este vídeo foi feito em parceria com a fundação Leonardo DiCaprio, cujos objetivos são encorajar melhores práticas ambientais em todo o mundo.
A música inclui as vozes de mais de 30 celebridades como Ariana Grande, Justin Bieber, Miley Cyrus, Ed Sheeran, SIA, Snoop Dogg. O envolvimento destes grandes nomes da cultura pop apoia fortemente a divulgação de um projeto musical deste tipo, sendo que o vídeo já arrecadou mais de 81 milhões de visualizações. Dito isto, sublinho ainda que todos os lucros da música vão diretamente para a fundação acima referida.
O autor da música fez outros 4 vídeos para expor mais claramente o problema que enfrentamos e as medidas que podemos tomar para o ultrapassar. 
Nestes vídeos são explicados temas também apresentados em Active Hope: How to Face the Mess We're in Without Going Crazy, de Joanna Macy e Chris Johnstone, analisado em aula, tais como: o aquecimento global e as suas consequências; o degelo e a consequente subida do nível dos oceanos e a extinção de espécies. No entanto, é também referido que nós temos a capacidade para reverter os danos causados. Na verdade, estudos científicos referem que temos 12 anos para inverter esta situação, mas para isso devemos mudar 3 coisas:

1. A forma como produzimos a nossa energia:
  • Ao invés de utilizar combustíveis fósseis, que libertam carbono para o ar, devemos utilizar cada vez mais energias renováveis;
  • Devemos votar em representantes que se preocupem com o ambiente e se demonstrem dispostos a fazer mudanças;

2. A forma como conservamos e protegemos a natureza:
  • É importante parar a desflorestação, uma vez que as florestas absorvem 1/4 do carbono produzido na Terra;
  • A proteção de espécies é crucial porque estas fazem parte do mesmo sistema em que nós vivemos, ou seja, quando esta organização é afetada, toda a comunidade sofre;

3. A forma como produzimos a nossa comida:
  • A agricultura com químicos e maquinaria pesada contribui fortemente para a poluição;
  • O consumo de carne vermelha é um dos fatores que tem maior impacto no ambiente, elo que devemos reduzir drasticamente a sua ingestão.

Espero que consigamos ajudar o planeta e reverter os danos causados, visto que nós somos a geração que tem o dever e o poder de o fazer!

Obrigada pela atenção e bom fim-de-semana!

Luana Bento
153657

sexta-feira, 22 de março de 2019

Ver Vs. Olhar _'This is America'

Boa noite, colegas
A forma como vemos as coisas determina a nossa presença no mundo. Tal como afirma John Berger “olhar é um acto de escolha”. Proponho, então, uma análise do vídeo “This is America”, de Donald Glover, Aka, Childish Gambino.
A música e o respetivo videoclipe saíram em 2018 e foram ambos caricaturados, gerando imensa polémica. O artista foi alvo de troça e penso que o seu objetivo tenha passado completamente ao lado para as audiências que assistiram ao vídeo.
narrativa deste vídeo começa com uma figura de raça negra a tocar guitarra, aludindo à música tradicional que se ouve enquanto a imagem é mostrada. É engraçado de notar que a figura da guitarra e o protagonista (em segundo plano) se encontram nas zonas sombreadas do plano, enquanto que o espaço iluminado está vazias.
As roupas destas duas figuras são relevantes, principalmente a de Childish Gambino, cujas calças aludem à farda dos soldados do Norte, na Guerra Civil Americana, e o colar à cultura gangster.

Gambino também hiperboliza as suas poses e expressões faciais, de um modo caricatural, que recria as imagens racistas dos afro-americanos.

Esta pose, por exemplo, alude à caricatura à sua direita, realizada cerca de 1832, para ilustrar a música "Jim Crow", que viria a dar nome às leis segregacionistas passadas em vários estados do Sul, após o fim da Guerra Civil. Eis aqui outro frame em que Gambino replica uma imagem caricaturada do homem negro.
Por outro lado, o cantor também encarna o estereótipo do do homem branco que sai sempre ileso dos crimes que comete.
No entanto, a parte que para mim é mais forte é a cena da igreja, onde vemos um coro gospel a atuar momentos antes de sofrer um massacre. Isto é referente a um massacre real que foi realizado por um jovem branco numa igreja afro-americana, em 2015. Após realizar o tiroteio, o "criminoso" sai de cena a dançar, enquanto várias personagens correm na direção do crime. A repetição constante do título da música remete para a visão estereotipada do que é a cultura norte-americana. O facto de ele também afirmar que é "bonito" alude ao facto de o homem branco sair ileso dos seus crimes pela sua cor de pele ("Look how I'm geekin' out/ I'm so fitted/ I'm on Gucci/ I'm so pretty")


Quando Gambino faz esta pose, há um silêncio de 17 segundos. Isto remete para um outro tiroteio escolar, do qual resultaram dezassete mortos. Logo a seguir, ele segura um cigarro e acende-o, tentando com isso mostrar que "a vida continua" e que não devemos ficar preocupados com o que aconteceu no passado pois "isto é a América", um país onde a violência se banalizou.
A penúltima cena deste vídeo é passada num espaço cheio de carros antigos, e a nossa personagem principal dança em cima de um deles, aludindo a Michael Jackson. É ainda de notar que muitos dos movimentos executados pelo protagonista têm origem em coreografias de hip-hop ou em danças tradicionais africanas.
Por fim, encontramos o Childish Gambino a encarar a sua própria pessoa, o homem afro-americano em fuga. 

Quero então concluir que nem tudo o que vemos é aquilo para que olhamos e, que muitas vezes escolhemos o que ver, fazendo uma interpretação falsa ou conveniente do que está à nossa volta. Espero que tenham gostado do post e vemo-nos quarta!

Bibliografia
Khal, “The Real Meaning Behind Childish Gambino’s ‘This is America’”

Mahita, Gajanan. "An Expert's Take on the Symbolism in Childish Gambino’s Viral ‘This Is America’ Video". Time, May 7, 2018.

Shamsian, Jacob, “24 things you may have missed in Childish Gambino's 'This is America' music video”

Filipa Costa 153720

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Publicidade em videoclips

Boa tarde, colegas,
A publicidade é tema recorrente nas nossas aulas e objeto de grande importância para a cultura visual. Como motor do consumo, o discurso publicitário leva-nos a pensar que não seremos aceites se não usarmos determinada marca ou não adquirirmos determinado produto. Uma boa maneira de alcançar este objetivo é aliar os produtos divulgados a pessoas famosas.
Já repararam como os videoclipes são um ótimo mecanismo para fazer publicidade? Dá-se uma simbiose muito bem estruturada: as marcas tornam-se parceiras de artistas influentes, pagando-lhes para as publicitarem, e aumentando, assim, as suas receitas, pois os fãs vão querer comprar os produtos que os seus ídolos usam. A verdade, porém, é que quem está a publicitar algo nem sempre acredita no produto ou o utiliza, mas nós caímos que nem patinhos...
A Lady Gaga, uma artista muito controversa, como sabem usa publicidade nos seus videoclipes. Deixo-vos com o link da música “Telephone”, de 2009, e desafio-vos a vê-lo, antes de continuarem a ler o post.

Sabem quantas marcas apareceram? Nove. Deixo-vos abaixo os dados de um site indicando as marcas publicitadas e os minutos em que aparecem.

1:32: Fones Heartbeats
2:06: Virgin Mobile
2:25: Coca-Cola zero
4:22: Computador HP Envy ‘Beats Limited Editon’ da Monster
4:35: “Plenty Of Fish” (site de encontros)
4:39: Chevrolet
5:35: Polaroid
6:18: Wonderbread (pão de forma)
6:36: Miracle Whip (maionese)

Da primeira vez que vi o videoclipe não reparei em nenhuma delas, o que mostra a subtileza do marketing ou então a minha falta de atenção.

Tenham um resto de bom dia!
Andreia Cruz, nº 150355

sábado, 18 de novembro de 2017

Sobre arte e ativismo


  Quando penso em ativismo visual, acende-se uma luz na minha cabeça que me leva de volta a 6 de Outubro de 2014, quando assiti ao concerto do ilustre Morrissey, no Coliseu dos Recreios, um evento completamente fora do normal.








Morrissey T-shirt
Morrissey Flyers   Enquanto ativista dos direitos dos animais, Morrissey passou décadas a lutar contra a crueldade com os animais - e não pensa duas vezes antes de expressar as suas opiniões. Este vegan incansável inspirou milhões de fãs a pensar sobre os direitos dos animais, desde que lançou em 1985 o álbum dos The Smiths, Meat Is Murder*.
* Este, por sua vez, foi um álbum com uma voz política forte, criticando diversos tipos de violência, desde aquela perpetrada no espaço doméstico, como nas escolas de Manchester ou nas feiras de diversão.
  
   Morrissey usa os concertos como plataforma de ativismo. Entre muitas outras ações, faz questão de que o catering do recinto seja vegetariano ou vegan; associou-se com a PETA para fazer panfletos anunciando os seus espetáculos com mensagens ativistas e o seu merchandising (à venda no local dos concertos) revela as suas crenças. 
   Contudo, o que mais me chamou a atenção no concerto foi como entre cada intervalo de uma música para a outra, na tela gigante do palco, eram mostrados vários vídeos sobre as indústrias que não são cruelty-free ou meat-free. Centenas de pintainhos bebés a serem esmagados vivos. Tigres esfolados vivos. Animais de laboratório com anomalias físicas...
Ouvia-se um burburinho de choque pela multidão que assistia. Alguns fechavam os olhos.

   Na minha opinião, fechar os olhos não é solução. Sim, pode ser mais "confortável". Ou é como quem diz "A felicidade é dos ignorantes" e então as pessoas forçam-se a permanecerem na ignorância. Para além de toda a componente moral no que toca à crueldade infligida nos animais, temos também que ter em conta que vivemos num mundo em que os recursos são limitados. Estamos a esgotar e a sufocar o planeta terra. Caso não tenham conhecimento: atualmente, o setor que mais desgasta a Terra e impacta o ambiente é o do gado (para produzir um mero quilo de carne, são precisos aproximadamente 15,400 litros de água). Vejam Cowspiracy ou Before The Flood para se informarem sobre estes assuntos e aprenderem como podemos mudar alguns hábitos que poderão pesar menos no ambiente. 

   Sim! Estes são temas que nos alarmam. Ficamos nervosos e preocupados e acabamos por cair numa espiral de ansiedade, cheios de sentimentos de impotência. Porém, conhecimento é poder! Se todos tivermos esperança e força de ajudar e vencer, não será preciso muito mais. E, sobre esta temática da esperança, quem melhor do que Morrissey para nos elucidar? 😊


Nota: Morrissey também empresta a voz aos direitos LGBTQ+ e aotema da Saúde Mental. Recomendo pesquisarem mais sobre o seu trabalho como ativista, assim como o sobre o seu trabalho musical. Vale a pena!

Ana Patrícia Kato Mestre
Nº. 52399

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Políticas de Identidade na Coreia do Sul

Seguindo a deixa da colega Mariana, venho apresentar-vos a Amber Liu num âmbito mais positivo do mundo do kpop.



A Amber é uma kpop star membro do grupo f(x) que veio subverter ideias de expressão de género num país e numa indústria onde a feminilidade e a masculinidade só se cruzam para a fetichização de aparências e tentativas de humor controversas. A imagem dela, ao contrário do que se possa pensar, não foi um produto de marketing; o estilo tomboy é parte intrínseca dela e recusou-se a abdicar do que a fazia sentir-se confortável, apesar das inúmeras tentativas por parte de estilistas e da própria empresa SM para mudar o seu estilo.

Claro que isto a torna alvo de comentários maldosos, onde há um constante questionamento da sua identidade de género e da sua sexualidade, mas a Amber não tem medo de se pronunciar sobre o assunto nas redes sociais onde constantemente apela à gratidão, ao amor-próprio e à liberdade de expressão como armas para vencer a opressão. Sobre os rumores de namorar com algumas colegas de trabalho, tema que na Coreia do Sul consegue arruinar carreiras, Amber diz em entrevista para a Arirang Radio em 2015: "The funny thing is, I'm dating more girls than guys, which is [funny], cause you know, I'm close with you, [BTOB's] Peniel, [C-CLOWN's] Rome. But when I'm with guys, nothing is like I'm dating Aron or Peniel, it's like I'm dating Krystal or Minah, and it's cute".

Sobre o conceito de beleza, ela tem uma perspetiva própria sobre a qual fez uma música e falou numa entrevista à Mochi Magazine, em 2015: "Beauty is about accepting yourself for who you are. I believe we were all made a certain way for a reason and living life is just about figuring out what to do with it. Society now places a huge weight on looking 'perfect' and I’ve seen people tear themselves apart striving for it, including myself. But when you figure out that none of it matters, life becomes a billion times better". Ainda sobre esta temática, Amber também fala dos obstáculos que ultrapassou quanto à anorexia e o suicídio, num videoclip que produziu sozinha — Borders.

Gostaria de ouvir as vossas opiniões sobre a heteronormatividade na Coreia do Sul e na indústria do kpop, principalmente agora que parece haver cada vez mais idols a seguir as pesadas da Amber e a serem mais abertos quanto às suas crenças pessoais, apesar do constante policiamento dos fãs e dos media.

Tânia Viegas

domingo, 22 de outubro de 2017

Kpop_Gender

Bom dia, colegas!
Este post vem no seguimento do que discutimos em aula acerca das revistas femininas e o ideal do corpo feminino perpetuado por elas.


Na Coreia do Sul, e já uma colega falou do assunto aqui no blogue, o mundo do kpop mobiliza todo um país. Um breve resumo: adolescentes juntam-se a uma agência e lá treinam com o objetivo de um dia integrarem ou uma boy band ou uma girl band. Estas agências (e todo o mundo do kpop) são extremamente severas no que toca ao peso dos seus ídolos. Nas imagens abaixo, mostro-vos o ideal de corpo para as meninas que têm, de facto, o objetivo (o sonho) de integrar uma girl band.






Como vos digo, isto é o “normal”. Tudo dependerá muito da altura da rapariga em questão, mas o peso das jovens está sempre entre 40 e os 50 kilos (sendo que uma rapariga com 50 kgs poderá já ser "atacada" por estar gorda). O que acontece, por vezes, por pressão da agência ou por iniciativa própria das jovens, é que muitas delas fazem dietas muito pouco saudáveis, o que leva a que não seja estranho aparecerem nas redes sociais imagens como as que vos mostro a seguir.






A rapariga mostrada na foto chama-se Wendy e é integrante de uma banda chamada Red Velvet. Nasceu em 1994, por isso, tem apenas 23 anos.


Como ela, poderia nomear mais jovens que se submetem a dietas de modo a ficarem mais magras. O problema está no facto de estas bandas terem tantos fãs, nomeadamente meninas pequenas que crescem a achar que isto sim, é ser linda e saudável. 









Rara exceção é o "inverso da moeda". Na foto acima, apresento a jovem Kyla Massie, membro do grupo Pristin, que (por não corresponder a este "ideal de beleza" e se recusar a fazer dieta) inúmeras vezes tem sido atacada pelos fãs do kpop por ser “gorda” e por isso não merecer sequer integrar o grupo. Recentemente, a jovem decidiu fazer uma pausa na sua carreira. Embora a agência alegue que o motivo por detrás da sua decisão tenha a ver com problemas de saúde, não será difícil perceber que toda esta situação deve ter afetado a jovem. É de referir, ainda, que esta menina tem apenas 15 anos (nascida em 2001).


Para concluir deixo-vos com um vídeo em que várias “idols” (como são chamadas no mundo do kpop) falam - num tom muito irónico - acerca das suas dietas e aquilo por que têm que passar de modo a adquirirem o “corpo perfeito”. (para quem tenha interesse deixo aqui o link original)

Mariana Durão

sábado, 15 de outubro de 2016

"And once I knew I was not magnificent"

A propósito do meu ato "voluntarioso" para escrever uma dica sobre as últimas páginas do capítulo de Active Hope por nós analisado, aqui vai!

"The Great Turning" é a tomada de consciência de duas coisas: em primeiro lugar, de que nós, individualmente, somos especiais; e, em segundo, de que não somos assim tão importantes. Um bocado estranho, não é? Mas passo a explicar.
O primeiro ponto é necessário para que entendamos que tudo o que fazemos, de bom ou de mau, tem um impacto, mais tarde ou mais cedo, mais ou menos significativo, no mundo. Somos especiais então  porque, apesar de sermos só um bocadinho pequenino desta Terra, somos visíveis e capazes de mudar alguma coisa ou até de criar uma corrente de mudança. Fazemos, então, parte de algo superior a nós: a Terra e toda a sua Natureza, e é aí que começa o segundo ponto.
Depois de tomarmos consciência da nossa importância, temos de nos colocar em perspetiva com o que nos envolve. A verdade é que a Natureza é muito superior a nós e devemos tratá-la com um respeito que reflita a sua superioridade em relação a nós. Recordo-me do vídeo que vimos numa das primeiras aulas desta disciplina. Aquele em que, num primeiro momento, se faz um zoom out desde o piquenique no parque até ao espaço e, depois, um zoom in até às células do corpo humano. Se fizermos uma pausa no zoom out, no momento em que olhamos para a nossa Blue Marble entendemos isso mesmo. Não vemos países, nem fronteiras, não vemos cidades, casas, nem pessoas — vemos a Natureza e toda a sua magnificência.

E terminando com esta palavra"magnificência", deixo-vos aqui uma maravilhosa obra de arte, de Holocene dos Bon Iver. Esta é a minha banda e a minha música preferidas.
Convido-vos então para, mais do que ouvir, sentirem esta música e o brilhante clip que a acompanha e que põe exatamente a nossa existência em perspetiva com a Natureza.


Alina Mansukhlal

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Another brick in the wall

Falou-se, na aula de ontem, desta música, «Another brick in the wall, part 2», dos Pink Floyd. É uma música inserida no disco The Wall (1979) e que conta como Pink (a personagem do disco, que vai construindo um muro psicológico, devido à pressão da mãe, à morte do pai na guerra, à escola opressora, às confusões e distanciamentos amorosos, à exigente vida de vocalista de uma banda, às drogas, etc.) é oprimido e gozado pelo seu professor. Mais uma pedra no muro.

O vídeo, que conta com uma outra música, «The happiest days of our lives» que introduz o tema da escola no disco, é um excerto do filme Pink Floyd: The Wall (1982), realizado por Alan Parker.


Youri Paiva, n.º 146551

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Green Washing - Tryo

Dado que, nas últimas aulas tem sido referido o fenómeno do Green Washing como recurso utilizado por grandes companhias que integram um discurso aparentemente sustentável na sua estratégia de marketing, hoje partilho a música Green Washing da banda francesa Tryo que alerta precisamente para esta situação.
Deixo em baixo o vídeo que acho bastante interessante, assim como a letra. Espero que gostem :)


On veut du green green green green green green washing

On veut des tours d’avion, des airbus, du diesel
Des mandarines toutes les saisons, des grands voyages dans le ciel
Du high tech à la maison, de la nouvelle technologie
On veut pouvoir dire pardon et soulager son esprit

On veut d’la viande d’argentine, d’la bidoche à tous les repas
De la world food dans la cuisine, on veut du sucre, on veut du gras
On veut moins cher, on veut meilleur, on veut toujours un peu d’ailleurs
On veut la mer, on veut l’été même en hiver on veut bronzer

On veut du green green green green green green washing
C’est nous les as, les pinocchios du marketing
On veut du green green green green green green washing

On cache les galets sous le sable, on veut des plages de sable blanc
Du réseau pour nos portables, on voudrait quatre barres tout le temps
Des orgies raisonnables, des grands échangeurs de béton
Et des amis toujours joignables, on veut des baleines et du thon

On veut de l’eau toujours qui coule et des rides un peu moins creusées
On veut de la jeunesse en poudre et puis de la neige en été
Des grands buildings sous le soleil, des monuments pharaoniques
On veut partout partout pareil, de la wifi, du numérique

On veut du green green green green green green washing
C’est nous les as, les pinocchios du marketing
On veut du green green green green green green washing
On veut du green green green green green green washing

On veut des lessives sans phosphates, des shampoings tout organiques
Et des forêts pour nos 4x4, du charbon dans nos cosmétiques
Des slogans abusifs, plus blanc que blanc, plus vert que vert
Mascarade écologique pendant qu’on s’shoote au nucléaire

On veut du green green green green green green washing
On veut du green green green green green green washing
On veut pouvoir dire pardon et soulager son esprit
On veut du green green green green green green washing
On veut la mer, on veut l’été même en hiver on veut bronzer
On veut du green green green green green green washing
On veut des baleines et du thon
On veut du green green green green green green washing
C’est nous les as
On veut du green green green green green green washing


Andreia Esteves nº 52016

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Consumismo


Caros colegas e professora, deixo-vos uma música que critica o consumismo e a perspetiva materialista da sociedade capitalista. A banda Fugazi insere-se na cultura punk, cuja vertente revolucionária tem princípios éticos e políticos contestatários do sistema.

Deixo a letra da música. É importante atentar ao último verso ("You are not what you own") que alerta para o facto de que a rendição aos bens materiais gera uma perda de identidade.

"When we have nothing left to give
There will be no reason for us to live
But when we have nothing left to lose
You will have nothing left to use
We owe you nothing you have no control
Merchandise keeps us in line
Common sense says it's by design
What could a businessman ever want more
than to have us sucking in his store
We owe you nothing
You have no control
You are not what you own"
Carolina Silva n.º 146255

Up, Up (and away)

"Undeniably surreal, Coldplay's new video depicts situations of everyday life through montages which superimpose hyper-realistic images of events from the twentieth century, over contemporary themes and aesthetics inspired by the past.
  
In addition, each scene plays with sizes, scales and juxtaposition of items, and defies the law of gravity to blur the boundaries between reality and imagination and thus plunges the audience into a world of dreams and wonder. (i24news.tv)

Imagino que alguns de vós já tenham tido oportunidade de ver o mais recente vídeo dos Coldplay, uma vez que muito se tem falado dele nas redes sociais. Ainda assim, creio que vale a pena partilhar aqui no blogue, uma vez que este não é apenas "mais um vídeo", mas antes algo que nos mostra uma espectacular visão do mundo como, se calhar, muitos de nós nunca ousámos sequer imaginar.


Vítor Duarte, nº 52048

segunda-feira, 14 de março de 2016

Índios

Tendo em conta o que foi falado em aula hoje acerca do colonialismo e imperialismo, achei interessante partilhar uma das minhas músicas preferidas: Índios dos Legião Urbana. Considero esta música muito poderosa, dado que oferece uma reflexão acerca da exploração dos índios no Brasil e, de como não devemos olhar para este passado histórico com um olhar leviano. Se ainda não conhecem, espero que gostem.


Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui

Andreia Esteves nº 52016

domingo, 13 de março de 2016

Reflexão sobre a violência contra as mulheres


Esta semana, no dia 8 de Março, comemorou-se o Dia Internacional da Mulher. Acho por isso pertinente partilhar aqui a letra desta canção que incentiva a comportamentos violentos contra as mulheres.

Durante o dia 8 de Março, entre publicações de facebook e mensagens privadas que recebi, apercebi-me de que poucas pessoas sabem a razão de este dia ser assinalado. De facto, esta data tornou-se uma boa estratégia de marketing para venda de presentes e comemorações em restaurantes, discotecas, bares…

Nada contra estas comemorações, só acho que se devia ter em mente o motivo de este dia ter sido instituído e de ainda hoje ser preciso lutar pela igualdade de género e pelo respeito das mulheres.
Os excertos da canção que aqui vos deixo provam que ainda há um longo caminho a percorrer.

Azar da Belita (ft. Prodígio & Edmázia)
C4 Pedro

 “Quando estou no club. Elas vêm com aquela mania do estilo
Hmmm, não quero
Sei lá
Não fazes o meu estilo?!
Não gostei de ti!
E eu tento me controlar nem tipo…vou nas calmas!
Você faz de propósito
Dando paulatinamente
Mas quando eu te agarrar vais te arrepender
Estás a me dar baile
Não vou te perdoar, jamais!
Aceita agora, aceita
Porque depois vai ser pior
Esse é o azar da Belita, aceita
Me respeita, sou rei da coloca
Estás só a me barrar pra quê
Estás mbora me nervar!
Aceita agora, aceita
Porque depois vai ser pior
Esse é o azar da Bélita, aceita
Eu até já sei, vou te arrastar
Bo tem mel, mas tu sabes
É melhor não duvidar
Aceita agora, aceita
Porque depois vai ser pior
Esse é o azar da Bélita, aceita
Azar da Bélita
Isso é azar”

A canção foi muito criticado nas redes sociais e o cantor, C4 Pedro, veio a público pedir desculpa e retirou o vídeo. 

Agora já não podemos ver mas no vídeo, além desta letra que fala dos azares  que poderão suceder à mulher assediada se ela não aceitar ser seduzida, podíamos ver uma mulher aterrorizada a ser perseguida por um grupo de homens que a intimidavam. Verifica-se, pois, o incentivo ao assédio de rua, à violência e até à violação. E infelizmente, este tipo de canções são cada vez mais frequentes. É disto que falo quando me refiro ao longo caminho que ainda temos que percorrer.

Obrigada mas eu não quero presentes, flores ou jantares. Eu quero respeito!

Carolina Moreira, nº 52026