domingo, 12 de maio de 2019

Exames sem stress

Boa tarde colegas!
Como sabem, na nossa última aula, na passada sexta-feira, dia 10 de maio, começámos por praticar um pouco de yoga, que nos ajudou a descontrair, libertando-nos do stress do final de semestre.

Pelos vistos, a nossa professora não é a única pessoa na Ulisboa apologista do Yoga, que nos ajuda a equilibrar mesmo em momentos de avaliação, particularmente stressantes.

Entre os dias 7 e 24 de maio, a nossa universidade oferece aulas de yoga gratuitas, na Alameda da Cidade Universitária, muito perto da nossa casa, a Faculdade de Letras. Estas aulas são dadas em pareceria com a Associação Portuguesa de Yoga com o objetivo de ajudar a que os alunos tenham um período de exames com menos stress. Partilho convosco esta iniciativa, que visa melhorar a saúde física e mental dos estudantes.

Umas excelentes férias e bons exercícios!

Micaela Henriques Nº153621

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Estratégias Consumistas do nosso TEMPO

Numa altura em que a nossa dependência de estímulos parece crescer inimaginavelmente, com crianças habituadas desde muito cedo a múltiplos ecrãs que lhes estimulam a produção de dopamina (neurotransmissor ligado a sensações de prazer), pareceu-me interessante vir aqui fazer uma retrospetiva da evolução, nos últimos anos, das estratégias dos meios de entretenimento, e o modo como, assim, nos exploram. Venho por isso apelar a um exercício de distanciamento, para vermos de uma perspetiva alargada, para não deixar que essas estratégias consumistas do nosso tempo, de procrastinação consumista, diminuam o nosso maior potencial de vida, o potencial de seguir sonhos ou simples objetivos do dia a dia. 

Neste sentido, e com o surgimento de indústrias específicas para os mais variados nichos de marketing, a indústria do entretenimento, com todas as áreas que contém, vem planeando meticulosamente formas de monopolizar o nosso tempo, que é talvez o bem mais precioso que temos. Neste caso, faz sentido dizer "tempo é dinheiro", pois tempo há de corresponder eventualmente a visualizações, audiência, consecutivamente, a publicidade, compras, terminando claro, em dinheiro. 

Comecemos então pela rede social base... o Facebook. Muitas vezes referenciado como uma ferramenta, rapidamente se torna uma fonte de procrastinação. Claro que tudo pode tornar-se uma fonte de procrastinação, sem dúvida. No entanto, com as redes sociais e a televisão, entre outros, trata-se de algo planeado para esse mesmo fim. Pretende-se a todo o custo manter o indivíduo ali preso, viciado, com hits de dopamina a cada clique. É neste âmbito que surgem duas recentes estratégias por parte do Facebook, de Mark Zuckenberg. 

Primeiro, mesmo que tentemos usar o Facebook como uma ferramenta de trabalho, de estudo, de comunicação, o scroll infinito rapidamente propõe vários posts, geralmente inúteis, que tentam o indivíduo a parar neles. Antes, os vídeos de posts, ainda que talvez com clickbaity titles, só começavam quando alguém carregasse play. Agora, no entanto, o facebook força nos a ver esses vídeos, com o chamado sistema auto-play no computador. Os vídeos começam a passarainda que sem som, e mais probabilidade temos de a nossa atenção ficar retida naquele post. E uma coisa leva à outra; a nossa curiosidade faz-nos instintivamente querer o som, e compreender o post que  nos fisgou visualmenteMas claro, bastaria, depois de uns segundos, o indivíduo perceber a inutilidade de determinado vídeo, e continuar o seu scroll down, certo? Errado, caso interrompamos o vídeo, há um outro update que o faz surgir numa pequena caixinha de lado, acompanhando o nosso movimento, sempre a bombardear-nos com estímulos, enquanto a cada post recebemos ainda mais hits de dopamina. Ora, como num qualquer vício, o corpo habitua-se às doses que recebe, e começa a pedir mais. 
É isso que parece ocorrer nas gerações mais novas incluindo a nossa, em que por vezes uma fonte de entretenimento já não é suficiente. Precisamos da televisão ligada, do telemóvel, do tablet; muitas vezes todos ao mesmo tempo. E enquanto estamos a receber estes estímulos,  agora o vídeo para a meio para publicidade, algo baseado no que se faz na televisão. Trata-se de anúncios que aparecem a meio do vídeo, de modo a deixarem o espetador ansioso por retomar a linha narrativa apresentada. Na verdade, quando começaram a surgir os vídeos no Facebook, e quando surgiu o auto-play, não havia anúncios nestes. Eles surgiram devido a experiências, realizadas primeiro no YouTube, onde as pessoas se habituaram, e depois, mais tarde, no Facebook.  Por vezes, no Facebook, até colocam vídeos assim, repetidos duas vezes no mesmo post, de uma forma ambígua, em que parece haver uma continuidade visual, quando, na verdade, se trata de uma repetição, antes de um replay automático. 


Por outro lado, também podemos encontrar este tipo de situação no YouTube. Se antes talvez nos conseguíssemos concentrar completamente no vídeo escolhido, agora parece que, para grande parte das pessoas, esse estímulo não chega, daí que, tal como no Facebook, começarem a ler comentários de outras pessoas, enquanto ouvem o vídeo, talvez com outros dispositivos ligados em simultâneo. É fácil verificar isso, analisando os comentários de inúmeros vídeos, que se relacionam com esse "grupo" ou amostra. Para além disso, muitos dos comentários revelam que as recomendações do YouTube na página, e o auto-play também imbuído, levaram os visitantes à procrastinação, chamados por um vídeo que à partida não tinham interesse em ver, coagidos pelo vício por estímulos. Quanto à presença de anúncios, verifica-se a mesma trajetória. Só depois de uns anos, é que os anúncios começaram a surgir, e atualmente, já colocam dois anúncios num vídeo, um no início e outro no fim. E logo depois, o que acontece? O YouTube lança uma membership, sugerindo que se pagarmos podemos não ver constantemente estes anúncios. Cá está, habituam-nos devagarinho, vão aumentando, e depois usam isso para fins monetários (algo como o que o Mb Way parece estar a fazer com as suas transferências que irão passar a ser pagas, agora que muitos já usam a aplicação). 



Há também algo interessante, que apenas descobri há dias, no novo algoritmo de Instagram. Sendo uma ferramenta incrivelmente útil e especialmente relevante na sociedade visual atual, o Instagram é bastante utilizado por pequenos negócios ou por artistas que querem divulgar os seus produtos/trabalhos. No entanto, este novo algoritmo determina que a quantidade de tempo gasto na aplicação vai influenciar diretamente a quantidade de visualizações que o post irá ter. Porquê? Segundo a própria empresa, o Instagram pretende recompensar as pessoas que mais estão presentes na rede social, que mais interagem com o público, o que significa que alguém que está constantemente a colocar histórias, publica todos os dias, comenta várias fotos de outras pessoas, ou apenas dá likes em resposta a histórias, irá ter à partida mais visualizações num post feito à mesma hora por outra pessoa com o mesmo número de seguidores mas que só publica duas vezes por semana, estando mais ocupada com a vida “real”. Mais radicalmente, tenta-se treinar, domesticar o indivíduo fomentando a sua vida virtual e sacrificando a sua vida real.  



Contudo, esta obsessão com estímulos está presente nos vários meios de entretenimento, não só nas redes sociais e internet. Por exemplo, no meio da televisão, também são usadas estratégias para manter o espetador, preso ao ecrã. Algo que não acontecia na década anterior, é agora quotidiano, em canais por exemplo da Fox. Quando um programa acabava, um episódio, um filme, havia um pequeno intervalo com publicidade, antes do próximo. E o espetador, tendo terminado a sua jornada ficcional, sentia-se livre para passar a outra ação, regressando ao trabalho, por exemplo. Atualmente, no entanto, logo que termina um filme, começa imediatamente outro que tenta fisgar o espetador. Assim, se a publicidade, i.e., o intervalo, for no meio do visionamento, há mais probabilidades de o indivíduo, nós!, aguentarmos os anúncios e vermos mais do que um programa. Mesmo em sites de notícias, como a SIC notícias, os anúncios também têm a sua funcionalidade de auto-play, espelhando assim o mecanismo da televisão: recebes este conteúdo (as notícias) vendo o anúncio.  



Em suma, com estratégias cada vez mais pensadas para controlar o indivíduo, para monopolizar o seu tempo, torna-se fulcral construir uma disciplina forte para que não nos deixemos levar. É por isso importante, na minha opinião, fazermos regularmente exercícios de distanciamento destes meios de entretenimento para os observarmos de outra perspetiva, uma perspetiva mais crítica e objetiva, capaz de identificar estes mecanismos, e nos permitir emancipar do alheamento da vida que eles nos propõem, tal como sugere, aliás, a área disciplinar da Cultura Visual. 

António Santos 150381 

Logorama - uma distopia publicitária

Boas colegas,

Estamos a chegar ao fim, e queria refletir um bocadinho sobre algumas coisas essenciais que debatemos ao longo deste semestre. Assim, vou partilhar uma curta vencedora de um Óscar e premiada também no Festival de Cannes, cujo título é Logorama (2009). De modo resumido, o filme representa um universo utópico, no qual Los Angeles se transformou numa sociedade completamente dominada por marcas e produtos. Trata-se de uma história que a princípio nos parece completamente absurda, pela sua violência e excesso — no entanto, se pensarmos no habitual filme de Hollywood apercebemo-nos de que não é assim tão diferente, trata-se apenas, aqui, de um olhar irónico e crítico.

Este filme reflete sobre duas questões que são de importância máxima para o que temos vindo a discutir ao longo do semestre, nomeadamente a hegemonia visual da publicidade no espaço-tempo contemporâneo. Naomi Klein desconstrói esta espécie de monopólio do branding que se tem vindo a generalizar na sociedade atual. Também John Berger declara que a publicidade incentiva ao consumo mediante a criação de infelicidade e de inveja no consumidor, sugerindo que deverá consumir/possuir para ser alguém, definindo-se enquanto indivíduo mediante a identidade que a marca providencia. Como discutimos ao longo do semestre, em última instância, isto retira-nos o agenciamento individual, tornando-nos meros consumidores. 

Podem ler aqui um artigo sobre Logorama, cujo trailer vos deixo.


A segunda questão que quero explorar é o alerta deixado por este filme para um outro poderoso veículo ideológico — a indústria fílmica de Hollywood, e o modo perpetua uma série de estereótipos e representações que, mais uma vez, nos retiram a possibilidade de agir no mundo sem estarmos povoados por estas expectativas irrealistas e idílicas do que é a vida. Remeto-vos igualmente para um outro filme, Romantic Comedy, este de 2019, realizado por Elizabeth Sankey, que explora exatamente estas questões, abordando para isso o universo das comédias românticas e, especialmente, a representação da mulher e do homem nas mesmas. Podem ver igualmente o trailer abaixo.


Neste sentido, podem entender que mesmo estando estes filmes separados por um espaço de dez anos, as preocupações dos realizadores são essencialmente da mesma ordem — ambos remetem para um olhar crítico sobre dois veículos ideológicos que controlam os indivíduos, espartilhando-os com as suas idealizações, exigências e expetativas.
Apesar disto, não estamos num mundo sem esperança. Existirem autores que nos convidam a refletir sobre estas questões, é prova disto — de um modo geral, a mensagem que podemos retirar daqui, para a nossa vida futura, será sempre, estejamos atentos de modo a desenvolvermos o nosso próprio olhar. Levantemos questões Procuremos informação e sejamos críticos em relação ao que vemos, desconstruindo o mundo ao nosso redor. E continuemos a construir o nosso modo de ver, para que seja o mais completo e o mais justo possível, face ao mundo que temos e às possibilidades que se encontram ao nosso dispor, para nele agirmos.

Obrigada por lerem, continuação de bom percurso académico a todos, e bom descanso!

Leonor Madureira (150360)

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Transformar_Meditar

Olá colegas!

Recentemente foi me apresentado um programa de meditação criado por Deepak Chopra que decorre ao longo de 21 dias. Inicialmente, não me pareceu apelativo, pelo simples facto de que a meditação não é um tópico de interesse pessoal; contudo, ainda assim, decidi entender melhor este projeto.
Resumidamente, durante 21 dias leem-se os textos propostos e ouve-se um ficheiro áudio de 20 minutos para realizarmos uma meditação guiada. Há, também, uma tarefa diária que devemos cumprir. Cada dia é um novo tema com o objetivo final de nos transformarmos, criando abundância e felicidade nas nossas vidas.

Devo admitir que, acabei por não me envolver completamente. Porém, dediquei-me a alguns dos desafios por curiosidade e fiquei a entender a dinâmica e o propósito desta forma de estar. Apesar de ser uma forma de melhorarmos o nosso quotidiano e, esperançosamente, o quotidiano das pessoas à nossa volta, o que achei mais interessante foi o modo como muitos dos problemas que nos são apresentados ao longo desta prática estarem na base de alguns dos desequilíbrios que encontramos na sociedade, atualmente. São apontadas falhas pessoais que nos impedem de experienciar o lado mais positivo da vida e estratégias para ultrapassarmos essas barreiras. Ironicamente (ou não) encontramos algumas das mesmas lacunas na sociedade. A forma de mudarmos e termos uma vida de abundância, em sociedade, passa muito por fazermos escolhas conscientes, sem sermos guiados pelo ego e pelo ganho pessoal. Por outro lado, teremos de deixar para trás as coisas que não nos beneficiam como sociedade e começar a cultivar comportamentos e hábitos que realmente nos ajudem. E estes são exatamente alguns dos exercícios que nos propõem fazer com a meditação.
Portanto, se durante 21 dias conseguimos tomar passos simples para resolver problemas pessoais  porventura conseguiremos transpor este saber para  rejuvenescer a sociedade e curá-la. Já existem muitas pessoas com este mindset (o blog desta disciplina é prova disso), que acredito estar em crescimento contínuo. Por fim, queria reforçar que a mudança da sociedade pode ser algo mais leve e simples, que deve partir de cada um de nós. Passos relativamente simples podem mudar bastante o nosso interior. E assim, com a mesma facilidade, e alguma persistência, poderemos mudar o que nos rodeia.    


Obrigada e até amanhã!
Mafalda Marques nº153177

Simbologia das Riscas

Boa noite colegas!

Agora que chegámos ao final do semestre, todos temos uma maior compreensão sobre o que é a Cultura Visual. Desviando-me um pouco do contexto do discurso publicitário, que temos lido e analisado à luz desta disciplina, gostaria de aplicar noutras áreas as ferramentas ganhas pelo estudo de Cultura Visual.
Se há duas ideias que retirei do Ways of Seeing do John Berger, elas são: a influência do tempo e o papel da arte no modo como lemos o que nos rodeia. Digo leio, porque não se trata apenas de ver, mas de interpretar o que se dá ao nosso olhar. Assim, venho apresentar-vos um vídeo de análise fílmica chamado Now You See It, sobre o significado de um determinado padrão ao longo da história do cinema. Trata-se do padrão visual mais reconhecível e, possivelmente, o mais utilizado— riscas.

Ora, estamos habituados a ver este padrão em diversos sítios, nomeadamente para chamar a atenção do espetador. Com efeito, as riscas são o padrão que mais se destaca dado o contraste extremo entre os seus elementos. Mesmo quando as cores contrapostas são de tons muito semelhantes, este padrão chama de imediato a atenção do espetador. É por este motivo que este é um padrão tão frequente em bandeiras, faróis ou sinais que exigem a nossa atenção.

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As riscas são um padrão inspirado em elementos da Natureza, a saber nas zebras. O contraste agressivo das listas pretas e brancas das zebras provoca confusão ao olhar alheio, não sendo possível concluir de que cor é o "fundo" do seu padrão. Aliás, a questão "De que cor são as zebras? São pretas com riscas brancas ou brancas com riscas pretas?" é tão inconclusiva quanto o famoso dilema natural: "O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?". E a espécie humana tem adotado, ao longo dos séculos, este padrão.

No séc. XII, um grupo de religiosos católicos vindo das cruzadas chegou à Europa vestido às riscas, sendo fortemente ridicularizado. Isto levou o Papa a banir este tipo de vestes, tornando-se o padrão riscado um símbolo para os marginais. De facto, se olharmos para a pintura da Idade Média e do Renascimento, as personagens representadas com trajes às riscas são bobos, prostitutas, traidores, vítimas da Peste Negra, etc. Isto, numa época em que o modo de vestir refletia em absoluto o estatuto social de cada um.

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Facilmente as riscas passaram a simbolizar o Mal, o Diabo e Monstros. No cinema, encontramos um exemplo desta simbologia nas meias riscadas da Bruxa Má do Feiticeiro de Oz. Este significado foi apropriado, do ponto de vista prático, para destacar os prisioneiros, vestindo-os de cima a baixo com este padrão. Prática que, até à Segunda Guerra Mundial, continuou a realizar-se, abandonando-se depois, para evitar a referência aos campos de concentração Nazi.

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No entanto, na época moderna, começaram a surgir novas interpretações para este padrão, das quais se destaca o contributo dado pela bandeira da revolução, e da nova nação que daí emerge — os Estados Unidos da América. As riscas ganharam, assim, uma simbologia de resistência. Quem usasse riscas continuaria a demarcar-se do resto da sociedade como marginal, mas não no sentido moral e religioso. Com a ideia de revolução, as riscas começaram a apontar para um indivíduo livre, único. Esta interpretação, oposta à proposta na Idade Média, apenas contribui, na verdade, para exaltar o carácter contraditório deste padrão, isto é, a sua natureza contrastante.

No cinema, a utilização das riscas tem em especial atenção a espessura das mesmas. Começando por utilizar este padrão no guarda-roupa de gangsters, exaltando a sua marginalidade, e depois em homens de negócios, os designers encarregues da caracterização optavam por riscas mais grossas para personagens extravagantes e obviamente "trapaceiras", relegando as riscas mais estreitas a figuras mais elegantes e contidas.

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Há, ainda, uma linha interpretativa a ser mencionada, que se prende a relação entre as crianças e a higiene. Mais uma vez, temos de nos remeter à Idade Média, em que as roupas interiores eram simplesmente brancas, por ser da opinião pública que as tintas utilizadas para tingir as vestes eram uma forma de contaminação, por oposição à pureza do branco. Contudo, no séc. XX, as riscas apareceram como uma forma fácil de estilizar pijamas, antes brancos, e outros tipos de roupa "não exterior". Assim, as riscas passaram a ser comuns no vestuário infantil, como significantes de higiene. Mas, se pensarmos na natureza das crianças - ingénua, imaginativa, brincalhona -, não se enquadrando por completo com o "socialmente aceitável", aludindo também aos bobos medievais, as riscas continuam a manter parte do seu significado original.

O vídeo que vos tenho vindo a apresentar realça um exemplo particular do uso complexo das riscas no cinema: o filme Juno. Além de ser o padrão mais utilizado no seu vestuário pela protagonista, a história do seu significado reflete na perfeição a personalidade de Juno. Uma adolescente infantil, rebelde e que se destaca dos jovens da sua idade, graças ao seu modo de falar assertivo e exuberante. Além do mais, enquadra-se no grupo de marginais da sociedade, ao tratar-se de uma jovem de 16 anos grávida, com gostos peculiares que, mais uma vez, a fazem destacar-se das outras pessoas.
Termino, por fim, a minha apresentação/exposição do vídeo, que elabora ainda mais sobre o uso de riscas no cinema.


Caso tenham gostado do vídeo, aconselho-vos fortemente a seguir este canal de Youtube.
Até à próxima!
Joana Silva, nº148250

Ser cego

A visão é algo tão natural para nós, pois, desde que nascemos, temos a capacidade de ver tudo o que nos rodeia, mas nem toda a gente tem a mesma sorte. Molly Burke é uma influencer de 25 anos, de origem canadiana que foi diagnosticada com "Retinite Pigmentosa", uma doença rara que causa perda de visão. 
Contudo, não deixou que a doença a desmoralizasse e por isso decidiu usar a voz e partilhar a sua experiência, para ajudar outras pessoas com problemas idênticos. Logo aos 5 anos, começou a falar em público e nunca mais parou.
Molly partilha também regularmente a sua vida no seu canal de YouTube, onde mostra que a falta de visão não é um entrave. Assim, explica-nos como atravessa este obstáculo, aprendendo estratégias que a ajudam a construir uma "vida normal" — por exemplo, o modo como escolhe um conjunto para vestir, algo que para nós parece simples mas que requer algum esforço da sua parte. 
Além do seu cão-guia, que a auxilia diariamente, a tecnologia é a base fundamental para o seu trabalho, como se pode observar no vídeo abaixo. Como a história da Molly, há muitas outras. Gostaria, pois, de vos convidar a ver outros vídeos, incluindo algumas das suas palestras, porque penso ser interessante perceber de que modo Molly ultrapassa o seu problema de visão e a forma otimista como encara cada obstáculo.


 
Maria João Figueiredo n151225

Publicidade agressiva

Olá colegas!

Este ano o Burger King (BK) lançou uma publicidade agressiva contra o seu concorrente principal – o McDonald’s. 


Esta companhia de fast food foi fundada em 1954 e, segundo o site oficial, é “a segunda maior cadeia de hambúrgueres no mundo”.  Mas parece que querem chegar ao primeiro lugar e por isso desenvolveram esta estratégia de marketing que utiliza um ataque direto ao concorrente.
Os participantes são convidados a fazer download de uma aplicação do BK, para depois fotografarem e “queimarem” anúncios do McDonald’s, ganhando assim um Whopper (hambúrguer) gratuito, que podem pedir, através da aplicação, no restaurante mais próximo.

O que acham deste tipo de publicidade? Conhecem mais exemplos semelhantes? Partilhem.
Iryna Shykyryava, nº 153654