quarta-feira, 20 de dezembro de 2017


Ora viva colegas!
Aqui deixo-vos um artigo da revista Dazed and Confused, entitulado "Why we still need John Berger’s Ways of Seeing" que trata precisamente a importância de um dos textos por nós trabalhado em aula, na análise da figura feminina na arte e na publicidade.

Boas festas!


Sara Fonseca
nº 149057

Publicitar uma marca sem apresentar um produto?

Ora viva car@s colegas!

Hoje venho dar-vos a conhecer uma marca, a Jacquemus, e a última campanha da mesma.

A Jacquemus é uma marca de vestuário prêt-à-porter (pronto a vestir), fundada por Simon Porte Jacquemus, um jovem designer francês. Dentro do domínio da moda, tem uma estética muito própria, que eu definiria como uma fusão entre o rústico e/ou campestre, uma atitude bastante jovial e uma construção até certo ponto arquitetónica a nível de silhuetas, o que lhe confere distinção, ainda que não seja propriamente uma das marcas de maior destaque na panorâmica francesa.

Contudo, o que venho hoje partilhar convosco é a última campanha da marca, relativa à coleção outono/inverno do presente ano 2017, que podem observar abaixo.


Esta campanha foi fotografada por David Luraschi, um colaborador frequente da marca e, como é possível observar nesta imagem, não apresenta uma única peça de vestuário nem acessórios. A fotografia consiste somente em dois corpos abraçados, sentados numa única cadeira, debaixo de um chapéu de sol, numa praia aparentemente deserta. É ainda de salientar que embora as imagens da campanha tenham sido lançadas a preto e branco, foi posteriormente publicado um pequeno vídeo da sessão fotográfica no Instagram da marca onde é possível observar os diferentes matizes.  

Uma vez que ao longo do semestre fomos aprendendo a melhor interpretar a publicidade, achei curiosa esta campanha e merecedora de partilha convosco. Julgo que a Jacquemus não está propriamente a vender um produto, dada a ausência de artigos da marca, mas sim a vender uma ideia e/ou uma sensação.

De facto, é incrível como conseguimos admitir que certas marcas, dada a escala a que estão no mercado e a forma como conseguiram construir uma imagem de tal forma icónica, já nem precisem da presença do logótipo nas suas campanhas mas baste um pequeno apontamento simbólico (no caso da Coca-Cola, por exemplo, a cor vermelha ou a imagem do Pai Natal) para remeter ao produto. O mesmo não seria de esperar de marcas como a Jacquemus que ainda são demasiado recentes para serem reconhecidas com tão pouca informação, o que não impediu, ainda assim, de desenvolverem uma campanha deste género. 

A questão que vos deixo é, será este o futuro da publicidade? A venda de ideias ao invés de produtos concretos?

Sara Fonseca
nº 149057

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

O pulsar da rede

Olá colegas!
Com o fim do semestre cada vez mais próximo, decidi publicar no nosso blogue um gif que tenho guardado no meu computador há já algum tempo. Encontrei-o pela primeira vez na plataforma social Reddit, tendo-o achado fascinante. Acho que também acaba por fechar um ciclo, não apenas pessoal - visto que eu comecei por, em Setembro, fazer uma publicação sobre a nossa Terra "respirar" -, mas também a nível da cadeira de Cultura Visual, dado o ênfase dado por N. Mirzoeff à fotografia Blue Marble, por nós analisada no início do semestre. 


The Internet Census of 2012

Embora os dados recolhidos para criar esta animação tenham sido obtidos de modo questionável, sendo resultado de uma informação obtida por via de recolhas ilegais por parte de um botnet, apresenta-nos a um reflexo do que é a nossa atualidade, de como estamos todos unidos e somos uma pequena parte desta enorme rede de partilha de informações e de experiências de vida. 

Gostaria ainda de deixar um pequeno desafio para todos vós: a internet é aquilo que nós fazemos dela. Por mais que pareça que não somos nem nunca seremos capazes de mudar a chamada Big Picture, são os pequenos gestos que mudam o mundo, aos poucos. Atrevam-se a fazer pequenos gestos. Pequenos bons gestos, dos quais se orgulhem e que vos deixem felizes.

Convido-vos ainda a visitar o site oficial desta iniciativa e deixo-vos a observar este "pulsar" da rede, este elo de ligação de um mundo ainda não propriamente perdido.

Gustavo Nogueira, 148367

O que acontece quando tentamos não usar plástico durante uma semana?

Olá colegas!

Será que têm noção do quanto usamos plástico no nosso quotidiano? Alguma vez pararam para pensar se aquilo que usam para comer, escrever, transportar objetos e/ou comida, é feito de plástico?

Uma autora do site de media online Buzzfeed, decidiu tentar livrar-se de tudo o que é plástico na sua vida, durante uma semana. Podem ver o artigo inteiro aqui.

I learned that one of the first steps to becoming plastic-free was to refuse single-use plastics or disposable items, such as: utensils, cups, straws, food packaging, coffee cups, water bottles, and plastic bags. I also made it a point to try to find plastic-free alternatives to replace my personal care and household items. I categorized Items made with plastic like my phone, computer keyboard, medicine, and protective eyewear as "exceptions" since I'm not necessarily disposing of them.

A autora - Krysten Peck - refere números assustadores como:
  • 8,3 biliões de toneladas métricas de plástico criadas desde os anos 1950 que ainda hoje estão a "flutuar" no nosso ecossistema;
  • Ao preparar-se para desistir do plástico, contou o número de coisas que usava no dia-a-dia que fossem feitas deste componente e concluiu que se tratava de 84!
Peck também sugere algumas plataformas onde nos podemos informar mais sobre este assunto alarmante:
E por fim, deixou alguns conselhos de ouro para quem quiser começar a viver plastic-free:
  1. Coma comida real e não alimentos embalados em plástico. Alimentos processados, comida rápida e comida com conservantes vêm sempre em embalagens de plástico e recipientes. A comida caseira não vem.
  2. Pare de comprar água, refrigerantes, bebidas energéticas, sumos e outras bebidas embaladas em garrafas de plástico.
  3. Não opte pelo plástico de uso singular: diga não aos sacos de plásticos, palhinhas e colheres de café de plástico; utensílios, pratos e copos de plástico; e outros itens descartáveis ​​de plástico.

Se desejarem saber como correu a sua experiência e se ela conseguiu viver sem plástico durante uma semana inteira, aconselho vivamente a irem ver a publicação. Não só me chocou a quantidade de utensílios "normais" que não damos conta serem de plástico, como também me impressionou ser possível optar por viver sem esta dependência.

Ana Mestre
Nº 52399

Brigadeir@s em ação!


Olá colegas,

Deixo-vos aqui um vídeo muito divertido do final da nossa aventura enquanto brigadeir@s do mar! Tivemos direito a uma boleia de volta numa moto 4.
Na minha opinião, participar desta apanha foi uma experiência deveras gratificante. Embora a quantidade de lixo que apanhámos num curto espaço de tempo tenha sido assustadora, não deixei de ficar com um sentimento de leveza. Se todos contribuirmos um pouco do nosso tempo para causas como esta, o mundo irá com certeza tornar-se num sítio melhor...

Remember... "What we do in life, echoes in eternity."

Fiquem bem!


Ana Mestre
Nº 52399
Boa tarde colegas!

Gostava de partilhar com vocês um pequeno vídeo onde podemos ver uma publicidade do Burger King (Alemanha) no contexto mais inesperado de sempre, e com uma "pequena provocação" ao seu maior rival: McDonald's.
Apesar desta ação publicitária ter acontecido em Setembro descobri-a recentemente, e achei interessante partilhar, principalmente porque é uma situação bastante cómica. 

Espero que gostem.



   Patrícia Rodrigues
Nº148207

Quero o novo!!!

Caros colegas gostava de partilhar convosco um pequeno vídeo que, na minha opinião, retrata de forma caricatural o papel do consumo na sociedade contemporânea, sendo que, como sabemos, um dos fatores mais importantes para que tal aconteça é a publicidade, que tem como objetivo gerar uma sede de consumo abismal.



Pedro Bleck Silva
149406

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Brigada do Mar, 17/12/2017 Praia dos Moinhos.

Ontem, foi o dia de limpeza da Praia dos Moinhos, em Alcochete, pela Brigada do Mar. Eu e alguns colegas participámos nesta atividade com a professora, por isso, deixo-vos aqui o meu relato e algumas fotografias da recolha tiradas por mim e por outros participantes.
Perdi a conta aos sacos de lixo que enchi, limpava uma zona e pensava que pior que esta não devia haver, no entanto, andava dez passos e deparava-me com outra enchente de lixo. Quanto mais andávamos, mais lixo encontrávamos e em pior estado a praia estava. Garrafas de plástico aos montes e de vidro também. Com a quantidade de lixo “grande” que apanhávamos, nem havia muito tempo para as típicas beatas no chão, papéis e plásticos pequeninos de rebuçados ou daquelas pastilhas da bubbaloo! Encontrámos o pára choques de um carro, uma cadeira de bebé, bidões de gasolina e afins. E sapatos? O que não faltava ali eram sapatos… Um senhor até disse que tínhamos mais sapatos que uma sapataria.
Para além dos sapatos, também encontrámos luvas, uma das estrelas da recolha. Eram luvas atrás de luvas! Aliás, a primeira coisa que apanhei quando cheguei à praia, sem ser a carica e a beata, foi uma luva escondida no meio das algas. E com as luvas vinham também as embalagens das mesmas, folhas de plástico enterradas na areia como se pertencessem àquele habitat. Isto leva-me para as esponjas, os panos e as roupas abandonados na praia (sabe-se lá porquê) que a natureza tinha acolhido como sendo seus, criando vida à volta deles.
Porém, nada disto pertence ali, nada disto deveria coexistir no mesmo ambiente e, a prova disso foram as mais de dez gaivotas que vi mortas no areal! Não as autopsiei, mas creio que, pela quantidade de lixo que vi por ali, algumas delas devem ter ingerido plásticos pensando tratar-se de alimento, como acontece muitas vezes. E para acompanhar as gaivotas, tínhamos uma fila de alforrecas sem vida de uma ponta à outra do areal. Fui pesquisar sobre o assunto e o que encontrei é que as alforrecas dão à costa, mais no verão, e gostam de água com temperaturas quentes. Ora, estando em Dezembro, fiquei um pouco confusa... Não vou culpar o lixo excessivo, por este fenómeno existente na praia, mas talvez o culpe no aquecimento global.
O estado da água, que mais parecia uma festa de espuma, também não me pareceu muito normal. Calculo que seja da poluição, dos motores dos barcos ou algo do género, mas como não tenho conhecimentos sobre o assunto não vou opinar; deixo-vos apenas as fotografias.


































Admito que sou aquele tipo de pessoa que pensava que Portugal nunca iria chegar ao estado de alguns rios e praias da Ásia, que nunca iria perder a sua beleza nem ser contaminado daquela maneira. No entanto, ontem, ao ver aquela quantidade de lixo, escondida pela areia e pelas rochas, ao ver uma praia tão pequenina com tanto lixo, confesso que fiquei assustada! Como é que chegámos a isto? E se Portugal está assim, então como é que estarão outros países muito mais afetados pela poluição?
Depois de, mais ou menos, seis horas a limpar e a carregar lixo, ao ver aquela pilha de sacos, que a brigada do mar conseguiu recolher e retirar da praia, tive um sentimento de orgulho e de que o meu dia tinha sido passado a devolver algo ao planeta em vez de retirar. Senti-me bem, senti que o meu tempo tinha sido bem usado. Mas, ao mesmo tempo, senti que apesar daquilo tudo ainda havia muito mais por limpar, tanto na praia dos moinhos como nas outras. Pensei na senhora, já de idade, que vai todos os dias àquela praia apanhar lixo, que outros decidiram deixar ali, pensei no impacto positivo que aquela senhora cheira de garra e alma tem ao fazer aquilo todos os dias, mas, por outro lado, compreendi que isso não ia salvar o planeta nem a praia dos moinhos. Porque só podemos reverter as nossas ações, enquanto sociedade, se todos fizermos algo por isso e trabalharmos em conjunto. Começa em nós e passa para os outros, só assim conseguiremos produzir um impacto maior e contrariar esta doença que impusemos no planeta, a poluição!




























Gostava de acabar o meu post com um pensamento positivo. Apesar de não ter sido possível a todos comparecerem ontem, ou de não haver brigadas do mar para todas as praias, existem pequenas coisas que podemos sempre fazer e que já são uma ajuda. Nomeadamente, cada vez que formos à praia, tirarmos cinco minutos do nosso tempo e fazer uma pequena limpeza à nossa volta, recolhendo o lixo que encontrarmos. Não custa nada e será uma ajuda preciosa que somos perfeitamente capazes de dar.


Ana Alexandra Jacques
nº 50167

7 Products to Never Use! A verdade escondida nos rótulos.

Bom dia colegas, na última aula, com as apresentações dos trabalhos, nomeadamente o da Dove, a professora referiu que muitos desses produtos de higiene contêm substâncias cancerígenas.

No youtube, encontrei este vídeo que fala um pouco acerca disso. Várias das substâncias presentes em muitos produtos de higiene são nocivas para a saúde, no entanto, pelo marketing e publicidade que fazem levam-nos a pensar que são maravilhosos e nos vão curar de todos os problemas. Contudo, observando atentamente os rótulos dos ingredientes, deparamo-nos com um produto que, na realidade, funciona como um veneno para os nossos corpos.

O vídeo é de duas bloggers apologistas de uma vida mais sustentável e livre de químicos. Elas visitam um supermercado e apontam vários produtos  e os respetivos ingredientes, explicando-nos o motivo pelo qual fazem mal ao organismo. Também dão exemplos de substituições naturais para estes produtos, como no caso dos desodorizantes, que se podem substituir por lima, esfregando-a debaixo do braço.


Ana Alexandra Jacques
nº 50167

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Happy (N)ever After


Boa noite, colegas

Gostaria de partilhar convosco um vídeo de Steven Cutts, que satiriza a possibilidade de se "comprar a felicidade".



Na minha opinião, encaixa-se no seguinte parágrafo de John Berge, Ways of Seeing: "The entire world becomes a setting for the fulfillment of publicity's promise of the good life. The world smiles at us. It offers itself to us. And because everywhere is imagined as offering itself to us, everywhere is more or less the same."
Maria Inês Francisco

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Teaser Grupo 10 - Porão Velho Vinho Regional de Lisboa


Toda a glória portuguesa invocada num só copo


Não vais querer perder...



15.12.2017

Grupo 10: Guilherme Marques nº147183 / Pedro Bleck da Siva nº149406 / Sofia Jourdan nº 148338

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Publicidade Durex Intense - Grupo 8

Apresentação dos anúncios mencionados em aula.
Convidamos todos a visualizar os anúncios, de modo a melhor conhecerem a publicidade e o produto que foram analisados.

Anúncio 1

Anúncio 2

Teaser - Grupo 3

Uma sensação de puro prazer, num convite à tentação de um cheiro único!


Dia 13 de dezembro, em Cultura Visual. Tudo pode acontecer...

Grupo: Catarina Félix; Fabien Cerqueira; Inês Mata; Mariana Margarido

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Teaser - Grupo 8

Estás pronta para uma nova sensação de prazer?




Dia 13 de Dezembro - uma experiência que não vais querer perder!


Grupo:
Beatriz Ramos
Catarina Delgado
Gustavo Nogueira
Sara Fonseca

Moda anti-racista


Esta notícia que encontrei recentemente enquadra-se no âmbito desta cadeira, pois aborda um tipo de ativismo relacionado com a moda. Adama Amanda Ndiaye, conhecida como Adama Paris, foi a criadora da semana da moda do Senegal, a Dakar Fashion Week, chamada também Black Fashion Week.

Em entrevista a a estilista descreve o seu ativismo como sendo “uma forma de colocar valor nas coisas, fazer dinheiro, porque ele é poder e o poder leva-te onde quiseres”. Paris desde muito cedo sonhava ser estilita; contudo o seu pai sempre se opusera. Quando acabou os estudos empenhou-se na sua primeira coleção. Era difícil para uma mulher negra conseguir sucesso nesta área, não tinha dinheiro nem as relações necessárias para se conseguir lançar. Contudo, ao tornar-se oficialmente designer decidiu voltar para o Senegal e criar algo que nunca tinha sido visto neste país, uma semana da moda.
A designer confessa que teve problemas com o nome. As pessoas não gostavam do qualifictivo "black" e quando foi à LÓreal disseram-lhe que optasse por uma designação como "African Fashion Week" poderiam patrocinar o evento. Foi a partir deste momento que começou o seu ativismo.
"Nunca tinha pensado sobre o racismo até esta altura, só queria fazer moda, moda negra. Então perguntei-lhes: 'Porque razão têm problemas com a palavra negro, se eu não tenho problemas com brancos ou latinos?". Percebi nesta altura que não posso ser apenas designer, preciso de ser ativista e usar isso no que quer que eu faça. E quero patrocinadores que me apoiem dessa forma. Por isso, para mim, a BFW é uma extensão mais poderosa da DKF, nela há modelos negros, indianos, asiáticos e é essa diversidade que eu quero mostrar’’, afirma a estilista.




O seu objetivo é também incentivar os jovens, pois segundo ela: ‘’O meu ativismo é colocar valor nas coisas e fazer dinheiro. Porque dinheiro é poder e poder leva-te onde quiseres. Eu não sou de sair às ruas com placas, mas sei que isso é necessário. Acredito que fazer dinheiro provoca mudanças. Eu sei que é desagradável para algumas pessoas, que elas podem dizer que eu não sou artista, mas uma mulher de negócios. Hoje em dia é necessário ser-se os dois para competir com o grande sistema 'branco'".

Defensora da cultura e da moda, Adama Paris acredita que 'negro' representa uma cultura, não apenas uma cor — "Para as pessoas é o contrário. Hip hop ou jazz é musica negra, no entanto a moda não é vista da mesma forma. Eu quero mostrar que negro é cultura.’’





Inês Pires, nº52357

sábado, 9 de dezembro de 2017

Teaser- Grupo 13


Para mais informações compareça à aula de Cultura Visual no dia 13 de Dezembro.

Grupo 13: Irina Martins, Alina Macedo; Diana Nogueira; Paula Rodrigues

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Teaser - Grupo 5



Era uma vez uma marca que tinha tudo.
Tinha anúncios por todo o lado:
Na televisão, nas redes sociais e nas ruas.
Tinha um império que transcende fronteiras.
E agora tem...

sábado, 2 de dezembro de 2017

TEASER - Grupo 7

Queres ter sorte no amor?






Brevemente




Ana Mestre - 52399
Daniela Rodrigues - 151862
Kátia Martins - 148800
Marta Parente - 148180
Tânia Viegas - 52413



quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Teaser Grupo 12

 
        Queres saber como gastar melhor os teus 1000€ de propina?
Vem à próxima aula de Cultura Visual


Grupo 12: Cheila Vieira; Inês Pires; Mafalda Fernandes; Ricardo Simões

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A Mulher na Publicidade

Como tem sido tema recorrente das nossas aulas falar sobre o papel das mulheres e do modelo feminino na publicidade, achei interessante partilhar estas publicidades que analisei o semestre passado na cadeira de Teoria da Comunicação.

Estes dois anúncios pertencem à Boticário, marca brasileira. Esta marca é conhecida por vender cosméticos e perfumes, logo o seu público-alvo é maioritariamente feminino. Todos os anúncios têm como objetivo atrair consumidores. Portanto, como pode uma marca feminina chamar a atenção do seu público? Porque não quebrar a ideologia machista vigente atribuindo poder ao género feminino? É exatamente isso que a marca irá (supostamente) fazer nestes dois exemplos que aqui vos trago.

         A história sempre se repete. Todo o chapeuzinho que se preze,                         Era uma vez uma garota branca como a neve, que causava muita inveja
                    um belo dia, coloca o lobo mau na coleira.                                                  não por ter conhecido sete anões. Mas vários morenos de 1,80m.


A mensagem transmitida é a de que, usando os produtos do Boticário, os homens ficarão aos seus pés. Estas publicidades fazem uso de histórias infantis, nomeadamente do Capuchinho Vermelho e da Branca de Neve (existem outras publicidades com a Cinderela e uma Princesa guardada por um dragão, que podem ver aqui). Porquê? Porque as mulheres querem ser vistas como princesas e desejam encontrar o seu príncipe encantado para que possam ter o seu final feliz.
À primeira vista, esta campanha parece conferir poder às mulheres, visto que conhecerão "vários morenos" a quem "irão pôr uma coleira"; contudo, se a analisarmos mais profundamente, encontramos ainda sinais da sociedade machista presentes. Representam a mulher como sonhadora e crédula de que o seu final feliz depende de encontrar o príncipe encantado ou não, e ainda como objeto de inveja. Concluindo, segundo esta lógica, para se realizar a mulher depende de um homem e da inveja que provoca nas outras mulheres, sem falar no facto de que é imprescindível consumir produtos Boticário. Ou seja, nada consegue sozinha.
Publicidades como estas suscitam, pois, questões de (des)igualdade de género. Pergunto-me: será possível que alguma vez nos possamos libertar deste preconceito?

Cheila Vieira nº 148191

domingo, 26 de novembro de 2017

"The Tragedy of the Commons"

Boa noite, colegas!
Decidi partilhar este pequeno vídeo do Ted Ed convosco.
Creio que se relaciona com os assuntos abordados na aula - o contexto ambiental e a responsabilidade do ser humano, enquanto indivíduo e enquanto elemento de uma comunidade. O vídeo fala também de como é essencial pensar em comunidade para sobrevivermos, explicando que o que é o nosso Bem é o Bem de todos e vice versa. Ao sermos egoístas, penalizaremos todos os outros e, a longo prazo, prejudicamo-nos a nós mesmos. Assim, a "tragédia dos comuns" é a falta de pensamento para além de si, e dos seus, a falta de uma visão mais global das coisas!




Ana Alexandra Jacques
nº 50167

"Class Divide" ("Classe Dividida")

Saudações a todas as almas vivas deste blogue!

Certamente que se recordam que uma das questões mais faladas nas aulas se prende com a concentração da riqueza em apenas 1% da população mundial. Neste sentido, proponho que vejam o documentário Class Divide, de Marc Levin, onde o contraste entre pobres e ricos é mostrado em Nova Iorque, num fenómeno em que os bairros pobres estão a dar lugar a casas de luxo e os habitantes pobres da cidade estão a ser expulsos das suas casas. Aqui ouvimos os dois lados, desde os mais jovens aos mais velhos, e ficamos a conhecer de perto uma escola privada altamente tecnológica e escandalosamente cara!


O documentário pode ser visto na íntegra aqui

Diana Nogueira

sábado, 25 de novembro de 2017

Ecosia, o ''Google, que luta contra a desflorestação

Caros colegas,

       Desde 2009 que se encontra disponível, no espaço cibernético o Ecosia, um motor de busca, que se distingue pelo seu impacto positivo na preservação do meio ambiente. Uma árvore é plantada por cada quarenta e cinco pesquisas, um número que, devido à nossa atual dependência da internet, não é difícil de atingir. O utilizador pode calcular o seu contributo através do contador de pesquisas efetuadas, no canto superior direito da pagina principal. Desde a criação deste projeto já foram plantadas mais de 17 milhões de árvores por todo o mundo, tendo sido investidos mais de 4 milhões de euros para o efeito.
      A cada mês, mais de 80% da totalidade dos lucros desta organização (obtidos através do aluguer de espaço publicitário na página de resultados) são direcionados para a reflorestação. Uma vez que a transparência é um dos lemas desta organização, a mesma disponibiliza mensalmente, para consulta, os respetivos balanços financeiros, bem como vídeos na plataforma YouTube onde se pode acompanhar os processos de plantação.
       No ano passado mais de 29,7 milhões de hectares de floresta foram perdidos em todo o mundo. Entre as causas encontram-se os incêndios florestais (que assolaram países como Portugal e a Austrália), a indústria do papel e dos móveis, assim como o setor agrícola (com o cultivo crescente de soja em detrimento das florestas).
      Debruçando-me sobre estes números e esta triste realidade pergunto-vos: qual seria o resultado se, num mundo habitado por mais de 7 biliões, todos usássemos o Ecosia para fazer as nossas pesquisas diárias na internet?



Votos de um bom fim-de-semana,
Irina Martins
Nº 149400

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Teaser - Grupo 2








Precisa de relaxar?
Saia da rotina. Mergulhe no paraíso. 



Coming Soon
24/11/17

sábado, 18 de novembro de 2017

Sobre arte e ativismo


  Quando penso em ativismo visual, acende-se uma luz na minha cabeça que me leva de volta a 6 de Outubro de 2014, quando assiti ao concerto do ilustre Morrissey, no Coliseu dos Recreios, um evento completamente fora do normal.








Morrissey T-shirt
Morrissey Flyers   Enquanto ativista dos direitos dos animais, Morrissey passou décadas a lutar contra a crueldade com os animais - e não pensa duas vezes antes de expressar as suas opiniões. Este vegan incansável inspirou milhões de fãs a pensar sobre os direitos dos animais, desde que lançou em 1985 o álbum dos The Smiths, Meat Is Murder*.
* Este, por sua vez, foi um álbum com uma voz política forte, criticando diversos tipos de violência, desde aquela perpetrada no espaço doméstico, como nas escolas de Manchester ou nas feiras de diversão.
  
   Morrissey usa os concertos como plataforma de ativismo. Entre muitas outras ações, faz questão de que o catering do recinto seja vegetariano ou vegan; associou-se com a PETA para fazer panfletos anunciando os seus espetáculos com mensagens ativistas e o seu merchandising (à venda no local dos concertos) revela as suas crenças. 
   Contudo, o que mais me chamou a atenção no concerto foi como entre cada intervalo de uma música para a outra, na tela gigante do palco, eram mostrados vários vídeos sobre as indústrias que não são cruelty-free ou meat-free. Centenas de pintainhos bebés a serem esmagados vivos. Tigres esfolados vivos. Animais de laboratório com anomalias físicas...
Ouvia-se um burburinho de choque pela multidão que assistia. Alguns fechavam os olhos.

   Na minha opinião, fechar os olhos não é solução. Sim, pode ser mais "confortável". Ou é como quem diz "A felicidade é dos ignorantes" e então as pessoas forçam-se a permanecerem na ignorância. Para além de toda a componente moral no que toca à crueldade infligida nos animais, temos também que ter em conta que vivemos num mundo em que os recursos são limitados. Estamos a esgotar e a sufocar o planeta terra. Caso não tenham conhecimento: atualmente, o setor que mais desgasta a Terra e impacta o ambiente é o do gado (para produzir um mero quilo de carne, são precisos aproximadamente 15,400 litros de água). Vejam Cowspiracy ou Before The Flood para se informarem sobre estes assuntos e aprenderem como podemos mudar alguns hábitos que poderão pesar menos no ambiente. 

   Sim! Estes são temas que nos alarmam. Ficamos nervosos e preocupados e acabamos por cair numa espiral de ansiedade, cheios de sentimentos de impotência. Porém, conhecimento é poder! Se todos tivermos esperança e força de ajudar e vencer, não será preciso muito mais. E, sobre esta temática da esperança, quem melhor do que Morrissey para nos elucidar? 😊


Nota: Morrissey também empresta a voz aos direitos LGBTQ+ e aotema da Saúde Mental. Recomendo pesquisarem mais sobre o seu trabalho como ativista, assim como o sobre o seu trabalho musical. Vale a pena!

Ana Patrícia Kato Mestre
Nº. 52399

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Teaser - Grupo 9



Estás preparado para uma nova aventura?

E se te deixares guiar pelo desejo?


Sabe tudo dia 24 de novembro, na aula de Cultura Visual.


Bárbara Santos
Beatriz Carvalho
Bruna Brissos
Catarina Pereira

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

AlternAtia FLUL

Boa tarde, colegas!

Gostaria de partilhar convosco um grupo recente da nossa faculdade, a AlternAtia FLUL, que mencionei durante a conversa com a nossa convidada Rute Novais. A AlternAtiva FLUL é um movimento dinamizado por alun@s da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que visa criar um espaço de integração alternativo à praxe. É um movimento independente e autónomo com o objetivo de integrar todos os membros da comunidade académica através da organização de actividades lúdicas e culturais, de carácter inclusivo e não discriminatório. Caso queiram saber mais sobre a AlternAtiva, partilho convosco a página de Facebook, onde são divulgadas todas as nossas atividades.
Aproveito também para divulgar o próximo evento, uma conversa sobre o tema “Desperdício Zero”, onde podem aprender várias dicas sobre como viver sem desperdício. Uma oportunidade a não perder, caso queiram conhecer um estilo de vida mais feliz, consciente e responsável.  Amanhã, dia 16 de novembro, na sala 5.2, às 18h45.




Ana Sofia Pancada

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Análise de Excerto

Naomi Klein considera que as escolas canadianas e estadunidenses, outrora espaços distanciados do mundo das grandes companhias comerciais, foram invadidas pelas marcas e pelos seus interesses privados. Na minha opinião, de maneira diferente e menos evidente, um fenómeno semelhante tem vindo a acontecer nas escolas portuguesas. 
Com efeito, a autora refere que a grande barreira protetora que salvaguardava as escolas começou a ser quebrada a partir da década de 1980, época de crise económica. Para ultrapassar o acentuado decréscimo no número de vendas, as grandes empresas tiveram de pensar em novas soluções. Uma delas foi tornar a publicidade centrada na marca e não nos produtos, criando, assim, uma identidade própria, facilmente reconhecível pelo público. Ou seja, mais do que produtos, os consumidores passaram a comprar "um estilo de vida, uma atitude, (...) uma ideia" (Klein 23). Consequentemente, as vendas aumentaram. Exemplo disso é o caso da Nike. A sua estratégia passou pelo investimento em publicidades protagonizadas pelas figuras mais importantes do desporto. A sua mensagem era simples: mostrar ao público que os melhores desportistas confiavam nos seus produtos para chegarem à vitória. Este tipo de mensagem é baseado numa promessa de felicidade que pode ser vista e invejada pelos outros. Desta forma, os jovens estudantes facilmente acreditaram que, comprando os produtos de marca, se tornariam campeões. Rapidamente os corredores das escolas transformaram-se em passerelles de desfiles publicitários feitos através de roupas de marca usadas pelos alunos. O mesmo ainda acontece nas escolas portuguesas. Os estudantes estão de tal modo contaminados pelo desejo de serem os melhores, que continuam a publicitar livremente tudo o que usam como modo de ostentação de um estatuto que consideram significar superioridade perante os que não têm meios para comprar as mesmas coisas. 
Por outro lado, na verdade, foi a tecnologia que quebrou a barreira protetora das escolas. No final do século XX, as constantes inovações tecnológicas deram origem a uma nova forma de ver o mundo através da componente digital dos ecrãs (Mirzoeff 15). A par destas mudanças, as escolas do Canadá e dos EUA sentiram a necessidade de ensinar recorrendo não só aos recursos tradicionais, como também aos recursos tecnológicos. Contudo, os planos governamentais que encheram as escolas cortes orçamentais mostraram-se um entrave. A solução encontrada foi obter financiamento diretamente das corporações.
Não obstante, vários governos ocidentais acabaram por desenvolver políticas de distribuição de computadores às escolas e aos alunos. Portugal, apesar de ter uma tradição de cortes orçamentais, seguiu essas medidas, garantindo que todos os estudantes e professores recebessem computadores de forma gratuita ou parcialmente gratuita. Todavia, se é verdade que o governo investiu na modernização do ensino, também é verdade que os interesses privados se apoderaram dos públicos. A criação do Magalhães, o computador mais famoso dessa política de distribuição, não foi mais do que uma oportunidade da Intel para lucrar à conta do Estado, criando um computador obsoleto que hoje já ninguém usa, excepto nos países pobres e escravos do capitalismo.
Ora, voltando ao contexto do No Logo, a verdade é que a ambição tecnológica das escolas não se satisfez apenas com computadores. A sua avidez levou-as retirarem dinheiro dos programas de educação física e de música para propósitos tecnológicos, abrindo espaço para a entrada de patrocínios das grandes marcas e para a promoção direta das mesmas, como acontece muitas vezes nos programas desportivos. 
Felizmente, nas escolas portuguesas, segundo a minha experiência, a publicidade não atingiu ainda tais dimensões. No entanto, isto não significa que o sector privado esteja ausente do quotidiano escolar. Pelo contrário, está cada vez mais presente. Veja-se o caso das refeições. Há poucos anos atrás, os funcionários da cantina foram substituídos por uma rede de distribuição alimentar privada. Enquanto as empresas têm lucrado à conta do Estado, a qualidade das refeições diminuiu. Depois das cantinas, pouco faltará para que os bares sejam totalmente regidos pelas empresas privadas, permitindo a venda de alimentos prejudiciais à saúde de marcas, como por exemplo, a Coca Cola. Com o silencioso avanço do domínio privado nas escolas, quem sabe, quiçá, se um dia estas não se tornarão realmente pequenos centros comerciais cheios de comida plástica e cartazes publicitários. 
Em suma, apesar de contextos diferentes, também entre nós os valores públicos têm sido abalados em lugares que foram primeiramente criados para ensinar e não para se transformarem numa fábrica de lucros. 




Diana Nogueira  



sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Análise de texto

O mundo consumista está, na sua íntegra, à mercê da publicidade. A omnipresença da publicidade nos setores público e privado, e na própria vida humana, é inegável. A sua influência e impacto constatam-se a nível global.
Vivemos na era da imagem. Atualmente, a publicidade é o tipo de imagem (e até mensagem) que mais observamos no nosso dia a dia, em especial nas grandes cidades.
No capítulo “The Branding of Learning”, incorporado na obra No Logo, Naomi Klein reitera que, em tempos passados, a escola era o único local imune ao branding. Contudo, na década de 1980, intentou-se uma transição de carácter negativo: as marcas e a publicidade procuraram invadir o ensino e transformar-se num statement para os adolescentes rebeldes. Nesta época, emergiu o “ciberespaço”, um tipo de comunicação entre os seres humanos que não recorre à presença física, mas a um espaço virtual constituído por redes.
Perante estes factos, destaca-se o argumento central da autora, que reconhece e culpabiliza as grandes corporações – multinacionais que se consolidaram nos anos 1980 –, juntamente com a tecnologia, de serem o fio condutor através do qual as marcas conquistaram e se apoderaram dos estabelecimentos de ensino. Derrubou-se assim a fronteira entre a publicidade e as escolas.  Na década de 1990 esta tentativa de invasão logrou, finalmente, resultados. Conforme a tecnologia era alvo de um processo de melhoramento – invenção da digital videotape e início do crescimento da utilização da Internet – o ensino público sofria cortes orçamentais profundos. Esta situação traduzia-se na necessidade e na incapacidade de as escolas financiarem a compra de altas tecnologias.
Na prática, o dinheiro é apresentado como algo mágico que compra todos os nossos desejos básicos. Assim, os custos de uma educação modernizada aumentaram abrutamente e as instituições de ensino viram-se obrigadas a procurar alternativas. Consequentemente, para além de desviarem dinheiro de atividades extracurriculares, escolas e faculdades abriram portas ao setor privado (às corporações). O intuito destas parcerias seria receber lucro proveniente da publicidade feita a marcas. Para além de beneficiar as escolas, a publicidade designa um meio competitivo que beneficia a própria economia nacional, por meio da alimentação do modelo capitalista.
Se pensarmos na razão de o espaço escolar ser tão cobiçado pelas corporações, chegarmos a uma conclusão dececionante: crianças e jovens são o público-alvo predileto das grandes marcas. Quanto menor a idade, maior a vulnerabilidade perante a “retórica publicitária”.

Os jovens, por um lado, ainda não têm capacidade para interpretar e filtrar a intenção oculta da publicidade e, por outro lado, ainda não possuem uma identidade bem definida. A publicidade ataca os jovens e aproveita-se da cegueira e da ignorância destes para lhes incutir a necessidade absurda de consumir produtos que irão melhorar as suas vidas e ajudá-los a ultrapassar o árduo período de formação do “eu”, segundo as promessas.
As corporações procuram vender não os seus produtos, mas sim as suas marcas (branding). Ora, um adolescente que pretende ser cool e popular deverá vestir-se com roupa de marca, pois quanto mais reconhecido for o logotipo, melhor será a marca. Os produtos podem ter a mesma qualidade, mas se um for de uma marca conhecida e outro de marca branca, o primeiro supostamente trará aos seus consumidores um maior status e índice de felicidade.
É de verificar-se que a invasão permissiva da publicidade nos sistemas de ensino deve-se à falta de recursos económicos por parte do Estado para uma permanente atualização das ferramentas educacionais, obrigando então escolas e faculdades a recorrer ao suporte das corporações.
O computador “Magalhães” (oferecido a escolas primárias pelo Estado) é um exemplo que ilustra o transporte da publicidade para dentro das escolas através das tecnologias.
Outrora, no período da adolescência, frequentei uma escola secundária que recorria à publicidade principalmente em épocas de campanha: as listas. Estas, a fim de obterem adesão por parte dos alunos/eleitores, eram patrocinadas por marcas, favorecendo os estudantes com descontos nas mesmas (como em escolas de condução).
Atualmente, na Universidade de Lisboa, é possível desvendar-se publicidades ocultas. Todos os cartazes da RedBull, os bares da “Tapioca” e as campanhas publicitárias da “Yorn” e “WTF” levam-nos a crer que aquele produto será melhor do que o que temos e trará mais vantagens. Estes patrocínios foram certamente proveitosos na compra dos computadores da Apple que vemos na sala de estudo e dos projetores que integram cada sala. Não obstante, o exemplo mais pertinente que demonstra a relação da faculdade com corporações será a parceria com a Caixa Geral de Depósitos que, através de um marketing agressivo, “impõe-nos” um cartão, transmitindo a ideia de que é imprescindível para o uso de certos serviços na faculdade. 
Em suma, a evolução tecnológica corrompeu o único espaço que até aos anos 1990 não era subjugado pela publicidade, a escola.

Beatriz Carvalho (148857)

sábado, 4 de novembro de 2017

Lixo ou luxo?



Em 1965, o poeta brasileiro Augusto de Campos brincou com as palavras “lixo” e “luxo”: o que resultou no poema concreto acima. Isto faz-me pensar na capacidade humana de transformar luxo em… lixo. A existência de ilhas de lixo é uma prova do pouco controlo que se tem sobre o que é produzido para tornar-se desperdício após o consumo.

O documentário citado na última aula trata da realidade de trabalhadores do aterro sanitário em Jardim Gramacho (Rio de Janeiro).



Ao mesmo tempo, apresenta a arte de Vik Muniz, que decidiu pintar e compor com lixo fotografias de pessoas que vivem em meios desfavorecidos. O trabalho destas pessoas resume-se em recolher, separar e queimar lixo.

Algumas pessoas demonstram que é possível transformar lixo em:

1) Arte: como faz o artista Bordalo II. Não só para apreciação estética, mas também para apelar à nossa consciência ecológica, evocando espécies afetadas pela enorme quantidade de lixo por nós produzido.

Bordalo II




Caretta Caretta Trapped, Fotografia de Francis Perez.
 
2) (novos) materiais para uso diário. Este vídeo (de um minuto) mostra-nos vários exemplos de novos materiais (e uma casa!) feitos a partir de pacotes de leite;
 3) meio de subsistência. Como afirma o youtuber Dave Hakkens: "They manage to do a whole recycling economy with our junk".





Assim, através de reciclagem e reutilização, aquilo que antes era considerado desperdício torna-se "luxo" ou uma alternativa melhor ao constante consumo de materiais poluentes que não são biodegradáveis.

Amanda Costa (148341)