quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Projeto Mellifluous Elephant

Partilho informação passada por uma ex-aluna que está a fazer a curadoria desta exposição para a inauguração da qual ficam convidad@s!
"A CASA DA DONA LAURA recebe a quinta e última edição do evento anual num prédio abandonado de Campolide. Uma exposição em que Mellifluous Elephant reúne artistas plásticos internacionais e nacionais que trabalham na área da instalação, da performance, do vídeo e do som numa semana com inaugurações, workshops e performances.

No dia 4 de Março realizar-se-à a inauguração pelas 18:30h que inclui um DJ Set e catering. Dia 7 de março peças 18:30h integrar-se-ão as peças dos artistas portugueses o que resultará numa nova exposição. Dia 8 de março pelas 18:30h começará um evento dedicado à mostra de vídeo e curtas bem como a performance."
 
 

Como a sociedade contemporânea afeta a nossa mente

Boa noite colegas,

Nas últimas aulas, temos vindo a abordar algumas das questões centrais da sociedade contemporânea, nomeadamente a nossa convivência diária e constante com a publicidade, e também a velocidade a que o nosso mundo está a evoluir, especialmente a nível tecnológico.
Quando lemos Nicholas Mirzoeff, vimos como a nossa sociedade é cada vez mais digital e, acima de tudo, visual. O autor insiste bastante na questão da velocidade de alteração do planeta Terra, questionando os caminhos que estamos a seguir enquanto coletivo. Para mais, aborda uma ideia que me remeteu imediatamente para um livro que prezo muito (e de que irei falar em seguida) - o modo como a industrialização alterou a nossa relação com o tempo se alterou, tornando-nos uma sociedade cada vez mais acelerada, consumista e insatisfeita. Estamos, à falta de melhor expressão, presos num ciclo vicioso: trabalhamos cada vez mais horas, para obter poder de compra, somos expostos a publicidade constante que nos faz sentir inferiores, e nos leva a consumir e voltamos ao início.
Além disso, como referimos hoje em aula e podemos ler nos textos de Naomi Klein, o que as marcas cada vez mais nos vendem são modos de vida, são ideias. Somos constantemente bombardeados por imagens, a uma velocidade estonteante. Hoje em dia, não só na publicidade, mas também nas redes sociais, em vídeos, música, é só escolher...

O autor que vos trago hoje, Matt Haig, começou a interrogar-se de que modo é que esta construção social estava a afetar a nossa saúde mental. Em Notes on a Nervous Planet, o autor reflete sobre a maneira como diferentes aspetos do mundo em que vivemos estão a aumentar os níveis de ansiedade da população mundial.
Resultado de imagem para notes on a nervous planet
Este livro trata a experiência do próprio autor, que em livros anteriores tinha explorado a sua experiência com depressão e ansiedade. Nele relata um momento em que teve uma recaída no seu processo de aprendizagem de lidar com estas doenças, durante o qual procurou perceber quais os elementos do seu estilo de vida que contribuíam para se sentir pior. Nisto, começou a perceber alguns padrões que se aplicavam não só à sua experiência, mas a uma experiência a nível global.
Num estilo de escrita episódico, vai retratando alguns temas que nos estão a manipular e a tornar mais ansiosos, tais como: imprensa e telejornais com manchetes sensacionalistas; a globalização da informação através da internet, que proporciona uma conectividade constante, mas que simultaneamente, nos bombardeia com mais informação do que aquela com que estamos equipados para lidar; a normalização de comportamentos aditivos, nomeadamente no uso das redes sociais; o excesso de trabalho e a diminuição do tempo pessoal e de descanso; a perpetuação de ideais irrealistas sobre a nossa vida e a nossa imagem.
Na base de todas estas ideias, está uma crença que atravessa as suas obras, a ideia de que o nosso legado cartesiano — que nos leva a conceptualizar a mente como estando separada do corpo, regulando-nos pela máxima "Penso, logo existo" — não é necessariamente a resposta para todas as questões, pois existem ligações profundas entre o nosso corpo e a nossa mente. Por esta mesma razão, o seu trabalho vai sempre no sentido de normalizar as doenças do foro psicológico e clarificar o estigma em seu redor. Fazendo-o por vezes com muito humor, como é o caso desta página que vos apresento:


A grande conclusão de Matt Haig — relacionada com uma citação de Mirzoeff, no final do texto estudado ("what once took centuries, even millenia, happens in a single human lifetime") — é que a evolução estonteante da nossa sociedade a nível cultural e tecnológico (pensemos que grande parte do chamado primeiro mundo em que habitamos se desenvolveu maioritariamente durante os últimos dois milénios, se tanto) convive com um ser humano incapaz de se desenvolver do mesmo modo a nível biológico, durante esse período. Ou seja, os nossos cérebros e os nossos corpos não estão ainda preparados para saberem conviver com o mundo atual.

Deixo-vos ainda um vídeo em que Haig discute o livro, para o canal BBC, caso tenham curiosidade em ouvi-lo discutir estes assuntos.


Ainda que acreditemos estar a evoluir, ainda que a raça humana se continue a adaptar, podemos fazer várias pergunta: Em que direção estamos realmente a evoluir? Será que estamos a criar um futuro sustentável, para os nossos corpos e para a terra? Como nos estamos a relacionar com a tecnologia e com o mundo, e quais as consequências que estas relações terão na nossa vida a longo prazo?

Espero que tenha aguçado a vossa curiosidade para explorarem este autor, que vos recomendo imensamente!

Resto de boa noite e até sexta feira,

Leonor Madureira 150360

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Boa noite caros colegas!

Eu (Joana Vieira) e a minha colega Inês Palma, ficamos apenas as duas como elementos num grupo de obrigatoriamente 4 membros. Existe alguém que ainda não esteja incluído em algum dos grupos?

Obrigada pela vossa disponibilidade,
Joana Vieira, 153167.

O problema do Snapchat

Caros colegas, neste post irei abordar um problema que tem vindo a aumentar e que tem evidenciado sérias consequências: o uso de certos filtros do Snapchat tem mudado a representação do nosso rosto e a nossa auto-perceção, tornando assim as pessoas mais inseguras. Este conceito do ideal de beleza consegue revelar-se tóxico e problemático e tem vindo a afetar, maioritariamente, as mulheres jovens.
Primeiro, todos nós sabemos que, nos dias de hoje, parte da nossa identidade se define nas redes sociais globais. Assim se criam vícios e dependências, que chegam até a afetar a maneira como nos vemos a nós próprios, aos outros e ao mundo, incluindo o modo como comunicamos pessoalmente com as pessoas.
Snapchat é uma das redes sociais mais conhecidas de hoje, uma aplicação de mensagens maioritariamente visuais, ou seja, tendo por base a produção e partilha de imagens. É usada para tirar fotos e fazer vídeos de nós próprios, do que fazemos, com quem estamos e partilharmos com, nem direi os nossos amigos pessoais, mas sim os nossos seguidores. Porém, antes de carregarmos no botão “publicar” ou “partilhar” passamos pelo processo de atingir a perfeição inexistente, a fim de sermos “aprovados” pelos outros nesta comunidade virtual.

Muitos dos ajustes que fazemos nesse processo de aperfeiçoamento consistem em editar, usando aplicações que nos ajudam a melhorar e/ou eliminar o que não nos agrada. A utilização de filtros cromáticos também é uma opção, para obtermos uma fotografia mais viva ou com um efeito que achemos mais adequado.
Falando em filtros, chegamos a um ponto importante: uma das particularidades que tornou esta rede social tão popular foram os seus filtros — conhecidos como Snapchat Lenses, estes adicionam efeitos especiais às fotografias e aos vídeos, podendo modificar completamente a aparência e até a voz de uma pessoa. O Snapchat tem uma variedade imensa, desde simples corações a sobrevoar a nossa cabeça, até orelhas de cão, bambis e gatos, ou aureolas de anjos e coroas de flores. A pessoa usa estes efeitos numa selfie e fica com um ar adorável e perfeito; é um truque inofensivo, divertido e engraçado até... certo? 
Então qual é o problema? É importante relembrar a manipulação digital de imagem criada pelo Photoshop, ou pelo Facetune, entre outros. Ao que parece, estes programas permitem às pessoas ficarem  perfeitas. Ora, ver pessoas que ficam dessa maneira sem qualquer esforço cria a impressão de que “todas as pessoas” são assim e que nós não fazemos parte desse grupo. Isto porque o nosso cérebro tem mais facilidade em aceitar e pensar desta maneira do que em reconhecer que a fotografia foi editada. O Snapchat faz o mesmo, fazendo a pessoa habituar-se à sua cara deformada, ou deverei dizer “aperfeiçoada”, pelo filtro. 
O que acontece efetivamente à nossa cara quando usamos estes filtros? É difícil de reconhecer a panóplia de efeitos combinados que nos estreitam o rosto, aclaram a pele torna-se mais clara, diminuem o nariz, aumentam os olhos tornando-os brilhantes; deixamos de ter quasiquer imperfeições como cicatrizes, borbulhas, poros abertos, olheiras, hiperpigmentação. Este exercício de aperfeiçoamento acaba por nos vender um standard de beleza homogéneo e irrealista.
Assim, a pessoa começa a preferir ver-se deste modo idealizado, perdendo a identidade. Porque abusamos do uso destes filtros, começamos a criar o hábito de nos vermos assim, perdendo a noção de que aquela imagem é só um efeito; porém, começamos a preferir esse retrato perfeito ao nosso rosto natural. Saber que gostamos preferencialmente de nos ver transformadas não parece ser algo muito positivo para a nossa autoestima, não é? É como que se o o Snapchat nos desse a oportunidade de viver de acordo com a nossa versão ideal, imagem após imagem.
Fig.1
Fig.2
Fig.3
Fig.4
O problema começa a ter peso neste momento, quando raparigas – alguns rapazes, apesar de serem minoria, também são vítimas – dizem que já não gostam do seu rosto, que se acham feias, que já não conseguem tirar uma fotografia de si mesmas sem filtros e que perdem a perceção de como são na realidade. Cirurgiões plásticos têm recebido cada vez mais pacientes com a intenção de ficarem iguais àquilo que aparentam ser quando usam os filtros, iguais a esse standard idealizado. Isto já gerou uma designação científica, “Snapchat Dysmorphia”. 

Nós vivemos num mundo onde a vasta maioria das pessoas se preocupa com a sua aparência, i.e., com o modo como são vistas pelos outros e como se vêem a si mesmas. Termos tanto acesso às diferentes possibilidades de editar e modificar a nossa aparência pode levar-nos a perder autoestima e a viver numa insatisfação constante, porque nunca conseguiremos atingir os padrões de beleza que nos são constantemente impostos. Bem sei que estes filtros se tornaram normalizados e é difícil ver toda a problemática por detrás de algo que parece somente ser uma ferramenta rápida e eficaz para nos “fazer sentir melhor connosco próprios”, mas a verdade é que acaba por fazer exatamente o contrário.
Obrigada pelo tempo que disponibilizaram a ler esta publicação.
Boa noite.
Mihaela Gradinaru nº153122

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Dream Crazy

Boa noite colegas,
Neste post venho apresentar-vos o novo anúncio da marca Nike, que muito me impressionou, confesso.

O anúncio tem como slogan " Show them what crazy can do" e retrata todas as adversidades que as atletas femininas enfrentam por parte dos meios do comunicação e do público em geral. Nos média as mulheres tendem a ser retratadas como vítimas, doidas ou arrogantes e frequentemente apenas a sombra dos seus parceiros; no entanto, as atletas são sem dúvida as que mais sofrem com a falta de sensibilidade e de princípios dos média, pois são apresentandas como tendo sobretudo características masculinas, por não se enquadrarem nos parâmetros de "mulher ideal", e quando demonstram qualquer tipo de sentimento são censuradas e expostas.


Ao longo deste anúncio uma voz feminina retrata todas as polémicas pelas quais as atletas de alta competição passam recorrentemente, incluindo o facto de não poderem chorar nem exaltar-se, pois consideradas histéricas. A sociedade continua a não reconhecer que uma desportista pode ser tão boa ou melhor do que um homem e que não é irracional uma mulher atleta bater recordes, ter um filho e voltar para fazer mais e melhor, mas sim uma grande prova de força e dedicação.
Irracional é não admitir que uma mulher pode fazer tudo!

Obrigada por lerem este post, até quarta!

                                                                                                                    Maria Ferreira, 151235

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Padrões de género na indústria da moda

Caros colegas,
 Este post tem o objetivo de abrir uma discussão sobre a relação que o vestuário e a moda têm com o género, para assim desconstruir o atual padrão binário; é inspirado no resumo de uma investigação de mestrado que podem encontrar aqui. Os papéis sociais que vivemos e por vezes, interpretamos, são consequências da construção cultural, sendo a definição binária de género um método de controlo social, de modo a estabelecer hierarquias, com a figura patriarcal sempre no topo.
Tem havido uma crescente reflexão a respeito dessa distribuição de papéis e ao facto de a sociedade recorrer a apenas duas alternativas para caracterizar corpos, quando, na verdade, existem inúmeras possibilidades.
As questões de género ainda são relativamente novas no mercado da moda, apesar do grande debate sobre o "vestuário livre para todos". O ato de vestir expõe o corpo a uma “metamorfose”, a uma mudança em relação a um dado natural, puramente biológico. É tremenda a capacidade que uma roupa tem de transformar um corpo e construir uma identidade, problematizando a noção de "natural".
 A delimitação da identidade social através do vestuário já não se confunde com a própria identidade de género e "o dimorfismo sexual já não tem a mesma relevância que tinha na moda de há cem anos". No entanto neste novo paradigma, mulheres e homens não ocupam uma posição semelhante, existe ainda uma desarmonia estrutural. Enquanto as mulheres podem permitir-se usar quase tudo, incorporando peças de “origem masculina”, os homens, em contrapartida, são submetidos a uma inflexibilidade estabelecida pela exclusão de peças consideradas femininas. Cito novamente "Por trás da libertação dos costumes e da abolição dos paradigmas dos papéis sociais, uma interdição do intocável continua sempre a aparecer no plano das aparências".
 No entanto, hoje, os consumidores recusam-se a ser categorizados e as pessoas querem ter direito de escolher e usar o que bem entenderem, além das expectativas sociais.
Imagem relacionadaImagem relacionada

Obrigada por lerem e votos de uma boa semana! 😄
Maria Oliveira 153688

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Sexualização feminina e sentimento posse

Caros colegas,
Gostaria de começar este post com uma das citações mais partilhadas de Ways Of Seeing, da autoria de John Berger: "The mirror was often used as a symbol of the vanity of woman. The moralizing, however, was mostly hypocritical. // You painted a naked woman because you enjoyed looking at her, you put a mirror in her hand and you called the painting 'Vanity', thus morally condemning the woman whose nakedness you had depicted for your own pleasure".


 Paulus  Moreelse, Girl with a Mirror, an Allegory of Profane Love , 1627

Com isto quero retomar o assunto brevemente discutido na aula de ontem — a sexualização feminina, e a proibição da exposição dos mamilos. Todos sabemos que é socialmente aceite os homens andarem de tronco descoberto, e tal não é visto como algo obsceno ou indecente. Já com as mulheres, algo muito diferente se sucede. A figura feminina é tão excessivamente sexualizada que o simples ato de retirar uma camisola e descobrir o peito, tal como um homem faria, é obsceno. E cada vez mais o é. É apreciada a figura de uma mulher de roupas justas, ou com o corpo quase descoberto. Porém, para efeitos sociais, tal é considerado indecente. 
Quanto às redes sociais, é evidente a dualidade de critérios entre exposição feminina e masculina. Relembremos como a foto de Justin Bieber nu, virado de costas para a câmara, motivou comentários em grande parte positivos. Já a foto de Demi Lovato de bralette estava repleta de comentários vis e insultuosos, não só focados na roupa que tinha vestida, como no excesso ou falta (ele há gostos para tudo!) de maquilhagem, no seu peso, no penteado...

Uma mulher nunca está certa, nunca é humilde ou confiante o suficiente. No entanto um homem pode expor-se de qualquer modo, “está no seu direito” e todos assentimos. Cada vez mais há um sentido de posse sobre o corpo feminino, que parece pertencer a toda a gente menos à(s) sua(s) própria(s) dona(s). Ou seja, retomando a ideia de Berger, a exposição de uma mulher só é aceite quando é para o benefício de um homem, e ainda assim é criticada. Até quando?

Deixo-vos apenas com esta reflexão e votos de um excelente fim-de-semana!

- Ângela Baltazar, 150871

Ilusão publicitária

Boa tarde colegas,
Na aula de ontem foi discutido o modo como a publicidade utiliza as sensações primárias do ser humano para vender. Decidi escrever este post para falar mais um pouco sobre este assunto e sobre a maneira como somos enganados pela publicidade!
No mundo publicitário a linha entre o que é verdadeiro e falso é muito ténue. Temos consciência de que as ofertas publicitárias estão inseridas num mundo de faz-de-conta, em que todas as pessoas são maravilhosas e não existem problemas. Como sabemos isto é um universo utópico; no entanto, embora tenhamos consciência disso, continuamos a ser convencidos a comprar determinados produtos.
Porque que razão? As técnicas utilizadas na publicidade fazem com que inconscientemente o público tenha a necessidade de comprar o produto anunciado. Partilho convosco um vídeo de um anúncio já antigo (anos 1970) que mostra como o humor também é uma técnicas publicitária.


Já pensaram porque é este anúncio tão alegre e chamativo? Porque um dos maiores público-alvo da publicidade são as crianças. Toda a estrutura do anúncio se assemelha a desenhos animados, e o facto de a mensagem ser musicada também faz com que a criança fique cativada e queira aquele produto, pedindo aos pais para o comprar. Porém, se ouvirmos com atenção reparamos são dados exemplos de onde o produto poderá ser utilizado, explicando aos pais a razão de este produto ser uma boa opção de compra. Ou seja, num só anúncio são visados dois públicos-alvo.

Antes de terminar o meu post quero ainda compartilhar outros dois vídeos acerca de fotografia de alimentos, que mostram a diferença abismal entre o que é comido e o que vemos.


Na maioria dos anúncios a comida são utilizadas substâncias que nem sequer são comestíveis. Para mais, vale avpena relembrar que o marketing não está só na montagem das fotografias, mas também na época do ano em que as campanhas circulam. Já repararam que a publicidade a cervejas, gelados, comprimidos para emagrecer entre outras coisas só aparece no verão? E que os chás, perfumes, e chocolates são uma constante no inverno? Também isto é uma estratégia ligada ao desejo do ser humano e ao que este quer ser ou ter em cada altura do ano.

Obrigada por lerem e até quarta😊

Inês Fonseca 153674

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Imagem publicitária vs. realidade

Boa tarde colegas,
Na aula desta manhã, falámos da manipulação da imagem, nomeadamente da comida, e no facto de a publicidade por vezes fazer referência à pintura a óleo, porque ambas procuram estimular os sentidos, evocando qualidades como a textura dos objetos representados. Lembrei-me de um vídeo que vi há uns tempos no Twitter e que decidi partilhar.
(https://www.youtube.com/watch?v=m5hrpdoHpB8&t=1s)

Vemos aqui algumas das estratégias adotadas pelas indústrias publicitárias para tornar os produtos que vendem mais apelativos. Desde o famoso hambúrguer, falado em aula, passando pela sopa, até às panquecas, são utilizados diversos elementos que são tudo menos produtos alimentares! Partilho este vídeo com o intuito de vermos o contraste entre a imagem produzida e a realidade vendida nas lojas.... É curioso ver como a imagem nem sempre corresponde à realidade.
Bom fim de semana, até quarta,

Micaela Henriques Nº153621

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Moda: Forma de expressão ou de destruição?

Boa tarde colegas,
Um dos temos abordados na aula de hoje foi como a moda se tornou uma das indústrias que mais espelha o consumismo absurdo da nossa sociedade. A maioria de nós vê as roupas como uma forma de expressão, de caracterização e de externalização do "eu". Eu sou apologista desta ideia e penso que a moda é um dos fatores de individualização mais importantes.
Porém, as roupas têm-se tornado cada vez mais descartáveis ("fast fashion"). As "modas" mudam todos os anos, várias vezes por ano e a indústria impõe ao consumidor passivo uma ideia de que, se não usar um certo estilo de roupa, não será “trendy”.  
Em termos ecológicos, a indústria da moda está entre aquelas que mais contribui para a emissão dos gases de efeito estufa, a poluição dos rios, dos solos e do ar. E em termos sociais, nas maioria das “sweatshops” os salários são abaixo do mínimo considerado digno para a sobrevivência.

 
De facto, são dados assustadores e nós, como consumidores, precisamos de tomar a iniciativa de mudar esta realidade!
Deixo aqui algumas sugestões:
·         Reduzir a quantidade de roupa que compramos;
·         Comprar roupa em segunda mão;
·         Comprar em lojas que utilizam materiais sustentáveis e locais...
Deixo os link de um artigo com mais informação sobre a indústria da moda e da Humana, uma associação humanitária e a principal loja lisboeta de roupa em segunda-mão.

Obrigada pelo vosso tempo e até sexta!
Beatriz Bibas Silva

Minimalismo: a arte de ser feliz com menos

Olá colegas!
O conceito de sustentabilidade e o caráter consumista da nossa sociedade têm sido duas temáticas recorrentes nas aulas de Cultura Visual. Neste sentido, apresento-vos uma TED Talk que, discutindo um modo de vida alternativo, o minimalismo, pode abrir discussões e reflexões face aos dois tópicos mencionados.


Conhecidos como The Minimalists, Joshua Fields Millburn e Ryan Nicodemus além de apresentarem o conceito de minimalismo, retratam a sua experiência pessoal entre os dois polos: o consumismo extremo e a adoção do minimalismo enquanto estilo de vida. É desta transformação radical que surge a expressão que dá titulo ao vídeo: "The Art of Letting Go".
O trabalho da dupla inclui um documentário e quatro livros (com cerca de 4 milhões de vendas), cujo sucesso é notável. Os mais interessados podem também visitar o website http://theminimalists.com para mais informações.

Decidi partilhar esta apresentação, pois acredito que nos oferece novas perspetivas relativamente à nossa forma de ver o mundo e, simultaneamente, dá resposta a questões extremamente pertinentes como: Será que podemos ser felizes com menos? É possível viver uma vida com significado se nos desprendermos dos nossos bens materiais?
                                                                                                                              Daniel Bento - 151219