Hoje, em honra do Dia Mundial do Teatro, trago um artista que me é muito querido, e um nome emergente do teatro nacional — André Amálio, ator, dramaturgo e encenador.
Este criador tem vindo a desenvolver um trabalho que nos convida a repensar a história de Portugal, sendo a sua máxima de trabalho — "Repor a verdade sobre o colonialismo português". O trabalho que tem desenvolvido sobre este tema perfaz uma tetralogia, em que que cada uma das peças se debruça sobre uma faceta do colonialismo português e dos discursos em torno deste, tal como as suas consequências sociais, culturais e políticas. Os títulos de cada uma das peças indiciam já algumas ideias com as quais, provavelmente, já nos confrontámos: Portugal (não) é um país pequeno; Passa-porte; Libertação e Amores Pós-Coloniais. Aqui podem ver o trailer da primeira peça e outras informações sobre este criador.
André Amálio decidiu contar estas histórias exatamente porque constatou que os livros de História, do nosso ensino, desde o primário ao secundário, transmitem aos alunos uma narrativa que percebeu ser ideologicamente carregada, a ponto de não sabermos realmente a verdade sobre a história. De que modo é que os mitos do regime continuam a pesar na sociedade portuguesa; como é que a História é branqueada para transmitir uma ideia que glorifica ainda os Descobrimentos portugueses, escondendo todas as suas consequências e as atrocidades cometidas; quais foram as consequências reais da nossa presença nas colónias e da sua libertação tão tardia (não esquecer que fomos a nação que manteve colónias durante mais tempo, cerca de 500 anos) são algumas das questões que coloca. E são questões que nos obrigam a confrontar aquilo que ignoramos, que escolhemos não ver e que, além disso, também não nos é permitido ver, a nível institucional. E creio ser necessário constatar estas realidades, muitas vezes duras, através das críticas que começam a surgir em relação à temática, pela mão de artistas como André e muitos outros, no cinema, na música, etc.
As diferentes histórias que conta confrontam-nos em primeira mão com as visões que apoiam estas ideologias, visões que nos dão conta daquilo que já está de tal modo entranhado na nossa vivência que não nos apercebemos sequer da forma estrutural como estes mitos do chamado "lusotropicalismo", dos brandos costumes e de sermos colonizadores que, "ao contrário dos outros", desenvolveram uma boa relação com Angola ou com Moçambique, penetraram no nosso modo de estar enquanto portugueses. E são mesmo histórias reais, visto que o seu trabalho se insere no género de teatro documental, e todo o material que aparece em cena é recolhido e analisado a partir de depoimentos, muitas vezes citados diretamente em palco.
Estes confrontam-nos muitas vezes de modo brusco e chocante com a forma como nem nos apercebemos que perpetuamos determinados comportamentos, coisas pequenas como a nossa "grande" música candidata à Eurovisão 1989, "Conquistador", que aparece logo na primeira peça da tetralogia. Por outro lado, estes relatos geram também um efeito curioso na audiência, a que o próprio se refere e que eu mesma já tive a honra de presenciar — geram uma vontade contagiante de partilhar as nossas próprias histórias, juntar o nosso depoimento àqueles que são lidos, ouvidos e projetados durante as performances. Porque afinal, se estamos a branquear a História deste modo, milhares de vozes não são ouvidas, vozes que foram sendo esquecidas com o passar dos anos, escondidas e votadas ao silêncio.
Está nas nossas mãos, com o acesso que temos à informação no presente, e com o auxílio do engenho criativo e coragem de alguns artistas como André Amálio, procurarmos refletir sobre estas questões e perceber o modo como a educação molda a nossa mundivisão e nos marca ideologicamente. E se existem artistas que deliberadamente se dirigem à comunidade, para com ela investigar as suas histórias e aceder a essa memória histórica coletiva (portuguesa, angolana, moçambicana...), para recriar o nosso modo de ver e pensar o mundo, democratizando a arte neste processo, não será nossa responsabilidade agarrarmos esta cidadania plena e informada, para podermos agir mais livremente?
Deixo-vos com a página da companhia de André Amálio e da sua companheira, Tereza Havlíčková, Hotel Europa, caso tenham interesse em saber mais sobre as peças e o trabalho continuado que estão a desenvolver. Deixo o convite para as suas próximas produções este ano: em setembro, estreiam a peça Os Filhos do Colonialismo, que certamente tocará temas marcantes para a grande maioria da turma; em Outubro, O Fim do Colonialismo Português, uma performance que dura 13 horas, evocando os 13 anos da Guerra Colonial.
Com a aproximação do mês de abril achei importante partilhar mais
informações sobre o autismo, cujo dia internacional é 2 de abril. Também conhecido como Transtorno do Espectro do Autismo,
esta doença afeta mais de 70 milhões de pessoas e, consequentemente, as suas
famílias. As pessoas por ela afetadas interpretam o mundo de uma forma
singular, prestando atenção a detalhes que provavelmente escapariam ao
indivíduo comum, como é exposto no vídeo, sendo denominados como seres com “um tipo de
brilho diferente”.
Durante toda a minha vida ouvi falar
sobre autismo como algo muito vago ou longe, desde piadas de mau gosto a
controvérsias sobre vacinar ou não os filhos, mas esta causa nunca me havia
originado tanto interesse, visto que nunca tinha estado em contacto direto com
alguém dentro do espectro.
O meu interesse foi primeiramente
despertado quando vi o filme Um rapaz
chamado Po (2016) (podem ver alguns minutos do filme aqui), realizado por John Asher, explorando a vida de um pai viúvo que
tenta auxiliar o filho com autismo. Para além de uma realização magnífica, este
filme consegue transmitir o sofrimento e a impotência sentidos por um pai incapaz
de comunicar com o filho. A forma como a ação se desenrola criou em mim uma
grande empatia (chorei imenso durante o filme!), que me levou a imaginar como
seria estar no lugar daquele pai fictício; ainda para mais, sabendo que esta é
uma realidade vivida em muitas famílias. O filme expõe não só o olhar de Po
que, de um modo muito verosímil, parte da realidade para criar lugares e amigos
imaginários, como ainda os problemas que isto implica e as dificuldades vividas
para os ultrapassar.
Após ver o filme, fui imediatamente
pesquisar mais sobre a doença para perceber como poderia ajudar. Descobri que o
mês de abril é dedicado à promoção da consciencialização do autismo já há 12
anos. Foi criado o hashtag #LightItUpBlue, sendo o azul a cor representativa da causa. Para trazer mais reconhecimento e
criar maior aceitação para a doença, as pessoas vestem-se de azul, participam
em caminhadas e corridas, fazem doações monetárias e alguns monumentos são
iluminados de azul, um pouco por todo o mundo.
Em Portugal, a corrida e a caminhada realizadas anualmente vão ter lugar na cidade do Porto, dia 7 de abril de 2019. Sigam este link para mais informações sobre a inscrição.
Penso que muitos de vós já viram esta publicidade,
contudo decidi mesmo assim partilhá-la, visto que a considero oportuna no momento e no mundo que vivemos, hoje.
A Gillette, uma marca conhecida por todos
nós, lançou no início deste ano, 2019, uma publicidade que vai totalmente contra
aquilo que, infelizmente, estamos habituados a ver. Numa brincadeira com o seu slogan
“The Best Man can Get”a marca decidiu
promover, no seu aniversário de trinta anos, o fim da masculinidade tóxica. É verdade,
felizmente, nem todas as marcas contribuem para perpetuar comportamentos negativos,
que não só prejudicam mulheres, como também os próprios homens.
Em baixo, encontra-se, pois, a fantástica
publicidade, que nos demonstra como os próprios homens
devem e podem acabar com o seu comportamento violento.
Como temos visto, todas as marcas promovem, mais do que
um produto, um estilo de vida, refletindo e, em simultâneo, moldando os valores dos seus consumidores. Neste caso, é ver como a marca arrisca
as suas próprias vendas ao fazer uma publicidade tão diferente, que afronta diretamente os comportamentos machistas.
Porém, apesar de ser uma boa publicidade,
o objetivo da venda permanece, pois foi revelado que, afinal, mais de 50% dos consumidores dos produtos da Gillette
são mulheres! Então esta camapnha publicidade está a tentar acabar com a masculinidade
tóxica ou a vender o ideal
de homem que a mulher, que normalmente faz as compras para a família, sonha ter?
É interessante ver como o discurso publicitário tem
realmente o poder de moldar a forma como todos nós olhamos para e agimos sobre o mundo. Mas o que estará efetivamente por detrás de campanhas como esta, que procuram gerar polémica e, assim, mais publicidade gratuita? É chocante, e todavia importante, compreendermos que até mesmo num anúncio tão ativista como este há sempre uma razão subjacente menos nobre — aumentar as vendas e o lucro da companhia.
A forma como
vemos as coisas determina a nossa presença no mundo. Tal como afirma John Berger “olhar é
um acto de escolha”. Proponho, então, uma análise do vídeo “This is
America”, de Donald Glover, Aka, Childish Gambino.
A música e o
respetivo videoclipe saíram em 2018 e foram ambos caricaturados, gerando imensa polémica. O artista foi alvo de troça e penso que o
seu objetivo tenha passado completamente ao lado para as audiências que
assistiram ao vídeo.
A narrativa deste vídeo começa com uma figura de raça
negra a tocar guitarra, aludindo à música tradicional que se ouve enquanto a
imagem é mostrada. É engraçado de notar que a figura da guitarra e o protagonista (em segundo plano) se encontram
nas zonas sombreadas do plano, enquanto que o espaço iluminado está vazias.
As roupas destas duas
figuras são relevantes, principalmente a de Childish
Gambino, cujas calças aludem à farda dos soldados do Norte, na Guerra Civil Americana, e o colar à cultura gangster.
Gambino também hiperboliza as suas poses e expressões faciais, de um modo caricatural, que recria as imagens racistas dos afro-americanos.
Esta pose, por exemplo, alude à caricatura à sua direita, realizada cerca de 1832, para ilustrar a música "Jim Crow", que viria a dar nome às leis segregacionistas passadas em vários estados do Sul, após o fim da Guerra Civil. Eis aqui outro frame em que Gambino replica uma imagem caricaturada do homem negro.
Por outro lado, o cantor também encarna o estereótipo do do homem branco que sai sempre ileso dos crimes que comete.
No entanto, a parte que para mim é mais forte é a cena da igreja, onde vemos um coro gospel a atuar momentos antes de sofrer um massacre. Isto é referente a um massacre real que foi realizado por um jovem branco numa igreja afro-americana, em 2015. Após realizar o tiroteio, o "criminoso" sai de cena a dançar, enquanto várias personagens correm na direção do crime. A repetição constante do título da música remete para a visão estereotipada do que é a cultura norte-americana. O facto de ele também afirmar que é "bonito" alude ao facto de o homem branco sair ileso dos seus crimes pela sua cor de pele ("Look how I'm geekin' out/ I'm so fitted/ I'm on Gucci/ I'm so pretty")
Quando Gambino faz esta pose, há um silêncio de 17 segundos. Isto remete para um outro tiroteio escolar, do qual resultaram dezassete mortos. Logo a seguir, ele segura um cigarro e acende-o, tentando com isso mostrar que "a vida continua" e que não devemos ficar preocupados com o que aconteceu no passado pois "isto é a América", um país onde a violência se banalizou.
A penúltima cena deste vídeo é passada num espaço cheio de carros antigos, e a nossa personagem principal dança em cima de um deles, aludindo a Michael Jackson. É ainda de notar que muitos dos movimentos executados pelo protagonista têm origem em coreografias de hip-hop ou em danças tradicionais africanas.
Por fim, encontramos o Childish Gambino a encarar a sua própria pessoa, o homem afro-americano em fuga.
Quero então concluir que nem tudo o que vemos é aquilo para que olhamos e, que muitas vezes escolhemos o que ver, fazendo uma interpretação falsa ou conveniente do que está à nossa volta. Espero que tenham gostado do post e vemo-nos quarta!
Bibliografia
Khal,
“The Real Meaning Behind Childish Gambino’s ‘This is America’”
A forma como a publicidade nos
influencia tem sido um tema tratado ao longo de todo o semestre.
Todavia, já repararam que desde pequenos somos levados a consumir de forma desenfreada,
sem se quer nos apercebermos disso?
Trago aqui, como exemplo, algumas
séries (infelizmente não consegui encontrar os vídeos na língua original, apenas
a versão dobrada em português do Brasil) que fizeram parte da minha infância, e
muito provavelmente da vossa.
Primeiramente, vou focar-me na série Zack e Cody: Todos a Bordo. Uma das duplas cómicas desta série é constituída por London e Bailey, duas personagens femininas radicalmente diferentes. No episódio 12 da 2ª temporada, há um concurso de beleza, onde, numa das etapas, as concorrentes têm de demonstrar o seu talento.
Bailey escolheu demonstrar a sua inteligência apresentando uma forma de melhorar o mundo. Atentemos agora na performance de London.
Notaram a diferença? Enquanto Bailey foi considerada aborrecida, Londonfoi aplaudida de pé devido ao seu "talento".
Ao rever este episódio comecei a refletir sobre o modo como a identidade feminina é moldada através do constante apelo ao consumo, sendo que a inteligência é preterida em relação à sensualidade.
Chegando ao fim deste episódio questionei-me se seria apenas nesta série que esta situação ocorria e então decidi alargar a minha pesquisa.
Descobri então outro exemplo de como a identidade das personagens é moldada pelos seus bens, e as figuras femininas mais inteligentes provocam o riso (i.e., são depreciadas), como se vê no episódio 1 da temporada 4 de Hannah Montana, quando Miley (a personagem principal) e Lily (a sua melhor amiga) veem o novo quarto da primeira, após a família ter mudado de casa.
Como se vê neste fragmento, o real problema das duas amigas prende-se com o medo de alguém da escola ver o quarto e as rejeitar, fazendo com que percam o seu estatuto.
O objetivo deste post não é denegrir estas séries, pois apesar de tudo continuo a achá-las engraçadas. O objetivo é demonstrar que nas narrativas que as crianças consomem como fonte de entretenimento podem estar "escondidas" questões mais complexas. Ao verem a série as crianças ambicionam tornar-se como as personagens que tanto admiram, e para isso terão de consumir muito e focarem a sua energia não em cultivar a inteligência, mas a sensualidade e a popularidade entre os seus pares.
Nas nossas aulas o poder da internet enquanto instrumento político é um tema recorrente e tenho visto ultimamente
vários exemplos que o comprovame. Mais do que um local para partilharmos
fotos, para comunicarmos com aqueles que conhecemos ou encontrar novos amigosr,
a internet é também uma plataforma que pode servir para maravilhas
como esta que convosco partilho: muitos são os Challenges
que conhecemos, uns melhores do que outros, e este é de certeza um dos melhores
que já se viu.
Por iniciativa de um rapaz, de nome Roman, muitos foram os locais do nosso planeta que, desde 5 de março, estão mais verdes, mais limpos e mais saudáveis.O #TrashTag Challenge, como
refere o jornal Público, é um desafio em que: “Primeiro, encontras um sítio
que precise de ser limpo e tiras uma fotografia. Depois, pegas em alguns sacos
e “perdes” alguns minutos a limpá-lo. No fim, tiras uma foto do mesmo sítio
após a tua intervenção e partilhas nas redes sociais o antes e o depois. São
estes os passos que precisas de dar para participares no novo desafio da
Internet”.
"Aqui está um novo desafio para todos
os adolescentes aborrecidos”, escreveu Byron Román no Facebook, chamando a
atenção mundial para a necessidade de termos um planeta mais limpo. Com mais de 331 mil partilhas e quase um milhão de reações, a
publicação de Román deu uma nova vida ao desafio lançado em 2015 pela UCO
Gear, uma empresa de produtos de campismo. “Este é um movimento para inspirar
as pessoas a serem melhores para o ambiente”, disse Craig Frazee, da UCO, à
CNN”.
Deixo-vos em anexo algumas das fotos
tiradas por pessoas que se sentiram desafiadas e não resistiram em deixar uma parte
do planeta mais limpa!
A mudança é possível, este é só mais um exemplo de que uma ação que
parece pequena, mas pode e mudar o mundo!
Em relação ao que referi no post anterior, gostava apenas de voltar a sublinhar a importância de (re)criarmos as estratégias de representação do nosso corpo enquanto mulheres e homens contemporâneos.
Em contraste com o modo repugnante como são utilizados os corpos na publicidade, enquanto veículos de significado para que compremos um produto, existem outras realidades, como recordo sempre que me cruzo com o explosivo fenómeno da "spoken word poetry", no qual se destaca o ativismo de várias.
Partilho um exemplo, integrado numa TED Talk, da poetisa Rupi Kaur, que apesar de extremamente duro (e aviso desde já que descreve uma história de abuso sexual), nos encoraja a reclamar para nós mesmas (e mesmos) o nosso corpo e as suas representações. O convite é reescrever o modo como nos relacionamos com o corpo, numa cultura que promove o descontentamento constante e uma série de paradigmas tóxicos sobre o que deve, ou não, ser a figura feminina e a figura masculina.
Espero que possamos, aos poucos, começar a repensar e reinscrever o modo como vemos o(s) corpo(s) reclamando-o(s) criativamente, seja através de poesia, de elementos visuais ou de tudo aquilo de que nos pudermos servir para realizar o nosso ativismo, descobrindo como podemos agir no mundo.
Sendo esta uma temática que tem vindo a surgir repetidamente nas nossas aulas, penso que estamos conscientes e capazes de detetar o modo como a figura feminina é reificada. Perante um modo de ver que coloca a mulher como objeto de um olhar preador, e não como agente, percebemos a afirmação de John Berger no terceiro capítulo de Modos de ver — "a presença social da mulher é de um tipo diferente da do homem" (59).
A propósito deste capítulo, e desta afirmação, relembrei-me de um ensaio de Griselda Pollock, com o qual já me havia cruzado repetidamente (porque é mesmo muito interessante), intitulado "Modernity and Spaces of Femininity", disponível aqui (ou, caso desejem uma versão em português, disponível na biblioteca da faculdade, integrado na antologia crítica Género, Cultura Visual e Performance, organizada por Ana Gabriela Macedo, uma obra que contém, além deste, muito mais ensaios igualmente interessantes para pensarmos o modo como percebemos a nossa cultura e o lugar da mulher na mesma).
Pollock retrata os espaços e os limites impostos às mulheres no período do Modernismo, tanto a nível físico como a nível simbólico e de possibilidades de representação. Este último aspeto é curioso, visto que demonstra o modo como uma mundivisão e o paradigma patriarcal delimitam não só os espaços físicos onde é expectável que uma mulher circule, como ainda a criação de imagens.
A História da Arte eliminou a presença da mulher, reduzindo a sua narrativa aos espaços masculinos e a sua presença a musa, retirando-lhe assim a possibilidade de agenciamento. É, aliás, preocupante verificar que esta tradição se mantém viva na publicidade, como tivemos oportunidade de ler no post anterior, da colega Micaela Henriques. O ensaio de Pollock sublinha que este processo de desempoderamento foi calculado, através da afirmação do olhar masculino ("male gaze") e da negação do olhar feminino ("female gaze"), tanto a nível das possibilidades de representação como dos relacionamentos interpessoais.
Ainda que apresentando uma análise que pretende inscrever uma perspetiva feminista na história da arte modernista (e convenhamos que até a necessidade de o fazer é indicativo de uma história que tem vindo a ser construída por um modo de ver muito especifico), a autora estende o seu argumento para além dos limites da arte, alargando a sua conclusão para afirmar que a nossa cultura visual continua a ser um espaço absolutamente minado por estes paradigmas de género, que por sua vez tornam os espaços que habitamos locais de permanente reificação e perigo. Relembra-nos, assim, da necessidade de adquirirmos esta consciência e mantermos um olhar crítico constantemente treinado para analisarmos as representações que nos são apresentadas, para que possamos descobrir modelos alternativos de inscrevermos o nosso corpo na cultura e na história e descobrir possibilidades de agir neste mundo.
Ana Teresa Fernández, Untitled (Performance documentation). Fonte.
Além disso, e numa nota à parte, considero que tanto o próprio ensaio como a totalidade da antologia crítica em que se insere na tradução, nos recordam da importância de olharmos criticamente, incluindo também as fontes bibliográficas que consultamos, de modo a incluirmos investigação feita por mulheres; até que ponto esta não é esquecida, do mesmo modo que a pintura desaparece na História, por via do nosso enquadramento cultural?
A nossa aula da passada quarta-feira, dia
13 de março, despertou em mim uma sensação que, infelizmente, já antes senti, pois tivemos a oportunidade de levar com uma lufada de realidade
que nos despertou para as questões da representação do género nos anúncios
publicitários. A conversa e as questões que tivemos evocaram em mim o momento em
que me apercebi o quão sexista, violenta e nojenta a publicidade consegue ser quando
se aproveita de mulheres e as torna num objeto descartável, numa mercadoria, num
boneco.
Foi no primeiro semestre deste ano letivo
de 2019 que uma outra professora da nossa faculdade me despertou para
a gravidade da violência contra o corpo da mulher. Por se tratar de uma professora
italiana, a publicidade que aqui vou reproduzir é italiana; contudo, como vimos na aula,
em Portugal também circula este tipo de lixo.
Os textos publicitários que se encontram
neste post vão desde a perpetuação
de estereótipos de género, relativamente às funções sociais que as mulheres desempenham, por exemplo,
até à comparação da mulher com um animal, demonstrando quão maltratadas somos na nossa sociedade.
Nos dois textos acima, que são para publicitar
a mesma empresa de serviços, é feita uma comparação entre a mulher do início do
século XX e a mulher de hoje. O intuito desta empresa é publicitar a energia elétrica,
equivalendo, por isso, à nossa EDP, pelo que o que a publicidade transmite é que
a mulher mudou de energia, mas continua a ser a mesma, estando escrito no cartaz
“a energia muda, mas a história é sempre a mesma”. Neste anúncio há claramente uma
perpetuação do estereótipo de que a função da mulher é fazer as tarefas domésticas,
servindo o homem. Note-se que ao contrário das próximas publicidades, nesta as mulheres
apresentadas são já pertencentes a uma faixa etária elevada, possivelmente entre
os 65-80, ao contrário das próximas, em que são todas jovens, dando a entender que, quando idosa, a mulher serve o homem nas tarefas domésticas, mas enquanto jovem serve-o
sexualmente.
Para além disso, o discurso publicitário incentiva também à violência contra a mulher. Num anúncio de panos,
como o de cima, a ideia é que a qualidade do produto é tal que este consegue limpar até os vestígios
de um ato de violência sexual, provavelmente uma violação. Este tipo de comportamentos é não só desculpado, como também incentivado, validado pelas narrativas implícitas na publicidade, tal como mostra o seguinte exemplo de uma campanha que se tornou muito polémica por glamourizar o gang rape.
Nos exemplos seguintes, a mulher é comparada
a um animal que se encontra embalado, na primeira foto, e cozinhado, na segunda imagem.
No primeiro anúncio é publicitado um serviço que nada tem que ver com a mulher e
esta não só é colocada como cara deste anúncio como é violentamente comparada a um bife pronto a ser consumido. No segundo caso,
que publicita um restaurante, a imagem da mulher é equiparada à de um porco no forno,
o que, a menos que o restaurante venda carne humana, é completamente ridículo e lamentável.
Porém, a ideia mencionada na aula de que a mulher serve para "ser comida" não se fica por aqui. Nos três anúncios publicitários abaixo, os produtos alimentares encontram-se não só posicionados em zonais genitais, como ainda por cima vendem a ideia de que o produto é tão bom, saberá tão bem como fazer sexo. O iogurte encontra-se junto às nádegas da mulher, que são comparadas a fruta. O gelado promove-se como se de seios se tratasse e o vinho é para ser degustado como se fosse uma vagina. A forma como a mulher, que raramente tem um rosto, é retirada da espécie humana, e representada como um mero corpo de prazer é escandalosa.
Além do uso violento e repugnante do corpo da mulher, promovendo o abuso
sexual do corpo feminino, também se denigre a imagem da mulher
enquanto ser reprodutor, que menstrua, através do símbolo de uma companhia cinematográfica conhecida por ter como símbolo
um leão (a Metro Goldwyn Mayer). Neste caso o anúncio pretende demonstrar que uma mulher menstruada se torna uma fera indomável, com o objetivo de vender
um alívio para a dor, ou seja, um meio de a mulher ser dominada.
Enquanto mulher, este tipo de texto publicitário
revolta-me, choca-me e deixa-me imensamente desconfortável. Efetivamente, não acredito que tenha de ser a única pessoa a fazer as tarefas domésticas, não me considero um
mero objeto sexual ao serviço do prazer masculino, não sou um animal pronto a comer nem gosto de ser dominada, desrespeitada e abusada.
A perpetuação do machismo tóxico na nossa sociedade é gritante, está ao nosso redor,
debaixo dos nossos narizes todos os dias e nós não temos
de aceitar este tipo de textos. Na Itália, pelo que me recordo da apresentação da
professora, as mulheres aceitam e consideram este tipo de texto normal, não vêm os
problemas deste tipo de texto. Felizmente em Portugal, este tipo de representação não é tão explícito; no entanto, as representações sexistas da mulher persistem. Cabe-nos a nós mulheres, dizermos basta!
Hoje trago-vos um vídeo acerca de um tema bastante recorrente nas nossas aulas: as alterações climáticas e o estado cada vez mais decadente em que se encontra o nosso planeta. Neste vídeo ouvimos Greta Thunberg,uma jovem sueca que, em agosto de 2018, começou uma greve com repercussão por todo o mundo, poucos meses depois.
Esta jovem recusou ir à escola sexta-feira, para ficar sentada à frente do Parlamento sueco, como forma de protestar contra a falta de ação do governo perante as
alterações climáticas no nosso planeta. Conseguiu, depois, juntar amigos à causa, e, em pouco tempo, este movimento ganhou uma dimensão incrível. Greta é apenas uma criança, com mais consciência e maturidade do que muitos
adultos, porém, e afirma que nunca somos pequenos demais, para fazer a diferença. Neste discurso que aqui podem ouvir, esta jovem ativista fala-nos do sacrifício que o planeta Terra tem de fazer, todos os dias, para
que diversos países, incluindo a Suécia, possam viver luxuosamente. Aponta ainda para a hipocrisia do governo, que defende que as
crianças são o mais importante, mas que destrói sistematicamente o seu
futuro.
Logo em dezembro de 2018, este movimento chegou a mais de 270 cidades do mundo. Em fevereiro de 2019 vários cientistas juntaram-se à causa. Agora em março os protestos voltam em força e, na sequência do que diz o post anterior, amanhã, vão ocorrer manifestações globais, incluindo no nosso país. A "Grande Mudança", de
que falam Joanna Macy e Chris Johnstone em “Three Stories of our time”, parece
estar finalmente a acontecer.
O futuro começa agora, enquanto ainda há hipótese de agir e
de mudar de rumo. As desculpas têm de acabar, porque o tempo não para. Greta é a prova viva de que, apenas com pequenos gestos, podemos e devemos tornar o mundo num sítio melhor.
No contexto das temáticas ativististas já abordadas na aula, serve esta mensagem para avisar que amanhã decorrerá a Greve Climática Estudantil com marcha a partir do Largo Camões às 10:30h.
Como sabemos, a preocupação com as alterações climáticas do nosso planeta é crescente entre todos. Por isso, é hora de agir. Hora de deixar de ser ativistas de sofá e sair à rua.
Recomendo a todos e todas a participar (nem que seja passar) nesta marcha que procura chamar a atenção da população para as mudanças necessárias para a inversão do destino para o qual caminhamos.
A quem decidir participar, pede-se também que faça os professores das aulas a que vai faltar saber da razão da ausência. Pois isto não é uma desculpa para "baldar" às aulas, mas sim um chamamento de atenção que visa englobar todos.
Para quem quiser também, hoje das 18h às 20h (talvez até mais tarde) o Núcleo do Ambiente da Faculdade de Letras estará na associação de estudantes a preparar cartazes e etc para a manifestação. Sintam-se à vontade para aparecer e fazer um cartaz ou simplesmente informar-se sobre estas questões.
Olá colegas! Inspirei-me na nossa última aula para fazer este post,
visto que mencionámos Joanna Macy e o seu trabalho como ativista. Nela vimos um vídeo em que Macy discursava, numa manifestação — a March for Nuclear Abolition & Global Survival, que se realizou a 6
de agosto, de 2018. Este foi um movimento de protesto pacífico, que evocou os ataques a Hiroshima e Nagasaki, de que irei falar mais à frente.
Atualmente, existe um grande número de
países que trabalha com energia nuclear,
como é caso dos EUA, que origina a produção de lixo tóxico,
prejudicial para o meio ambiente e para a vida. Esta tecnologia foi também usada para fazer armas mortíferas que já tiraram a vida a milhares de pessoas e afetaram muitas outras. Macy
critica o uso de armas deste tipo e a destruição maciça que causam, mencionando
também que é necessário prevenir uma possível guerra nuclear. Como fazer isto?
Unindo-nos e criando um movimento de protesto, pois as pessoas,
segundo as palavras da ativista, funcionam como uma “cola”. Elas podem manter o
mundo unido, desde que estejam juntas e escolham colaborar entre si. Macy também
menciona que se pode fazer diferença, por mais pequena que seja, bastando
começar pela nossa comunidade ou família, pelos nossos amigos ou colegas de trabalho.
De momento, cresce um
desejo coletivo de justiça climática e pretende-se encontrar um equilíbrio no mundo. O planeta não pode continuar a ser sacrificado, tanto a nível dos ecossistemas naturais como das comunidades humanas, para que um pequeno grupo possa
enriquecer e viver no seu pedestal de egoísmo e hipocrisia. Cada vez mais se
“rouba” o futuro às gerações mais novas — a mim e vocês, a crianças na escola, a
bebés, a outros que estão por nascer. Este sistema vai ter de mudar, pois
estamos a ir por um caminho de autodestruição e o ser humano está a tornar o
planeta inabitável. Para terminar esta linha de pensamento, acabo com a frase de Macy que mais me tocou: “a mudança
vem, quer queiramos ou não”.
Já aconteceram vários desastres nucleares, como é
o caso de Chernobyl e de Fukushima, ambos considerados de enorme gravidade (como podemos ver na escala abaixo apresentada), não só para
o meio envolvente como para o planeta em geral. O primeiro ocorreu a 26
de abril de 1986, na cidade de Pripyat, atual Ucrânia (que na altura fazia
parte da U.R.S.S.). Houve uma explosão e um incêndio, lançando na atmosfera grandes quantidades de partículas radioativas que se espalharam pela Europa e pela Ásia, chegando até ao continente americano. Foram várias as mortes imediatas que se deram com a explosão e incêndio do reator; o facto de milhares de pessoas serem expostas à radiação provocou inúmeros problemas de saúde. Atualmente, a cidade encontra-se praticamente sem habitantes e o risco
de radiotividade ainda elevado.
A Escala Internacional de Acidentes Nucleares, sendo que os desastres de Chernobyl e Fukushima são considerados de nível a 6 a 7.
A cidade fantasma de Pripyat, atualmente.
O acidente de Fukushima,
em Ōkuma (Japão), aconteceu a 11 de março de 2011, sendo provocado pela combinação de um
terramoto e um tsunami. O desastre em si, não provocou nenhuma morte, que se saiba,
porém foram várias as pessoas que ficaram expostas a resíduos tóxicos, não de
forma tão agressiva como em Chernobyl. As águas junto à cidade acabaram
por ficar contaminadas, sendo que ainda hoje se fazem limpezas na zona. Houve,
contudo, quem tenha falecido, mas em consequência dos desastres naturais. Tal como
em Pripyat, Ōkuma foi evacuada, sendo também atualmente uma cidade-fantasma; contudo
houve quem tenha regressado à cidade após o acontecimento.
Cães vadios lutam nas ruas desertas de Ōkuma.
Hoje sabe-se que
estas instituições não tinham capacidade ou segurança para lidar com situações
destas, sendo que a falta de vigilância também será uma das prováveis causas destes desastres. Contudo, como sabemos as armas nucleares foram intencionalmente usadas pelos E.U.A. durante a 2ª Guerra Mundial
(1939-1945). Os bombardeamentos atómicos das cidades de Hiroshima e Nagasaki
(Japão), a 6 e 9 de agosto de 1945, respetivamente, provocaram mais de 246.000
mortos, incluindo aqueles que posteriormente pereceram devido aos efeitos da radiação. É de realçar que os sobreviventes ficaram marcados para a
vida com cicatrizes e/ou doenças (nomeadamente de origem cancerígena) e muitos bebés que nasceram
posteriormente tinham deformações. Este foi o
primeiro e único momento na história em que foram usadas armas nucleares contra alvos civis.
Fotografia de Hiroshima após o lançamento da bomba.
Este tipo de armamento deve ser supervisionado e, idealmente, proibido devido ao seu poder imensamente destrutivo. Para mais, o lixo tóxico dura milhares ou mesmo milhões de anos, pelo que fica guardado em contentores (com duração de algumas centenas de anos, apenas, para as próximas gerações resolveram o problema).
Embora o nosso país não tenha nenhuma central nuclear e esteja a investir em energia renovável, acabamos por ser afetados
pela central de Almaraz (estrategicamente colocada junto à fronteira com Portugal), que espalha resíduos no Tejo, cujas águas desaguam no oceano Atlântico. É importante pensarmos nestas questões destas e escolhermos qual é a história
para a qual queremos contribuir.
A central nuclear de Almaraz.
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Gostaria de contribuir para a discussão pensando a série American Horror Story: Apocalypse
(já na 8ª temporada), com ação centrada na
Costa Oeste dos Estados Unidos da América, num futuro próximo. Esta distopia apresenta um mundo apocalíptico, de superfície inabitável devido a várias explosões nucleares, devido aos elevados níveis
de radiação. Contudo, foram sendo construídos outpostspor todo o mundo — uma espécie
de abrigos subterrâneos, habitados, sobretudo, por pessoas com meios financeiros necessários para tal, uma elite denominada Purples, devido à cor da roupa que usam. Também há quem tenha
sido escolhido pela sua condição genética, de forma a repupular a
Terra depois deste desastre.
O aspeto exterior e interior (respetivamente) do Outpost 3, o principal espaço onde decorre o enredo desta temporada.
Uma das imagens promocionais da temporada.
Algumas das personagens com fatos preparados para virem à superfície, onde o nível de radiação é extremo.
A exploração desta temática mostra como o
nosso sistema político é frágil e as nações se encontram em constante conflito, como temos visto relativamente aos E.U.A. / Coreia do Sul e à Coreia do Norte (apoiada pela China), por exemplo. Se formos incapazes de chegar a acordos de paz, o nosso fim estará mais próximo.
Os outposts da série lembram os bunkers, abrigos subterrâneos blindados ou fortificados, vendidos por múltiplas empresas
que até entregam ao domicílio. Dependendo do tipo de bunker, falamos de um investimento de milhares ou até milhões de euros/dólares (o valor mais elevado que vi foi 12 milhões). Alguns bunkers são mais pequenos, com uma ou duas divisões,
enquanto outros são literalmente suites ou penthouses,
até com vários pisos. Pela quantidade de empresas que vi online, parece que é um negócio lucrativo. As pessoas estão a tornar-se cada vez mais paranoicas e assustadas. Será que há uma verdadeira razão
para este medo? Muito do que vemos é sensacionalismo, outras notícias são verdade, mas
parece que há quem se preocupe em ter um lugar efetivamente seguro, caso
algo corra mal.
Aspeto de um bunker da empresa Vivos.
Encontrei mais informação neste artigo online:“Segundo dados da ‘CNN’, as vendas de 2016,
em relação a 2015, de bunkers ou abrigos subterrâneos sofisticados [cresceram]
700%, enquanto que as vendas globais cresceram 300% desde a eleição de Donald
Trump. Um desses abrigos, o ‘Vivos xPoint’, nos EUA, consiste em 575 bunkers
militares que serviram como depósito de munições do exército até 1967.
Atualmente, está a ser convertido numa área que visa acomodar
aproximadamente 5.000 comunidades. (...) O próprio complexo será equipado com todos os confortos de uma pequena
cidade, incluindo um teatro comunitário, salas de aula, jardins hidropónicos,
uma clínica médica, um spa e um ginásio. As estruturas fortificadas vêm
equipadas com sistemas de energia, sistemas de purificação de água e filtragem
de ar nuclear-biológico-químico”.
Uma destas empresas, chamada Vivos, tem complexos na Europa, e afirma que os seus abrigos podem
salvaguardar de ameaça nuclear, terrorismo, bioterrorismo (em que se se utilizam armas biológicas, vírus ou toxinas), ameaça anárquica,
pulsos eletromagnéticos (gerados por explosão nuclear), erupções solares (que causam
perturbações eletromagnéticas), deslocamento dos polos, embate de
cometa, tsunamis, Planeta X/Nibiru
(colisão de um astro do tamanho de um planeta) ou de um grande vulcão. De
forma a enfatizar ainda mais o medo nas pessoas, no site encontra-se a frase “One Day You'll Wish You Could Get In”. Assustador...
Um complexo de bunkers da empresa Vivos.
Finalmente, quero ainda
mencionar um videojogo que explora o medo da aniquilação nuclear — o Fallout, da RPG, distribuído pela Bethesda Softworks, Já joguei o Fallout: New Vegas, passado no ano de 2281, no deserto de Mojave, e na cidade de New
Vegas uma visão pós-apocalíptica da atual Las Vegas, conhecida nesta época do futuro como Sin
City. Todo o jogo tem influências da cultura americana dos anos 1950, contudo a tecnologia encontra-se muito mais avançada do que hoje.
Aqui também existem uma espécie de bunkers/abrigos, que se chamam vaults, onde a população (que conseguiu) se refugiou após uma guerra nuclear; os sobreviventes que ficaram à superfície têm um aspeto monstruoso. Neste mundo não há propriamente
um governo fixo, vivendo-se numa espécie de anarquia, onde
vários grupos atuam conforme os seus desejos e necessidades.
A cidade de New Vegas, comandada pelos casinos que aí se encontram.
Publicidade feita, dentro do jogo, mostrando um vault, que pretende assegurar a segurança dos habitantes da ameaça nuclear.
Espero que gostem
da partilha... apesar de ser uma publicação um pouco longa.