sábado, 28 de maio de 2016

Fat Farms

Boa noite caros colegas e professora, partilho convosco os padrões de beleza feminina na Mauritânia (um país no noroeste africano), onde, ao contrário do que sucede na sociedade ocidental, a obesidade feminina é vista como um sinal de prestígio e riqueza, uma vez que a fome e subnutrição são os principais problemas nacionais. Assim, muitas mulheres sujeitam-se a períodos de intensa sobre-alimentação para ganharem peso. Antigamente, a engorda era à base de leite de camelo, mas hoje em dia recorre-se às chamadas "Fat Farms", onde as mulheres são obrigadas a ingerir grandes quantidades de comida de forma a ficarem gordas e com estrias.

Cátia Mendes 50606

3 comentários:

  1. I think that the problem here is that with the arrival of capitalism the ways of "getting fat" have changed. The view is the more the better. As you say, we have the same problem with thin people in western cultures. I think the idea itsefl is not bad, it is part of their culture and we should, in some way, respect that. But culture must not pass the boundries of human rights, health and security.

    Nina Luz Bastiaans

    ResponderEliminar
  2. Antigamente no caso das mulheres, a gordura estava associada à fertilidade. Uma mulher mais pesada conseguiria suportar melhor a gravidez e alimentar os filhos. Até certo ponto é possível que esta tradição cultural na Mauritânia seja ainda uma reflexão desta mentalidade.
    Por outro lado, perante os problemas de fome e subnutrição no país, esta prática cultural parece desadequada e incorreta. Na minha opinião, penso que seria mais vantajoso se as famílias mais abastadas utilizassem o seu dinheiro para melhorarem a situação da população invés de enviarem as suas filhas para as "fat farms".
    Estou de acordo com a Nina, a cultura não deve ir contra os direitos humanos, nem por em risco o bem-estar da população.

    Diana Teixeira

    ResponderEliminar
  3. A questão aqui não será julgar as diferenças culturais, até porque este tipo de práticas é restrito e não classifica propriamente uma cultura que se possa tipificar como "eles" (algures em África, um continente gigante, como sabemos) e "nós". DE qualquer modo, antes de continuar a discussão terá sentido termos mais informação sobre este assunto. É importante revelar as nossas fontes, Cátia, precisamente para que a reflexão possa ser fundamentada. Numa pesquisa rápida, encontro um artigo que parece ter resultado de uma reportagem de investigação sobre o assunto: http://www.marieclaire.com/politics/news/a3513/forcefeeding-in-mauritania/

    ResponderEliminar